28/06/2007

Bovespa sobe e mostra fôlego melhor que Wall Street

Hoje é dia de decisão e comunicado do comitê de mercado aberto (Fomc) do banco central americano (Fed) e isso é o que mais interessa aos mercados globais, aí incluída a Bolsa de Valores de São Paulo. A expectativa quanto à decisão é consensual: o Fomc deve manter inalterada em 5,25% a taxa dos Fed Funds. Já em relação ao comunicado, o mercado aguarda a avaliação sobre inflação (é bom lembrar que os últimos números não trouxeram sustos), atividade econômica e os problemas do crédito imobiliário de risco (subprime) nos EUA, especialmente a impressão do BC americano sobre o potencial de contaminação da economia por este imbróglio setorial.

Agora cedo, foi divulgado nos EUA o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre (revisão final), com expansão de 0,7%, de estimativa anterior de crescimento de 0,6%. O dado revisado ficou abaixo da previsão dos economistas, que esperavam expansão de 0,8%. Não houve um impacto preciso nos movimentos dos índices futuros de ações em Wall Street, que continuaram voláteis como estavam antes e podem ficar sensíveis à alta dos juros dos títulos do Tesouro americano.

Esta volatilidade, se aumentar até o horário do término da reunião do Fomc (15h15, de Brasília), pode influenciar a Bovespa. Mas a Bolsa paulista tem três fatores a seu favor: 1) a alta (ainda que leve) do petróleo; 2) a alta também dos preços dos metais em Londres; 3) a proximidade do final do semestre, quando há um esforço adicional para os resultados do período ficarem bonitos.

Já na Europa, o mercado acionário se recupera depois de seis dias seguidos de queda, com os setores de energia e commodities liderando o movimento. A Ásia também fechou, de modo geral, em alta, com exceção da bolsa chinesa (índice Xangai caiu 4%).

Pouco após a abertura do pregão, o índice Bovespa engrenava no terreno positivo, subindo 0,20% às 10h12, a 54.253 pontos, enquanto o S&P 500 futuro recuava 0,15% e o Nasdaq futuro cedia 0,12%, em Nova York.

Fonte: Portal Exame

27/06/2007

Mercado financeiro eleva projeção do crescimento da economia e reduz a previsão do dólar

Os economistas ouvidos às sextas-feiras para o Boletim Focus, do Banco Central, elevaram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto este ano, de 4,25% para 4,30%

O Boletim Focus posiciona em 44% a relação entre dívida líquida do setor público e PIB, projetada para o final de 2007. Isso significa dizer que 44% de tudo que o país produzir ao longo do ano estarão comprometidos com a dívida. Quanto menor for essa relação, maior a confiança externa no país.

Os analistas ouvidos pelo BC revisaram para cima outros indicadores importantes da economia. A estimativa de crescimento da produção industrial este ano foi reajustada de 4,26% para 4,30%, e a expectativa do saldo da balança comercial passou de US$ 42 bilhões para US$ 42,05 bilhões, o que garantirá saldo de conta corrente em torno de US$ 10,25 bilhões.

A projeção de investimentos estrangeiros no setor produtivo, por seu lado, foi mantida em US$ 20 bilhões neste ano, a mesma projeção para o ano que vem.

A estimativa para a taxa básica de juros foi mantida em 10,75% no final do ano. E os analistas de mercado elevaram a a previsão do IPCA de 3,59% para 3,60%.

A pesquisa do BC reduziu a previsão do dólar de R$ 1,93 para R$ 1,91 no final deste ano.

Fonte: Cidade Biz

Mercado imobiliário dos EUA traz risco global, alerta BIS

A economia mundial deve continuar tendo um desempenho positivo neste ano e em 2008, mas está diante de "riscos significativos de curto prazo", entre eles o impacto do esfriamento do mercado imobiliário dos Estados Unidos, que pode ser acentuado pelos recentes problemas no setor de hipotecas subprime. Essa é a avaliação do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla inglês), cujo encontro anual foi encerrado hoje na Basiléia, Suíça.

"A expansão econômica, cuja base é abrangente, deve continuar em 2007 e 2008 num ritmo mais lento do que em 2006", avalia o banco central dos bancos centrais em seu relatório anual. "Espera-se que a inflação seja aliviada com a moderação do crescimento e a estabilização dos preços do petróleo." Segundo o BIS, muitos aspectos do cenário macroeconômico continuam positivos. "As condições de financiamento permanecem no geral favoráveis para o crescimento. O desemprego tem caído nas principais economias avançadas e emergentes", diz o documento. "Talvez mais fundamental, a aparente transição suave no balanço do crescimento nas diferentes regiões nos últimos trimestres pode sustentar a visão de que a economia mundial se tornou mais flexível e resistente."

Mas o BIS salienta que os riscos para esse cenário benigno não podem ser menosprezados. "O impacto total da queda no mercado imobiliário dos Estados Unidos talvez ainda não tenha sido sentido", afirma o texto. "As recentes dificuldades no mercado de hipotecas subprime poderiam muito bem aprofundar a desaceleração no mercado imobiliário através da venda forçada de casas e efeitos adversos na oferta de crédito."

Contágio

Embora a Europa e a Ásia pareçam "um pouco menos dependentes" do crescimento norte-americano do que há alguns anos, "persistem dúvidas sobre a robustez do crescimento do consumo em algumas grandes economias". Além disso, observa o BIS, as possibilidades de contágio associadas às novas conexões financeiras e comerciais no mundo ainda não são bem entendidas. "E um desaquecimento econômico poderia fortalecer o protecionismo", afirma o relatório.

Para o BIS, a perspectiva da inflação continua incerta. "Os preços de energia e de outras commodities voltaram a subir desde o início de 2007", disse. "Além disso, pressões inflacionárias básicas ainda são visíveis nas grandes economias, e ainda não está claro se a projetada moderação no crescimento será suficiente para reduzir significativamente essas pressões." A avaliação do impacto dos salários crescentes sobre a inflação poderá representar "um desafio" para os bancos centrais do países industrializados mais avançados.

O BIS argumenta que a situação macroeconômica global vai também depender de como os mercados financeiros vão se ajustar ao noticiário. "Um desaquecimento econômico mais profundo do que o previsto nos Estados Unidos, e preocupações sobre a sustentabilidade da forte expansão em outros lugares, poderiam causar a alta dos prêmios de risco", diz o documento. "Da mesma forma, qualquer percepção de que a inflação não está sob controle poderia causar uma reprecificação dos riscos."

O BIS ressalta que os dois casos de forte volatilidade nos mercados financeiros ocorridos entre maio e junho de 2006 e em fevereiro deste ano servem como uma alerta de que "surpresas negativas relacionadas tanto à inflação como ao crescimento" podem desestabilizar os mercados. "Embora nessas duas ocasiões não tenha ocorrido um contágio da economia real, tal impacto não pode ser descartado no futuro", afirma o texto.

Fonte: Portal Exame

Cenário externo continua contaminando os negócios

Os crescentes temores de que a crise no mercado de empréstimos imobiliários de risco dos Estados Unidos possa trazer prejuízos à economia como um todo continua contaminando o desempenho dos ativos ao redor do mundo.

Nesta manhã, o dólar chegou a subir 0,67% na máxima do dia, mas fechou o período vendido a R$ 1,922, com desvalorização de 0,10%. Os índices acionários americanos mostram fraqueza e caem e o rendimento dos treasuries sobem. Instantes atrás, os bônus de 10 anos recuava a 5,055% anuais. Já a taxa de risco-Brasil subia 2,64%, aos 160 pontos. "A questão do crédito hipotecário dos subprimes americanos segue em destaque", comentou um operador.

A forte queda nos pedidos por bens duráveis nos EUA reforçou a tensão entre os investidores, que aguardam para amanhã a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre a taxa básica de juros. A expectativa consensual é de que a "Selic" americana será mantida em 5,25% ao ano. Por isso, o mercado espera com ansiedade o comunicado, para avaliar se existem, na avaliação do Fed, mudanças sobre a perspectiva de inflação e crescimento econômico.

Segundo o Departamento de Comércio, os encomendas por bens duráveis recuaram 2,8% em maio, após ter subido 1,1% em abril. A previsão era de uma taxa negativa em torno de 1%.

Fonte: JB Online

Juro mundial ainda preocupa e Bovespa abre em baixa

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa, abriu em queda e perdia 0,69%, aos 53.479 pontos, às 10h05, reagindo ao cenário externo, onde se vê aumento da aversão ao risco. Esses sinais estão presentes nas bolsas européias, que operam em baixa, ainda mostrando preocupação com perspectivas de alta dos juros em vários países e com os problemas no setor hipotecário de alto risco (subprime) nos Estados Unidos.

Essas questões podem ter conseqüências mais graves para fundos e bancos; nas bolsas asiáticas, que fecharam com perdas em sua maioria (exceção para China); na continuidade do desmonte das operações de carregamento ou carry trade (o iene subiu à máxima em dez semanas contra o euro nesta manhã e projetou o dólar para abaixo de 123 ienes); e no recuo dos metais, também por medo de aumento da aversão ao risco.

Imóveis

Os índices futuros de Nova York registram variação negativa, embora a continuidade da queda do petróleo nesta manhã ajude a segurá-los. Mas os dados de encomendas de bens duráveis fizeram com que reduzissem a queda. As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 2,8% em maio para US$ 213,02 bilhões, em base ajustada sazonalmente, superando as projeções de recuo de 0,8% no mês. Foi a primeira baixa desde a queda de 6,1% registrada em janeiro. Os juros dos Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) também recuam.

Assim, a oscilação continua dando as cartas e o dia é incerto. Hoje tem início a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), mas só amanhã haverá decisão e comunicado - as expectativas são de que não deverá sinalizar mudança em sua política em relação ao juro norte-americano.

Fonte: Portal Exame

Bovespa opera em queda e Cosan cai pelo terceiro dia

A Bolsa de Valores de São Paulo caía nesta quarta-feira, aproximando-se dos 53 mil pontos, com o cenário externo pressionando as ações brasileiras.

A queda acima do esperado das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos somavam-se às preocupações geradas pela alta do iene em relação às principais moedas e com o mercado de crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos.

- Não é um ambiente no quela as pessoas podem assumir posições de forma agressiva em ativos de risco - disse o operador de um banco japonês.

Às 11h20 o Ibovespa recuava 0,67%, para 53.488 pontos. Se mantiver a tendência negativa, será o quarto dia seguido de baixa.

- A tendência para o mercado de ações hoje é de baixa, ajustando-se aos mercados externos - afirmou a corretora Planner em relatório.

Investidores aguardam agora a divulgação do relatório de produção do Meio-oeste, do Federal Reserve de Chicago, às 13h.

Em Nova York, o Dow Jones caía 0,31%, enquanto índice de principais ADRs brasileiros perdia 1,21%.

O mercado mantém certa cautela antes da reunião do banco central norte-americano para definir o juro do país, que começa nesta quarta-feira. A decisão será anunciada na quinta.

A Cosan era destaque de baixa, ainda reagindo à notícia de reestruturação, que desagradou alguns investidores. O papel caía 2,71%, para R$ 30,88, depois de já ter cedido 12% nos últimos dois dias.

Era a maior queda do Ibovespa e o terceiro maior volume. Somente dois dos 59 papéis do índice subiam.

Fonte: JB Online

26/06/2007

Bovespa abre em alta e aguarda CMN e dados dos EUA

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia na manhã desta terça-feira, depois de duas sessões de baixa. Investidores, no entanto, aguardam a divulgação da confiança do consumidor e dos dados de vendas de novas moradias nos Estados Unidos para definir o rumo do dia.

O mercado também está na expectativa da definição da meta de inflação de 2009, que dará sinais sobre a política monetária brasileira.

Em Wall Street, os futuros apontavam abertura em alta por notícias de fusões e aquisições e nível contido do rendimento dos Treasuries.

22/06/2007

Até que ponto confiar nos bancos?

Apesar dos juros em queda, ainda é forte o coro daqueles que entendem que o Brasil somente justificará sua presença entre as grandes promessas dos países emergentes (o BRIC) quando reduzir seus juros a um patamar que estimule o forte crescimento. Por outro lado, há também o coro daqueles que afirmam que o problema do Brasil não está nos juros, mas sim no que fazem com esses juros. Realmente, juros mais baixos estimulariam o investimento em produção. Mas, será que, com maior produção, o brasileiro conseguirá consumir?

Talvez se engane quem pensa que os juros elevados estejam entre os maiores problemas do Brasil. Nossos juros são os maiores do mundo, mas o verdadeiro problema é que o brasileiro aceita pagá-los, gastando com eles, em média, 30% de sua renda mensal. Não trato aqui do brasileiro que investe e empreende, mas sim do consumidor brasileiro que gasta e se endivida. Sim, é provável que você pague muito mais juros do que pensa. Eles estão embutidos nas prestações de sua casa, do carro, dos carnês de lojas e, menos escondidos, no extrato da conta que você deixou no vermelho recentemente.

Poderíamos consumir bem mais se deixássemos de pagar juros. Para isso, bastaria pacientemente poupar para depois gastar. Gastaríamos mais e teríamos um padrão de vida melhor. Já pensou se, ao consultar seu gerente do banco sobre um consórcio de imóveis ou um financiamento, ele lhe orientasse a aplicar recursos por alguns meses até ter condições de pagar um imóvel em construção – ao invés de financiá-lo?

Não é esse tipo de orientação que recebemos de nosso gerente, no banco. Aliás, lembre-se que ele é gerente do banco, e não de sua conta. Já percebeu como ele lhe empurra produtos que lhe causam um desconforto ao analisá-los? A consultoria normalmente oferecida por ele, seja de investimentos ou de produtos de crédito, apenas lhe traz uma alternativa, dentre as diversas que são lucrativas para a instituição, que se aproxima de sua necessidade. Não tem nada a ver com a melhor alternativa para seu bolso.

Nada de errado com a postura do banco, pois esse é o tipo de orientação esperada quando procuramos conselhos de quem vende algo. Você acha que seu corretor de imóveis lhe oferece sempre a melhor alternativa de moradia? Ou que o feirante lhe oferece sempre as melhores frutas da banca? Ou que a vendedora realmente acredita que aquela roupa está com um caimento impecável em você?
Bancos não são vilões do bolso de ninguém. O grande vilão é a falta de conhecimento. O sistema financeiro brasileiro oferece até mesmo a quem tem poucos recursos uma carta de produtos extremamente requintada e eficiente, desde que o cliente saiba pedir o que precisa. Quem não aprender a ler o cardápio, sairá do restaurante reclamando da cozinha, após comer apenas o couvert.

O primeiro passo para utilizar melhor os serviços de seu banco é entender que a agência bancária é uma loja de serviços. Sempre haverá algo muito bom para você, mas não necessariamente o melhor. Haverá produtos ruins também, para clientes menos exigentes. Por isso, o melhor caminho para explorar bem o que o banco tem a lhe oferecer é pesquisar antes, comparar alternativas, consultar os portais de outros bancos na Internet.

Brigue por menos juros e mais limites no cheque especial. Negocie a anuidade de seu cartão de crédito. Questione os custos dos financiamentos antes de aceitá-los. Exija investimentos com menores taxas de administração e carregamento. Questione os critérios de investimento de seus fundos. Pergunte sobre o funcionamento da corretora de valores de seu banco. Os bancos estão brigando ferozmente entre si para captar clientes. Seu gerente irá batalhar para mantê-lo em sua carteira, não tema em apresentar produtos da concorrência na hora de barganhar. Quem tem conta em banco tem uma empresa madura e extremamente eficiente a seu dispor, mas talvez não tenha se dado conta disso. Está na hora de cobrar resultados de quem trabalha para você.


Fonte: MaisDinheiro.com.br - Site do Gustavo Cerbasi

Investir não é o mesmo que poupar

A receita para qualquer pessoa física ou empresa prosperar envolve um raciocínio bastante simples: gastar menos do que se ganha e investir bem a diferença. De tão óbvia a colocação, parece inócua. Mas aqueles que entendem a profundidade desta fórmula são os que deixam o rebanho dos inconformados para conquistar seu lugar ao sol.

Investir não é somente guardar parte da renda ou aplicar na caderneta de poupança. Investir é também comprar barato e vender caro. Alguns optam por se especializar na compra e venda de imóveis. Procuram pechinchas e as vendem, algum tempo depois, pelo real valor de mercado. Quem já procurou imóveis em uma imobiliária deparou com a pergunta: “O que o senhor (ou a senhora) procura é para morar ou para investir?” O corretor imobiliário sabe que aqueles que querem um imóvel para morar darão valor a aspectos que nem sempre se refletem no valor de mercado, como a beleza do jardim, a ventilação da casa, a vista da janela, a facilidade de uma padaria próxima. Por valorizar tais aspectos, muitas vezes estarão dispostos a pagar preços que incluem as qualidades detectadas pelo proprietário original.

Quando se está procurando um imóvel para investir, na percepção dos corretores, o objetivo é qualquer imóvel que valha menos que um “para morar” valeria – o ideal é que valha muito menos – e não seja difícil revender no futuro. Tais qualidades não são fáceis de conseguir. Em geral, dependem de um proprietário realmente interessado em se desfazer do imóvel, como acontece em casos de herança, viagem súbita para o exterior, separações conjugais e problemas financeiros. É assim que se ganha dinheiro no mercado imobiliário. Os “que investem”, com capital e tempo para esperar uma oportunidade, compram imóveis dos “desesperados para vender”, e então esperam a oportunidade de encontrar um “que quer morar”, que lhes pagará preço maior. Para conseguir esse preço maior, o corretor muitas vezes usa todas aquelas técnicas de vendas que mencionei quando tratei do exemplo da loja de móveis. Assim, aquele que quiser investir no mercado imobiliário não dependerá apenas de sua decisão. É preciso conhecer imóveis, conhecer as imobiliárias, preferencialmente ter alguns corretores de confiança, visitar as imobiliárias com freqüência, manter o foco em um mercado específico (ninguém consegue estar informado sobre todos os tipos de imóvel de todas as regiões­ de uma grande cidade) e constantemente atualizar informações e conhecimentos. Em outras palavras, será preciso ser um profundo conhecedor do assunto se não quiser perder dinheiro em seus investimentos.

Isso vale para todo tipo de investimento. Alguns escolhem imóveis, outros escolhem títulos do governo. É possível investir em artigos colecionáveis, como obras de arte, e também em empresas através de ações ou de participações significativas em negócios. O mecanismo é sempre o mesmo. Exige que você busque conhecimento, envolva-se com o mercado, adquira percepções de preço e crie intimidade com os agentes intermediários, para então começar a fazer bons negócios. O sucesso nos investimentos não surge da noite para o dia e também não requer sorte, informações privilegiadas ou palpites esotéricos. Requer, sim, dedicação, paciência e trabalho.

Qualquer que seja seu investimento, haverá algum tipo de risco. Risco não é um fator a ser evitado, mas sim administrado. Daí a importância, para seu sucesso nos investimentos, de você ao menos gostar daquilo que investe, sentir-se à vontade no ambiente de negociação. Para aquele que domina as informações sobre o investimento, em geral as perdas serão bem menos freqüentes do que para os leigos. Sempre que alguém perde dinheiro em um investimento, isso ocorre porque uma outra pessoa saiu ganhando. Em geral esse outro é mais bem informado.

Fonte: MaisDinheiro.com.br - Site de Gustavo Cerbasi

Bovespa abre em baixa e pregão pode ser instável

A sexta-feira sinaliza mais um pregão instável na Bolsa de Valores de São Paulo. Persiste o receio dos investidores de que os problemas enfrentados pelos fundos de investimento muito alavancados (que se endividam para buscar lucro maior) do Bear Stearns nos EUA possa contaminar outros fundos que tenham títulos de crédito imobiliário de alto risco (subprime). Além disso, a queda expressiva registrada pelas Bolsas da China hoje, refletindo temores de que o governo anuncie, no fim de semana, medidas de aperto monetário para controlar o mercado acionário, ajuda a deixar o mercado na defensiva.

A Bovespa abriu no vermelho e cedia 0,29% a 54.497 pontos às 10h21, em sintonia com o movimento das bolsas em Wall Street. O juro do títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos registrava leve alta, projetando taxa de 5,189% ao ano. Como não há nenhum indicador econômico previsto nos EUA, os negócios tendem a ficar ainda mais suscetíveis aos humores do mercado de Treasuries (títulos americanos) e a qualquer notícia relacionada ao mercado hipotecário subprime. Na Europa, as bolsas européias também operam no campo negativo, sendo que as ações do Barclays na Bolsa de Londres cediam 1,1%, após o banco admitir que estava exposto aos fundos do Bear Stearns.

Liquidez

Segundo especialistas em renda variável, a Bolsa brasileira só está conseguindo avançar - o índice Ibovespa bateu os 55 mil pontos pela primeira vez na história esta semana - por causa do excesso de liquidez. O volume financeiro da Bovespa nos últimos dias tem superado os R$ 4 bilhões, acima da média diária do ano, de R$ 3,8 bilhões. Esse dinheiro que está entrando na Bolsa é proveniente, em grande parte, de investidores locais.

Mais uma empresa faz sua estréia na Bovespa. Depois do sucesso da Log-In ontem, é a vez da EZ Tec, do setor de construção.

Bovespa fecha em alta de 1,16%, próxima de recorde

O viés positivo prevaleceu durante a maior parte do pregão de hoje na Bolsa de Valores de São Paulo, apesar da demora por uma definição nas bolsas em Nova York e da volatilidade, hoje um pouco menor, do juro dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries). O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, avançou 1,16% e terminou o dia aos 54.657 pontos.

Nesse patamar, o índice ficou perto do nível recorde, de 54.730 pontos, atingido na segunda-feira. No melhor momento do dia, ultrapassou esse valor, chegando a 54.844 pontos (alta de 1,51%). Mas o avanço foi insuficiente para cravar nova máxima histórica. A atual, de 55.004 pontos, foi estabelecida ontem.

Os ganhos da Bovespa, superiores aos das Bolsas de Nova York (o índice Dow Jones fechou com alta de 0,42%), se justificam pela valorização das commodities metálicas durante o dia nos mercados internacionais, embora elas tenham caído perto do fim dos negócios.

Essa valorização puxou as ações de empresas dos setores de metalurgia e siderurgia: Gerdau PN ficou em segundo lugar no ranking de maiores altas do Ibovespa, com ganho de 4,62%. Vale PNA, a segunda ação de maior peso na composição do Ibovespa (perde apenas para Petrobras PN), subiu 1,27%, ajudada pelo níquel. Exceção entre os metais básicos, o níquel não caiu no fim do dia - pelo contrário, encerrou em alta de quase 2%.

Estréia

A Log-in Logística estreou hoje no Novo Mercado da Bovespa com forte desempenho: suas ações dispararam 14,81%, para R$ 16,63. O Novo Mercado é um segmento especial da Bovespa que lista empresas que se comprometam, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa adicionais em relação ao que é exigido pela legislação.

Durante o discurso de lançamento dos papéis, hoje cedo, o presidente da empresa, Mauro Dias, reiterou que os recursos serão aplicados no aumento da capacidade operacional do Terminal de Vila Velha (TVV), no Espírito Santo, na expansão da capacidade operacional do serviço de navegação costeira, na ampliação da frota de contêineres, no aumento da malha de terminais intermodais terrestres, na reestruturação das operações rodoviárias e na implementação de novas tecnologias.

Fonte: Portal Exame

21/06/2007

Bovespa segue sensível à oscilação dos juros nos EUA

A volatilidade deve continuar pontuando os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), na esteira do que acontece no mercado de títulos do Tesouro americano (treasuries). O receio de uma reprecificação de ativos por conta dos problemas enfrentados por dois grandes fundos de hedge do Bear Stearns nos Estados Unidos que investiam em títulos hipotecários de segunda linha ("subprime") tende a manter os investidores mais cautelosos. Ontem, essa preocupação derrubou as Bolsas em Nova York no período da tarde, levando junto a Bovespa, que fechou com perda de 1,12%.

Hoje, os índices futuros de ações em Wall Street operam levemente negativos, enquanto o juro do papel de 10 anos, do Tesouro americano, marcava alta moderada, com taxa de 5,14% ao ano.

Na Europa, as bolsas estão em baixa, se ajustando à queda do mercado acionário norte-americano ontem. Na Bovespa, o índice Bovespa à vista abriu em alta e ganhava 0,42%, a 54.257 pontos, às 10h23.

Analistas ponderam que os problemas nos fundos do Bear Stearns não estão estressando os investidores. "Se os investidores estivessem realmente nervosos por conta desse problemas estaria havendo uma corrida para os treasuries e não é isso que está ocorrendo", diz uma fonte. O receio do mercado é de que esse problema nos fundos do Bear Stearns seja a ponta do iceberg e possa contaminar outros fundos.

Fonte: Portal Exame

20/06/2007

Bovespa fecha na mínima do dia; dólar sobe 1,21%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu mais de 1% nesta quarta-feira, 20, abatida pela queda das bolsas em Nova York e pela forte queda do preço do petróleo no mercado internacional, depois de bater o recorde de 55 mil pontos pela manhã. O Ibovespa - principal indicador da bolsa paulista - recuou 1,12%, para 54.029 pontos. O volume financeiro na Bolsa foi de R$ 4,9 bilhões, acima da média diária do ano de R$ 3,8 bilhões de reais.

O humor do mercado foi afetado pela alta do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano. Os papéis de 10 anos, referência do mercado, estavam em 5,14% no fim da tarde, após iniciar o dia em 5,10%. Juros mais altos pagos pelos títulos do governo norte-americano tendem a reduzir a atratividade de aplicações mais arriscadas, como as bolsas. Em Nova York, a Dow Jones recuou 1%.

No Brasil, as ações da Petrobras puxaram a queda da Bovespa. O principal papel da bolsa recuou 1,65%, para R$ 50,79, com quase o dobro do giro do segundo papel mais negociado, Companhia Vale do Rio Doce. Outro destaque de baixa foi Cosan, que perdeu 4,14%, para R$ 35,20, depois que a empresa previu forte queda no resultado no ano fiscal 2007/2008.

O dólar ameaçou nova queda nesta quarta-feira, mas o mau humor nas bolsas de valores abriu espaço para ajustes que impulsionaram a moeda norte-americana para uma alta de 1,21%. No encerramento dos negócios, foi vendida a R$ 1,9280.

Fonte: Estadão

Previdência: o que levar em consideração na escolha do seu plano?

Depois de muito pensar, você finalmente decidiu que quer fazer um plano de previdência privada. Mas, como a grande maioria das pessoas, está perdido frente a tantas alternativas existentes no mercado? Gostaria de entender melhor como os planos diferem dos fundos, e qual a sua vantagem frente a esses?

Após se informar sobre os tipos de planos existentes, você definiu aquele que mais adequado às suas necessidades. Agora é hora de pesquisar o mercado: identifique quais as instituições que oferecem o produto no mercado e compare as taxas cobradas.

Escolhendo com quem investir
O primeiro ponto a ser analisado é o histórico da instituição financeira. Afinal, estamos falando de um investimento de longo prazo, de forma que você precisa se assegurar que a instituição terá a solidez financeira necessária, para daqui a 20-30 anos arcar com o pagamento dos seus benefícios!

Analise por quanto tempo essa instituição opera no mercado, qual é o seu tamanho e se tem tradição no mercado brasileiro. No caso de uma instituição estrangeira, é bom pesquisar quem são seus donos e como ela atua em outros países.

Lembre-se: o importante não é apenas o retorno, mas também a solidez de quem vai cuidar do seu dinheiro, pois você quer ter certeza de que vai receber seus benefícios ao se aposentar. Afinal de contas, você só está pensando em fazer um plano para manter o seu estilo de vida durante a aposentadoria.

Aproveite para analisar a forma como a empresa aplica os recursos do plano, fique de olho para concentrações excessivas, liquidez etc. Não analise apenas a rentabilidade histórica dos planos, mas também a sua capacidade de captação: novos investidores estão aplicando com a instituição, ou a maioria está resgatando suas aplicações?

Atenção na comparação dos custos!
Como era de se esperar, é preciso comparar esse histórico e desempenho com aquele oferecido por outras instituições. Comece entendendo os custos envolvidos na aplicação, quais são as taxas cobradas?

Em geral, a taxa que mais pesa no bolso do investidor é a de carregamento, porque incide sobre o valor das contribuições. Por sua vez, a taxa de administração é uma taxa anual cobrada sobre o total administrado. Assim, mesmo tendo uma taxa de administração mais alta, um plano pode ser mais atrativo do que outro se oferecer uma taxa de carregamento mais baixa.

Essa deve ser uma análise cuidadosa, porque em alguns casos a diferença desaparece com o tempo, e passa a favorecer o fundo que inicialmente cobrava uma taxa mais alta. Imagine, por exemplo, o caso de dois fundos com a mesma taxa de administração. Porém, o primeiro cobra uma taxa de carregamento fixa de 2%, enquanto o segundo cobra uma taxa decrescente de 4%, que cai para 0% após dois anos.

Como escolher entre esses dois planos? Essa não é uma comparação fácil. A melhor forma de analisar o impacto do custo é pedir à instituição financeira uma estimativa do quanto, caso contrate o plano, poderá acumular em um determinado período de tempo. Mas, aqui é importante que você se assegure que, em ambas as simulações, seja incluído o mesmo retorno dos investimentos. Só assim você consegue isolar o impacto dos custos!

Desempenho do gestor
Isso nos traz para outro fator importante na sua escolha. O retorno da carteira do fundo. Esse retorno depende da forma como a carteira é composta, mas também dos custos envolvidos no investimento e na capacidade de gestão da instituição.

Portanto, assumindo que dois planos tenham os mesmos custos e a mesma estratégia de investimento, ao comparar o retorno histórico você consegue avaliar quem conseguiu o melhor desempenho. Aqui, contudo, é de fundamental importância reforçar que retorno histórico não é garantia de retorno futuro, mas pode ajudar você entender um pouco mais a capacidade do gestor.

Em outras palavras, se você comparar o retorno de dois planos de previdência que investem apenas em títulos públicos é de se esperar que o retorno seja semelhante. Caso haja uma diferença grande, isso pode indicar ou que os custos são muito distintos, ou que o gestor não foi tão eficiente na administração da carteira.

Mais uma vez cuidado na análise. Não se empolgue pela rentabilidade alta no último mês, cheque a consistência dos resultados, não basta ter uma boa rentabilidade durante períodos curtos de tempo, pense sempre no longo prazo. Pese tudo com calma, e só ai tome sua decisão. Mas, não se esqueça no final das contas o fator mais importante é a confiança que você tem na solidez da instituição!

Fonte: Gazeta Mercantil

A interferência da queda dos juros no seu plano de aposentadoria

Em 1999, passei a atuar no mercado de previdência privada. Naquela época, os planos eram verdadeiras caixas pretas, por vezes, verdadeiros ovos de Colombo. Vendia-se mais o conceito dos produtos, a necessidade e o temor do cliente com o sistema público. Em segundo plano, ficavam a qualidade dos produtos, taxas, rentabilidades e os benefícios do sistema.

Quando o cliente era interrogado sobre a idade da aposentaria, imediatamente, a maioria respondia: com 55 ou 60 anos. Se fosse sugerido ao cliente a faixa de 65 anos, a resposta era “quer me ver de bengala e um cofrinho, aos 65 anos, estarei muito velho! … Nem pensar! …Quero poder aproveitar mais a vida e não a morte”. A pessoa com plano de previdência era considerada de vanguarda, à frente das demais.

Naquele momento, o Brasil vivia uma verdadeira euforia. O presidente havia sido destituído. Abriu-se o mercado para novos produtos e serviços. A crença era de que o futuro seria melhor para. A inflação estava dominada.

Pela primeira vez, em vinte anos, falava-se em produtos de longo prazo. Quem acreditou que aqueles dias de estabilidade monetária vieram para ficar, está hoje colhendo os frutos e que bons frutos...

Os produtos eram todos no formato de “Renda Garantida”. TR ou IGP-M eram usados como indexadores, com rentabilidade de 6% ao ano. Os ganhos excedentes eram divididos meio a meio com o cliente. A taxa administrativa chegava aos 12% ao ano sobre a contribuição.

Ao final de 1999, apareceram os novos produtos que revolucionariam o mercado de previdência privada. Tinham o formato dos norte americanos 401K. Prometiam mais transparência ao consumidor. Maior segurança ao sistema, pois não haveria mais o passivo atuarial da “renda garantida” com o prolongamento da vida humana pela medicina. Assim, a maior parte do “risco de sobrevivência” do cliente e do sistema era transferido para ele próprio.

Os novos produtos tornaram as empresas de previdência privada mais sólidas. O sistema ficou menos vulnerável e mais transparente. Assim, o cliente passou a ser responsável por aquela reserva que antes era exercida pelas empresas. Ou seja, precisará poupar cada vez mais para poder suprir sua necessidade financeira, sempre crescente, com a sua maior longevidade.

Hoje, em que o Governo, dito de esquerda, se torna mais ortodoxo em política econômica do que um Governo mais à direita, se criou um novo “fato previdenciário”: a queda da taxa de juros reais. Quem diria que, em tão pouco tempo, a estabilidade passaria a ser fator de preocupação para todos nós participantes do sistema?

Nos últimos 60 meses, até setembro de 2006, tivemos um IGP-M de aproximadamente 66% e uma rentabilidade aproximadamente de 125%. Foram tempos de muita volatilidade dos mercados que deixaram um belo saldo em nosso planos de previdência.

Com a taxa de juros caindo para cerca de um dígito, todo planejamento traçado, baseado em taxas reais de dois dígitos, terá que ser estrategicamente refeito

Há três alternativas para o atual cenário:

1) Aumentar o risco. Isso significa mais aplicações para buscar as perdas com taxas menores.

2) Aumentar ou esticar a data da aposentadoria. O período de descanso da pessoa chegaria alguns anos mais tarde.

3) Aumentar as contribuições.

Resolvi fazer uma pesquisa, por conta própria, com um grupo de clientes com renda mensal superior a R$ 10 mil ao mês e faixa etária entre 35 e 55 anos. São executivos, profissionais liberais e pequenos e médios empresários.

Para minha surpresa, boa parte deles falou candidamente que, dentre as três alternativas apresentadas, a mais indicada seria o aumento da data para se aposentar. Ou seja, esticar o período de contribuição até os 70 anos.

Posso afirmar, com toda certeza, que esta seria a última hipótese há cerca de 10 anos. A mudança de opinião deve-se à nova realidade: taxa de juros declinando para um digito real, novas tributações de 10% a 35% e longevidade das pessoas da classe A, chegando aos 90 anos.

Há duas novas realidades: uma em que a torneira passaria só a pingar e o outro cenário em que o ralo tenderia a ser maior para se obter o mesmo volume de recursos em nossa “caixa d’água financeira”.

Na prática, isso significa o seguinte: a pessoa terá mais dificuldade para atingir o objetivo dela. Portanto, há duas opções: fazer mais esforço na fase de acumulação ou retirar maiores fatias do total acumulado para obter as mesmas receitas previamente previstas.

Hoje, a necessidade não é só de uma previdência privada. No mínimo, seriam necessárias três. Uma delas, para a sobrevivência diária. A outra renda seria para sustentar as despesas médicas e planos de saúde que, em alguns casos, já são superiores as despesas com a sobrevivência. O terceiro plano de previdência seria para os grandes imprevistos, incluído aí a própria longevidade

Viver mais é extremamente caro. Além dos custos elevados para manter a qualidade de vida, há também mais tempo para a pessoa adoecer.

É importante ressaltar que a evolução dos produtos de previdência privada vem da qualidade e segurança dos fundos, da solidez do mercado, da rigidez da fiscalização da Susep, da transparência, cada vez maior, das empresas.

Acredito que nosso pais poderá, em poucos anos, deixar as deprimentes e assustadoras filas dos INSS ou de um posto de saúde. Que nossas famílias possam enriquecer e transmitir essa riqueza para suas futuras gerações, deixando para trás um período de empobrecimento familiar , pois um país forte se constrói com famílias fortes e, conseqüentemente, mais ricas.

Fonte: Augusto Saboia

É preciso cuidado na hora de diversificar as aplicações

Qualquer investimento que fazemos é sujeito a risco. No entanto, o risco de um investimento deve ser proporcional à rentabilidade esperada. Esta relação é óbvia, uma vez que somente investidores irracionais se disporiam a realizar investimentos mais arriscados tendo em vista retornos menores, em relação a uma alternativa de menor risco e maior retorno.

No que diz respeito ao risco de um investimento, os economistas costumam segregar o risco total incorrido em duas partes: risco sistêmico e risco não sistêmico. Risco sistêmico é o risco do mercado como um todo. Os maiores exemplos de risco sistêmicos são inflação, recessão, guerra, etc.

O risco não sistêmico - também chamado risco diversificável - é o risco inerente e específico do ativo em que se aplica. Como exemplo, podemos citar a compra de uma ação de mineradora a qual subitamente descobre uma nova mina. Ou ainda uma empresa de transportes cujo custo pode ser fortemente impactado por uma alta do petróleo.

Podemos reduzir nossos riscos diversificando os investimentos. A diversificação nos ajuda a reduzir o impacto do risco não sistêmico. Se nossos investimentos estão distribuídos por vários tipos de fundos de investimento de diferentes classes e estilos operacionais, o risco diversificável fica reduzido.

Os fundos multimercado são um tipo de investimento que nos dá o benefício de diversificação, tanto no que diz respeito às diversas classes desse tipo de fundo quanto às estratégias tomadas por cada um deles. Um investidor com uma carteira diversificada de fundos multimercado tem a possibilidade de, em tese, construir uma carteira de boa relação risco/retorno. No entanto, é muito importante que a diversificação seja feita no sentido de conseguir formar uma carteira com fundos descorrelacionados para que se tenha efetivamente o beneficio da diminuição do risco.

No que diz respeito ao número de ativos de um portfólio, cada pessoa tem seu nível suportável de risco, ou seja, há pessoas que agüentam ficar em carteiras mais concentradas (correndo mais riscos) e pessoas que preferem ficar em carteiras mais "espalhadas" (correndo menos risco), porém com possibilidade de retorno mais próximo à média. Este é um dilema importante no que diz respeito à diversificação, pois se por um lado a diversificação ajuda a reduzir o risco não-sistêmico, por outro lado uma carteira extremamente diversificada está fadada a obter retornos quase iguais à média do mercado. Assim, deve haver um compromisso entre o tamanho da diversificação e o retorno esperado do portfólio.

Também de nada adianta diversificar se a correlação entre os ativos que compõem o portfólio for alta. Entre os fundos multimercados disponíveis no mercado brasileiro, por exemplo, há diversos fundos com alta correlação entre si. Diversificar aplicações entre fundos de alta correlação acaba por não reduzir o risco do portfólio. Assim, é muito importante que o investidor, caso queira montar uma carteira de fundos multimercado, procure fundos que tenham baixa correlação entre si. No entanto, o que tem ocorrido da prática é que a grande maioria dos investidores apenas observa os retornos passados, esquecendo de analisar tanto o risco (volatilidade dos retornos) como a correlação entre os fundos.

Obviamente que o grande problema de se analisar os números do passado é que a estatística passada pode não ser repetida no futuro. Assim, tanto retornos como volatilidades e correlações passadas podem ser inúteis para a previsão do futuro. Podemos tentar diminuir teoricamente este problema ao se analisar os dados passados em diversas janelas de tempo, tais como amostragens semanais, mensais, trimestrais, etc.

Não obstante a isso, outros fatores também devem ser levados em consideração, tais como a estratégia principal do fundo, o histórico da equipe gestora (tempo na empresa, performance durante crises etc), o tamanho do fundo, o nível de transparência, etc.

O objetivo do investidor deverá ser, então, escolher uma cesta de ativos que dê a maior rentabilidade com a menor volatilidade esperada. Esta cesta poderá ser concebida ao se escolher ativos que, além de terem boa rentabilidade esperada, têm também uma baixa correlação esperada. À razão retorno/volatilidade damos o nome de Índice de Sharpe. É possível demonstrar matematicamente que uma carteira com o melhor índice de Sharpe é a melhor aplicação possível para os investidores, pois uma combinação dela com a renda fixa sem risco pode teoricamente gerar portfólios ótimos para cada nível de risco desejado, mas os detalhes desta afirmação fogem ao escopo deste artigo e deverão ficar para uma outra ocasião.

Fonte: Valor Economico

Analise bem as alternativas antes de escolher o melhor investimento para você

Conhecer os fatores que afetam sua decisão de investir é necessário, mas não suficiente. Você tem que conhecer bem o seu perfil e entender como cada um desses fatores o afeta. Portanto, é a combinação entre objetivo, valor, prazo, apetite por risco e liquidez que determina qual o melhor investimento para você.

Você já deve ter percebido que não é possível encontrar o investimento ideal sob todos os pontos de vista. Por exemplo: para obter uma rentabilidade elevada, você sabe que deverá incorrer em riscos maiores ou, para conseguir alíquotas menores de tributação, você deve abrir mão da liquidez.

Estabeleça uma estratégia de investimento

O primeiro passo a ser tomado na hora de investir seu dinheiro é estabelecer uma estratégia de investimento, ou seja, um objetivo do que quer alcançar.

Afinal de contas, você precisa definir se sua intenção é acumular o suficiente para comprar uma casa, carro ou se quer simplesmente investir para, no futuro, ter um patrimônio que lhe garanta uma melhor qualidade de vida.

A melhor forma de investir seu dinheiro depende do seu objetivo, que pode ser apenas de preservar o seu capital contra as perdas da inflação, ou muito mais agressivo, buscando retornos que permitam um crescimento das suas economias.

Defina as variáveis

Com base na resposta a essas perguntas, você poderá definir algumas das principais variáveis para se estabelecer uma estratégia de investimento: quanto tempo pretende deixar o dinheiro aplicado, que tipo de risco está disposto a correr e quanto poderá dispor para o investimento.

É essa estratégia que deve guiar suas decisões de investimento e não os rumores ou oscilações do mercado. Isso não quer dizer que você nunca deve rever a forma com que aplica seu dinheiro, mas sim que, ao rever a alocação dos seus investimentos, você deve sempre priorizar aplicações que estejam de acordo com a sua estratégia, seus objetivos.

Risco e retorno andam de mãos dadas

Independente do seu perfil de risco, quem está começando agora deve ter mais cautela e adotar uma estratégia mais conservadora de investimento, pelo menos até ter acumulado um patrimônio mais significativo. O raciocínio por trás dessa regra é o mesmo para quem está aprendendo a dirigir, por exemplo. Não vale a pena correr riscos desnecessários até que você já esteja mais familiarizado com o assunto.

Lembre-se que risco e retorno andam de mãos dadas. Ou seja, você não pode estabelecer como estratégia maximizar o retorno dos seus investimentos, antes de ter definido que tipo de risco está disposto a correr. Afinal, se você não tem apetite para risco, de nada adianta o mercado acionário ser mais rentável no longo prazo, pois você não vai ter a tranqüilidade de agüentar os momentos de forte volatilidade.

Exatamente por isso os investidores mais experientes, o que inclui os gestores de fundos, trabalham com o conceito de retorno ajustado para o risco. Ou seja, não analisam o retorno absoluto da aplicação, mas sim esse retorno ajustado para a volatilidade da aplicação. Esse tipo de análise permite que o investidor identifique a aplicação que lhe propicia o melhor retorno para o risco que está disposto a assumir.

Pese cada fator e simule

Portanto, você tem que analisar seu investimento dentro de uma ótica mais ampla. Os exemplos acima mostram que, para obter algo mais, é preciso abrir mão de outra coisa. A melhor alternativa pode não ser a mais aparente. Portanto, vale a pena simular as opções e entender quais as vantagens e limitações de cada uma.

Antes de escolher seu investimento, procure analisar em que pontos ele vai de encontro com seus objetivos e do que você terá que abrir mão para isso. Aquele que estiver de acordo com o montante e o tempo que você pode investir, além de mostrar melhor relação entre rentabilidade, risco e liquidez, será o mais adequado.

Fonte: InfoMoney

19/06/2007

Mitos do Dinheiro

Os mitos de investimento são tão antigos quanto o próprio mercado financeiro. Não estão em versos, mas na prosa, principalmente de corretores de imóveis ou ações ou de qualquer gerente que tenha meta a cumprir com vendas de planos de previdência, capitalização ou apólice de seguros. Uma carteira de investimento para ser bem-sucedida tem de começar derrubando esses mitos. E, nesses tempos de queda nas taxas de juro, alguns prestigiados analistas dizem que é fundamental conhecer a realidade do mercado para conseguir melhorar a performance de sua carteira.

O primeiro grande mito é achar que se faz fortuna no mercado financeiro, diz Marcos Elias, analistas de investimento da Link Corretora. "Você faz fortuna com seu trabalho, a proposta do mercado é preservação de capital", acrescenta. Esse mito, ele diz, deve-se muito às altas taxas do CDI (taxa praticada no mercado interbancário) que remuneraram nos últimos anos as aplicações de renda fixa no Brasil em níveis completamente fora da realidade. O investidor preguiçoso, que não quiser entender a mudança de paradigma, tende a perder dinheiro nos próximos anos.

Há um pouco de verdade em cada mito. Muitos foram reais no passado, mas eles se propagam entre investidores que estão pouco preocupados em checar sua atualidade. Esses mitos são histórias que soam bem quando são contadas e que sobrevivem porque raramente são submetidas a um exame mais detalhado. Aswath Damodaran, professor de finanças da Universidade de Nova York e especialista em análise de empresas e investimento, diz que os mitos são papo de vendedor. Autor do livro "Mitos de Investimentos", Damodaran desmonta, com base em estudos e pesquisas quantitativas, muitas dessas histórias.

Um dos mitos no mercado de ações, diz Damodaran, é o que aponta boas oportunidades na bolsa olhando só o valor patrimonial da ação. O valor patrimonial é a medida contábil de quanto vale o patrimônio de uma empresa dividido por suas ações. Se a ação da empresa em mercado está valendo menos do que seu valor patrimonial é um indicador de que a ação está barata, certo? Nem sempre.

O perigo dessa estratégia está no fato de que o valor patrimonial é uma medida contábil que pode ter nada em comum com o valor dos ativos que a empresa possui ou com quanto ela receberá por esses ativos em liquidação, diz Damodaran em seu livro. "Examinando os fundamentos que determinam o valor, é de esperar que empresas com risco elevado, maus prospectos de crescimento e retorno do patrimônio negativo ou baixo sejam negociadas a baixos múltiplos preço/valor patrimonial", diz.

Jonathan Clements, autor do livro "Os mitos que você deve evitar se quiser administrar corretamente seu dinheiro", fez um rol dos mitos mais comuns que investidores carregam ao longo dos anos. Um dos mais antigos e adotado tanto por americanos como por brasileiros é o apego aos investimentos em bens duráveis, como imóveis. Por que alguém investe em bens duráveis? "O ignorante dirá que são bons investimentos", diz. E Clements o que diz? "Direi que é uma grande perda de tempo".

O especialista explica que, de tempos em tempos, determinados bens duráveis viram moda e anunciam ganhos espetaculares de curto prazo. "Isso leva muitos a achar que esses bens são bom investimento, mas muitos deles no longo prazo vão gerar ganhos que mal se equiparam à inflação", diz.

Elias, da Link, fez um levantamento de mitos brasileiros mais comuns. O primeiro é o de que a bolsa é um investimento especulativo. "O que é mais difícil prever: o lucro de uma empresa ou a trajetória dos juros americanos?" questiona. Para ele, não há mistérios em enxergar o futuro de uma companhia e, se a perspectiva é de lucro, são grandes as chances de a expansão estar espelhada no preço da ação em algum momento, mesmo que o papel oscile bastante no meio do caminho. No entanto, saber se o Fed (Banco Central americano) vai subir ou não o juro tem um grau de incerteza maior.

Nos últimos dez anos, o melhor investimento foram aplicações atreladas ao CDI. "Posso citar pelo menos 20 ações com alta liquidez que, para qualquer prazo observado, apresentaram rentabilidade maior do que o CDI", diz Elias.

Edmundo Valadão, diretor da corretora Geração Futuro, conta que, nesses dez anos de taxas de juro nas alturas, conseguiu expandir seu negócio que está baseado apenas no mercado de ações. "Não me importa a taxa de juro, seja ela qual for, sempre haverá empresas que têm retorno maior", diz ele. "Por isso, investimos no nosso time de analistas que diariamente vasculha o mercado atrás de empresas que apresentam uma rentabilidade acima da taxa de juro", diz.

O segundo mito, na opinião de Elias, é o de que o Brasil será grau de investimento ("investment grade"). Com as pesquisas apontando para a reeleição do presidente Lula, os analistas estão de olho nas despesas do governo. "A redução dos gastos públicos e a implementação de novas reformas estão comprometidas com a reeleição do presidente e esses são passos obrigatórios para atingirmos o 'investment grade'", diz Elias. "Segundo os relatórios da Moody's e da Standard & Poor's, o ideal de esquerda após a queda do muro de Berlim e da falência da União Soviética é o assistencialismo e o Brasil é um dos maiores 'welfare state' do planeta, comprometendo, em termos relativos, a mesma parcela do PIB com programas assistencialistas que a Europa."

Otávio de Magalhães Coutinho Vieira, diretor da Multi Bank DTVM, diz que os gastos do governo já estão no radar dos analistas e ele é um entrave relevante à conquista do "investment grade". Crédito com juros tabelados para os aposentados, mais reajuste para o funcionalismo, mais bolsa família, enfim, a trajetória do gasto não é boa, diz Vieira.

Fonte: Valor Economico

Bovespa deve passar a ter fins lucrativos ainda este ano

O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Raymundo Magliano Filho, disse hoje que o processo de desmutualização da Bovespa deve ser concluído neste ano. Por meio desse processo, a Bolsa deixará de ser uma sociedade sem fins lucrativos, da qual os participantes (corretoras de valores) possuem títulos patrimoniais que lhes dão o direito de negociar no mercado, para se tornar uma empresa que visa o lucro. Magliano não quis dar prazos para a abertura de capital e o lançamento de ações da Bovespa, passos posteriores à desmutualização.

Segundo ele, 75% das bolsas de valores do mundo são desmutualizadas. "É um processo de democratização do mercado de capitais, do qual a Bovespa não quer deixar de participar", disse, após participar do 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, promovido pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) em São Paulo.

De acordo com ele, a Bovespa também será atuante no processo de integração mundial das bolsas. "Não estamos preocupados em ter a liderança das bolsas na América Latina, mas com o fortalecimento do mercado para que tenhamos empresas fortes e globais", afirmou.

A Bovespa vem conversando com todas as bolsas latino-americanas, com o objetivo de formar um bloco regional de mercado acionário. "Não estamos pensando em fusão, mas na integração dos mercados", disse. Segundo ele, o caminho mais desejável para essa negociação é o respeito à individualidade e soberania de cada país, mantendo as bolsas em todos eles. "Talvez em quatro ou cinco anos possamos ter a integração dos mercados", afirmou.

Brasil e México

Segundo Magliano, a integração da Bovespa com a Bolsa do México está parada por problemas de regulação. "Há uma grande diferença de legislação entre os dois países, que dificulta o processo. Estamos estudando uma forma de solucionar essa questão", afirmou.

De acordo com ele, uma das maiores diferenças está na forma como são tratados os comitentes - investidores que participam das operações na bolsa. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige o registro do nome dos investidores que realizaram negócios. Já no México as transações são registradas no nome das corretoras, não sendo identificados os investidores.

"O nosso sistema é mais transparente. Um ajuste em relação a esse ponto, por parte do Brasil ou pelo México, deve exigir alteração na legislação, o que não é simples", disse. Segundo ele, a integração dos mercados depende da mudança de conceitos, o que leva tempo para se concretizar. "Não dá para falar em prazo para que a integração com o México seja feita. A negociação já dura mais de um ano", complementou.

As conversas com a Bolsa mexicana são as mais adiantadas dentro do processo de integração da Bovespa com os mercados latino-americanos, que é almejado por Magliano. A idéia é formar um bloco de bolsas latinas, sem a realização de fusões e aquisições. A Bovespa quer apenas a interligação dos mercados, facilitando a negociação dos investidores dos diversos países em quaisquer bolsas.

A sua inflação pessoal é diferente da divulgada pelo Governo

Cada um de nós tem uma inflação pessoal que, certamente, é bem diferente daquela calculada pelo Governo, que inclui itens médios de custo de uma determinada camada da população e de algumas regiões do país. Esses itens utilizados pelo Governo não variam da mesma forma para todas as pessoas. Os itens de custo que afetam sua inflação pessoal têm muito a ver com a localidade onde você mora, os itens consumidos por você e com a lei da oferta e da procura. Por exemplo: o item educação pode ser representativo para você, se você tem filhos em idade escolar mas, para outra pessoa que não tem filhos, esse item não tem influência na sua inflação. Principalmente pelo fato da inflação ser calculada baseada em apenas alguns itens, sendo que itens como o preço de um convênio médico não entra no cálculo da inflação do governo, porém para quem tem plano de saúde, esse reajuste anual normalmente é bem significativo. Então, o resumo é não se iludir com a inflação apresentada pelo governo, pois ela normalmente é bem diferente da sua, esse índice deve ser usado apenas como base, e para auxiliar a calcular a sua inflação real, que deverá levar em conta as mudanças dos preços dos bens e itens que você consome e paga todo mês.

18/06/2007

Mercado reduz previsão do dólar para R$ 1,93 no fim deste ano

A expectativa do mercado para a taxa cambial no fim deste ano ficou em R$ 1,93, abaixo do R$ 1,95 em que estava na semana passada, segundo o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, divulgado nesta segunda-feira.

Para este mês, a previsão da taxa cambial manteve-se em R$ 1,93 --mesmo patamar previsto no boletim anterior.

A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na última semana foi mantida em 3,59% no ano --patamar para o qual foi elevada na semana passada. Antes disso, a previsão era de 3,50% no ano.

Para a taxa Selic, a expectativa do mercado ficou em 10,75% até o fim do ano.

A previsão do mercado para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para 2007 ficou em 3,78%, ligeira elevação em relação ao divulgado no boletim anterior, 3,73%. Para junho a previsão é de 0,25%, contra 0,20% anunciado no boletim da semana passada.

Para o IGP-M, a previsão do mercado para este ano é de uma taxa de 3,55%, acima da previsão anterior, 3,45%. Em junho, o índice deve ficar em 0,26%, contra 0,20% da previsão anterior.

Fonte: G1

Figueiredo prevê que Selic pode cair para até 7,5% em um ano e meio

O ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) Luiz Fernando Figueiredo considera que a taxa de juros da economia brasileira ainda está longe do seu ponto de equilíbrio e prevê uma queda importante da Selic no médio prazo.

Eu acredito que a taxa de juros real deve chegar a 4,5% ou 5% anuais, com a Selic em 7,5% ou 8,0% no prazo um ano a um ano e meio, afirmou o executivo, que também é sócio da gestora de recursos Mauá Investimentos.

Segundo ele, o nível de taxa de juros ainda elevado é um dos motivos, embora não o único, que faz o real estar apreciado atualmente.

Não estamos num equilíbrio ótimo (de taxa de câmbio) porque os juros ainda são muito altos. Mas este é um motivo temporário para a valorização da moeda e existem outros permanentes, afirmou.

Para ele, a elevação dos preços dos produtos exportados pelo Brasil desde 2002, o aumento da confiança dos estrangeiros em relação ao país e a desvalorização do dólar em relação a outras moedas no mundo todo também explicam a valorização do real.

De acordo com Figueiredo, não foi apenas o preço das commodities exportadas pelo País que aumentou.

Embora não tenham subido tanto, o preço dos industrializados também subiu, afirmou.

Além disso, o Brasil deixou de ser um país totalmente alavancado, muito volátil e com risco de quebrar, como era no passado, disse, lembrando que essa mudança na percepção de risco também contribui para tornar o real mais forte.

Em relação ao comportamento dos mercado, Figueiredo acredita que um eventual estouro na bolha da Bolsa de Xangai não afetará os mercados mundiais. Além do fato de a bolsa chinesa estar muito restrita aos investidores locais, ele lembra que uma queda no preço das ações na China não impediria aquele país de continuar a registrar taxas de crescimento significativas.

O executivo participou hoje do 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, evento realizado na capital paulista.

Fonte: O Globo

Mercado mantém aposta de Selic de 10,75%

O relatório produzido pelo Banco Central em 15 de junho mostrou que o mercado manteve a aposta de que a taxa Selic termine o ano em 10,75% anuais. A taxa é a mesma há quatro semanas. Para 2008, os analistas projetam uma taxa de 9,75%, frente a aposta de 10% da semana anterior.

A projeção para a Selic média no decorrer de 2007 permaneceu em 11,84%. A taxa média do próximo ano caiu de 10,39% para 10,25%.

No mesmo relatório, o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público consolidado e o Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 43,90% ao final do ano. Para 2008, o mercado espera que o indicador ficou em 42%do PIB como na semana passada.

Fonte: JB Online

Corte de juros isolado não sustenta expansão do PIB

A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), divulgada na última quinta-feira (14), trouxe as justificativas para a mudança no ritmo de queda da taxa de juros (Selic). O Copom decidiu ampliar o corte da Selic, de 0,25 para 0,5 ponto percentual, porque a valorização do real frente ao dólar e o aumento das importações estão ajudando a manter a inflação sob controle. O dólar fraco barateia os preços dos produtos fabricados no exterior, estimulando as importações. De fato, de janeiro até a segunda semana de junho, as compras externas cresceram em ritmo acelerado – 24,3%. Como assinalou o Copom, as importações vêm contribuindo para aumentar a oferta agregada, diminuindo o descompasso entre produção e demanda domésticas.

A entrada de produtos baratos no país força a concorrência interna a segurar os preços. Um terceiro efeito do câmbio valorizado é a diminuição do custo de produção das empresas, na medida em que estimula importações de bens de capital (máquinas e equipamentos). Até maio, essas compras cresceram 23,4%, respondendo por mais de 20% das importações brasileiras. Já é uma tradição no Brasil o setor produtivo aproveitar os momentos de câmbio valorizado para adquirir maquinário importado. Isso não estaria acontecendo no ritmo atual se os empresários não estivessem acreditando na estabilidade da economia e no aumento da demanda a curto e médio prazo.


Na avaliação de cinco dos sete integrantes do Copom, o setor externo está tendo, portanto, uma influência "predominantemente benigna sobre as perspectivas de inflação". Os diretores do BC não vêem perspectiva de uma desvalorização acentuada do real a curto prazo. Tudo isso levou o mercado a acreditar que, em pelo menos duas, das quatro reuniões do Copom até o fim do ano, a taxa Selic sofrerá corte de 0,5 ponto percentual.

Acredita-se que, depois disso, o ritmo de queda voltará a ser de 0,25 ponto percentual a cada rodada do Copom, o que levará a taxa básica de juros, em dezembro, a 10,5% ao ano. Descontada a inflação, o país poderá chegar ao fim do ano com juro real em torno de 7%. Trata-se de um patamar historicamente baixo, mas, ainda assim, altíssimo quando comparado ao da maioria das economias.

O momento econômico vivido pelo Brasil é bastante positivo, mas não há espaço para euforia. É mais ou menos o que diz o Copom na sua ata, que traz recados sinalizando que, em algum momento, o BC pode ser forçado a conduzir a política monetária com "parcimônia". De forma textual, o Comitê diz que "o ritmo de expansão da demanda doméstica pode colocar riscos para a dinâmica inflacionária no médio prazo". Os dois diretores do BC que saíram vencidos na última definição da Selic lembram que a a expansão da demanda ocorre não apenas entre os bens transacionáveis, mas também entre os não-transacionáveis, ou seja, está havendo aumento de consumo de bens que não podem ser importados. A ata adverte que parte dos estímulos monetários ainda não teve efeito pleno sobre a economia e que existe incerteza sobre como os cortes de juros afetarão a inflação.

São poucos os especialistas que duvidam hoje da capacidade de o Produto Interno Bruto (PIB) se expandir em torno de 4% ou 4,5%, neste e nos próximos três anos. Mas é crescente a percepção de que o país não tem fôlego para ir muito além disso, sem provocar aumento da inflação. Para a economia crescer mais rápido, as autoridades teriam que reduzir os custos de produção, o que exigiria a diminuição tanto da carga tributária quanto dos gastos do governo. Claramente, não há disposição política hoje em Brasília para nenhuma das duas tarefas. Sem isso, o crescimento da oferta continuará limitado, o que, por sua vez, restringirá a expansão do PIB.

Num artigo recente, o economista Rogério Werneck mostrou que a alta de 4,3% do PIB no primeiro trimestre resultou da combinação de um crescimento real de 3,9% do valor adicionado, calculado a preços básicos (sem tributos), com um aumento de 6,9% da receita real proveniente dos tributos incidentes sobre bens e serviços. "Isto significa que a carga de impostos indiretos continua crescendo muito mais rápido que a produção", adverte, acrescentando que as receitas federais, que incluem a maior parte da tributação direta, evoluíram a uma taxa duas vezes e meia maior que a do PIB. Trata-se de um contra-senso para quem aspira ter a economia crescendo acima de 4% ao ano.

Fonte: Valor Econômico

Bovespa limitará atuação de investidor especulativo

À pedido das empresas e investidores, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está estudando a proposta para disciplinar a participação dos investidores pessoa física que atuam como "flippers" no mercado de capitais, isto é, que reservam a participação em Ofertas Públicas Iniciais (IPO) só para vender as ações no dia de estréia da companhia na bolsa, comportamento que aumenta a volatilidade dos preço dos ativos.

O objetivo é ampliar a participação de outros investidores pessoa física no pedido de reserva de compra de ações. "Os investidores flippers têm reservado um número grande de ações e acabam ficando com uma parcela muito pequena, o que impede os outros investidores de participarem", afirma Ricardo Pinto Nogueira, superintendente de operações da Bovespa.

Com o novo modelo, o investidor que atuar como flipper nas últimas três ou quatro operações, poderá ficar de fora do próximo IPO. "O investidor não irá participar da operação como punição, podendo voltar a participar das ofertas seguintes", diz.

A proposta deverá ser encaminhada para consulta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As empresas que vierem a mercado e quiserem optar por esse mecanismo, deverão incluí-lo em seus prospectos.

A medida sobre controle das operações de "flipping" já vem sendo feita com os investidores institucionais. Os investidores pessoa física respondem pela menor participação nos IPO´s, em torno de 10% a 20% das oferta.

Fonte: JB Online

Bovespa tem leve alta e bate novo recorde

A Bolsa de Valores de São Paulo cravou o terceiro fechamento recorde consecutivo nesta segunda-feira (18). Na abertura, a bolsa paulista chegou bem perto da marca de 55 mil pontos, em 54.999 pontos. Mas o mercado doméstico reduziu os ganhos com a abertura do pregão nos EUA.

O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou em valorização de 0,39%, aos 54.730 pontos. Foram negociados R$ 5,98 bilhões, engrossado pelo dia do vencimento de opções, quando vencem os contratos futuros negociados na bolsa e os investidores compram ou vendem papéis conforme haviam apostado anteriormente.

As ações preferenciais da Petrobras subiram 0,41%, a R$ 50,96; enquanto a Vale avançou 1,44%, para R$ 76,11.

O recorde da bolsa paulista na sessão foi o 24º do ano.

O setor aéreo foi destaque de alta. As ações da TAM subiram 4,62%, para R$ 67,19, e as preferenciais da Gol ganharam 2,66%, para R$ 63,79.

O operador da corretora nacional lembrou que esses papéis já chegaram a ser cotados na faixa de R$ 80, mas perderam terreno por eventos envolvendo as companhias, como por exemplo o problema no controle aéreo.

As ações da Embraer perderam 1,22%, para R$ 24,27, mesmo após a empresa formalizar o acordo com a alemã Lufthansa para pedidos de 30 jatos, e com a Japan Airlines para 10 jatos.

Fonte: G1

Perspectiva do cambio para junho

O fluxo extraordinário de recursos externos levou a cotação a níveis de R$ 1,90. A tendência primaria ainda é de queda, mas o mercado pode apresentar volatilidade nas próximas semanas. Essa é a análise do Itaú para o cambio.

Perspectiva dos juros para junho

Também de acordo com a Personnalite News, o comportamento positivo das expectativas para inflação permite que o Compom reduza novamente a taxa básica de juros.

Perspectiva da inflação para junho

De acordo com a News do Itau Personnalite, a queda do dolar e a influencia favoravel dos preços administrados deslocam o IPCA para níveis próximos de zero em junho.

Ibovespa atinge nova máxima histórica a 54.730 pontos

O Ibovespa encerrou o pregão de 18/06 a 54.730 pontos, alcançando novo recorde de pontuação, o 24º do ano.

O resultado superou os 54.518 pontos registrados no dia 15 de junho.

A variação no dia foi de 0,39% e o volume negociado, de R$ 5.986.686.403,75.

16/06/2007

Vantagens dos fundos

Quais as vantagens de investir em Fundos Balanceados?
Os Fundos Balanceados são investimentos que buscam rentabilizar o capital investido a médio prazo, com risco médio. Como suas aplicações são divididas entre o mercado de Renda Fixa e o mercado de ações, o potencial de retorno é superior aos Fundos de Renda Fixa e o risco menor do que os Fundos que investem integralmente em ações.

Quais as vantagens de investir em Fundos Cambiais?
Os Fundos Cambiais podem ser uma alternativa para quem tem que cumprir compromissos ou efetuar pagamentos em dólar. A rentabilidade destes Fundos procura acompanhar a variação da moeda norte-americana.

Quais as vantagens de investir em um Fundo de Ações?
O Fundo de Ações é adequado para o investidor que busca maior rentabilidade a longo prazo e que não tem urgência em resgatar o seu dinheiro. A rentabilidade das ações está baseada no desempenho da empresa. Então, a vantagem do Fundo é investir em várias empresas simultaneamente, o que minimiza o risco associado a uma empresa específica. É importante lembrar que o mercado de ações está sujeito a grandes variações, por esse motivo é um investimento de longo prazo.

Quais as vantagens de investir em um Fundo de Renda Fixa?
A maior vantagem do investimento neste tipo de fundo é a proteção do seu capital pois é um investimento de baixo risco. Você estará optando por um investimento de menor rentabilidade em função de um risco mais baixo. A rentabilidade é estabelecida contratualmente.

Quais as vantagens de investir em um Fundo de Renda Fixa DI?
O objetivo principal do Fundo de Renda Fixa DI é preservar o capital investido com algum rendimento. É uma aplicação de curto prazo, com baixo risco.

Quais são as vantagens de investir em um Fundo?
Em um Fundo há vários investidores. Dessa maneira, o poder de compra e negociação se torna maior, pois há mais dinheiro investido. Além disso, os fundos contam com um administrador que usam sua experiência buscando definir qual o momento para investir em determinados ativos.

Riscos inerentes

Os Fundos de Renda Fixa sofrem alterações se as taxas de juros se alterarem?
Sim. É possível ocorrer uma perda se houver uma forte elevação nas taxas de juros. Essa perda seria resultante da adaptação ao novo nível das taxas; entretanto, é importante lembrar que essa desvalorização só acontecerá se o aumento das taxas de juros não for esperado pelo mercado.

Quais os riscos de investir em um Fundo de Ações?
Há mais segurança em investir em um Fundo de Ações do que diretamente no mercado de ações, comprando uma ação específica. Isto acontece porque, quando se investe em uma ação específica, corre-se dois riscos: o da economia e também o individual de cada empresa. Já os Fundos de Ações diversificam a carteira em diferentes ativos, o que diminui consideravelmente os riscos.

Qual o risco de investir em um Fundo?
Existe uma relação entre rentabilidade e risco. Quanto maior o risco, maior será o potencial de retorno, então, se o risco for menor, o potencial de retorno também será. Há Fundos de baixo e alto risco. Você pode escolher um de acordo com os seus objetivos e ser grau de tolerância a exposição de riscos de acordo com seu perfil de investidor.

Rentabilidade dos fundos de investimento

Como eu posso comparar a rentabilidade entre dois Fundos?
Só tem sentido comparar a rentabilidade entre Fundos que tenham a mesma política de investimentos, ou seja, que assumam os mesmos riscos. Numa comparação, deve-se levar em consideração a aplicação inicial mínima exigida pelo Fundo e a taxa de administração cobrada por ele.

Existe garantia de rentabilidade?
Não. É proibido pelo Banco Central garantir rentabilidade. Portanto, mesmo que alguém lhe garanta rentabilidade, lembre-se que os investimentos em fundos estão sujeitos a volatilidade do mercado. Por outro lado, rentabilidade passada não é garantia de ganhos futuros.

Quais são os fatores que determinam a rentabilidade?
A rentabilidade de cada Fundo é determinada pela estratégia de investimento adotada pelo Administrador do Fundo que respeita as características definidas pelo estatuto e os limites impostos pelos órgãos reguladores do governo. Existem Fundos conservadores e Fundos mais agressivos, com graus de risco definidos de acordo com os seus objetivos. Se um Fundo conseguir rentabilidade de 2% em um mês, todos os cotistas terão a mesma valorização, independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos têm grande importância na rentabilidade do Fundo.

Prazos de investimentos

Por quanto tempo minhas aplicações devem permanecer nos Fundos?
Os Fundos de Renda Fixa são considerados de curto ou médio prazo, já que apresentam riscos mínimos, mas também são recomendáveis para investimentos de longo prazo. Nos Fundos de Renda Variável e nos Fundos Balanceados, sugerimos que o cliente mantenha o seu dinheiro por um tempo maior para aproveitar todas as vantagens que eles oferecem. Os Fundos Balanceados podem buscam oferecer retornos maiores no médio e longo prazo, enquanto os de Renda Variável visam oferecer melhores retornos no longo prazo.

Definições importantes sobre fundos de investimentos

Como é calculada a variação do valor das cotas de um Fundo?
O valor das cotas depende das alterações do ativo, descontadas as despesas do Fundo.

O que é taxa de performance?
É a taxa cobrada do quotista quando a rentabilidade do Fundo supera a do benchmark, ou seja, quando supera o indicador de referência do Fundo que foi previamente estabelecido.

O que é um Fundo de Investimento?
Fundo de Investimento é um instrumento financeiro que reúne recursos de vários investidores. Quando o investidor aplica em um Fundo, ele compra cotas de participação nesse Fundo, que terá um administrador. A variação do valor dessas cotas determina a rentabilidade do investimento. O preço do serviço de administração é a taxa de administração, que é cobrada igualmente de todos os cotistas.

O que são títulos prefixados e títulos pós-fixados?
Um título é considerado pós-fixado quando a sua rentabilidade não é conhecida no momento da aplicação e está atrelada, por exemplo, à taxa de juros do mercado. O título é prefixado quando sua rentabilidade é conhecida antecipadamente, estabelecida através de contrato. O investidor conhece o valor em percentual da rentabilidade a ser recebida.

Qual a diferença entre Fundo de Renda Fixa e Fundo de Renda Fixa DI?
A principal diferença é que o Fundo de Renda Fixa DI acompanha diariamente as taxas de juros do mercado e as aplicações são feitas em títulos pós-fixados, ou seja, fixados de acordo com as taxas de juros de cada dia. Já o Fundo de Renda Fixa investe em títulos prefixados, com rentabilidade conhecida através de contrato.

Qual é o melhor Fundo de Investimento?
Ao escolher um Fundo de Investimento o Investidor deve levar em consideração diversos fatores, tais como: o seu perfil de investidor, a sua disponibilidade para aplicação, os seus objetivos de investimento, o prazo que necessitará dos recursos aplicados, o tipo e a política de investimento de cada fundo etc. Por isso, você deve escolher os Fundos que mais se adaptam às suas necessidades e objetivos.

Administração dos fundos

Quais são os órgãos reguladores dos Fundos de Investimento?
O Conselho Monetário Nacional (CMN), entidade superior do sistema financeiro, autoriza a criação e o funcionamento dos Fundos e delega à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a responsabilidade pelo controle e acompanhamento da gestão. A CVM é o órgão normativo do sistema financeiro voltado basicamente para a fiscalização do mercado de renda fixa e de renda variável.

Qual o compromisso que o Administrador do Fundo assume perante o investidor?
Todos os Fundos mútuos no Brasil são administrados em regime de "melhores esforços". Isto significa que o Administrador fará o máximo possível para atingir os objetivos propostos. Porém, um investidor sempre corre riscos. É exatamente por esta razão que você deve ter certeza que está comprando um produto adequado ao seu perfil. Todas as eventuais perdas que estiverem de acordo com a política de investimento do Fundo - registrada no regulamento - são de inteira responsabilidade do investidor. Por exemplo: um investidor compra cotas de um Fundo de Ações e a Bolsa cai violentamente. O Fundo tinha em sua carteira ações que também caíram. Está tudo de acordo com o regulamento, é de se esperar que um Fundo de Ações tenha perdas quando a Bolsa cai. Não há nenhuma responsabilidade legal por parte do Administrador nesta hipótese, por maior que possa ser esta perda.Vamos supor, porém, que o investidor compre cotas de um Fundo cujo regulamento não tenha previsto a compra de ações e, mesmo assim, o Administrador resolve comprar ações. A Bolsa cai e o investidor sofre um grande prejuízo. Neste caso, o Administrador é responsável não só perante o investidor como também perante as autoridades reguladoras do sistema financeiro. Para evitar este problema, existem processos rígidos de controle.

Quem administra os Fundos?
Quem administra os Fundos são as instituições financeiras, responsáveis legais perante os órgãos normativos e reguladores (Comissão de Valores Mobiliários - CVM e Banco Central), além de determinar a política e o regulamento de cada Fundo. Existe também a figura do Administrador de Fundos que é responsável pela escolha dos papéis, avaliação dos cenários e montagem das carteiras. No Brasil, existem Administradores que realizam a gestão de seus Fundos e que também terceirizam esta gestão para asset managers independentes. Os Administradores de Fundos são profissionais especializados que acompanham o mercado financeiro e procuram definir os melhores momentos de compra e venda e quais ativos vão compor a carteira do Fundo. Cada Fundo de Investimento constitui-se como uma pessoa jurídica própria. O capital do Fundo é independente do capital da instituição gestora, o que significa que o dinheiro aplicado num Fundo está resguardado de qualquer eventual problema financeiro que a administradora ou a gestora venha a ter.

15/06/2007

Entenda os tipos de investimentos financeiros

Como funcionam os Fundos de Investimento

Ao investir em Fundos, você passa a fazer parte de um grupo que detém alto poder de compra. Pelo fato de captar mais dinheiro do que um pequeno ou médio investidor conseguiria individualmente, o fundo consegue taxas mais vantajosas em várias operações, além disso o fundo conta com um gerenciamento profissional.

O Fundo de Investimento é formado por diversos ativos , e esta é uma de suas principais vantagens. Uma carteira diversificada significa menores riscos para o investidor, pois as perdas em determinados ativos podem ser compensadas pelo bom desempenho de outros.

No ato das aplicações em um Fundo, o cliente compra um certo número de quotas. O valor das quotas é determinado da seguinte maneira:

VALOR DA QUOTA = PATRIMÔNIO TOTAL DO FUNDO ÷ QUOTAS EMITIDAS

O valor das quotas pode variar dia a dia, conforme a valorização e a desvalorização dos títulos que compõem a carteira.

Os Administradores de Fundos, se encarregam de fazer as aplicações, buscando maximizar os retornos, isto é, alta rentabilidade com risco mínimo.

Existem vários tipos de Fundos de Investimento. Defina seus objetivos e escolha aquele que mais atende às suas necessidades. Lembre-se sempre: quanto maior o risco assumido, maior a possibilidade de ganhos de capital.

Entenda os Riscos

O grau de imprevisibilidade do resultado de um investimento é chamado de Risco.
Se, por exemplo, você investir no Fundo Referenciados DI, que é remunerado de acordo com as taxas de juros , seu investimento terá um nível de risco menor que um Fundo de Ações.

Se você procura alta rentabilidade, saiba que seu capital também está sujeito a um risco maior e, eventualmente, poderá haver perdas. Para estratégias mais agressivas, é necessário que você tenha um prazo maior disponível para aplicação, para que os ganhos de longo prazo busquem compensar as eventuais perdas passadas.

No entanto, se o seu objetivo principal é a segurança, você pode optar por investimentos mais conservadores, que oferecem rentabilidade menor, porém buscam preservar seu capital.

Renda Fixa

Os Fundos de Renda Fixa são compostos por títulos públicos e privados, que tendem a produzir rendimentos mais estáveis. Porém, isto não significa isenção de riscos.

Os Fundos de Renda Fixa podem ser classificados de acordo com a sua rentabilidade:

Fundos de Renda Fixa com títulos prefixados - a rentabilidade é determinada contratualmente. Fundos de Renda Fixa com títulos pós-fixados - variam em função de um componente ou índice de correção monetária.

Títulos

Emitidos por instituições públicas ou privadas, os títulos são papéis ou certificados que representam um determinado capital. Quando desejam captar recursos, as instituições fazem um contrato de empréstimo e se comprometem a pagar a importância emprestada, acrescida de juros.

Hedge

No mercado financeiro, "hedge" é uma medida preventiva para diminuir um determinado risco. Significa abrir mão de uma probabilidade de maior ganho em um único investimento, e seu conseqüente risco, em favor de um risco menor, com menor ganho.

Por exemplo, se você faz um investimento em ações, é aconselhável fazer uma aplicação simultânea em um Fundo mais conservador. Desta maneira, você reduzirá o risco de sua aplicação, pois o Fundo conservador, de baixo risco, pode compensar o possível mau desempenho das ações, que apresentam risco elevado. Isto significa "fazer um hedge".

Renda Variável

Os Fundos de Renda Variável são constituídos por ações, opções e mercados futuros. Este é considerado um mercado de risco, pois sofre alterações diárias, decorrentes de variações do mercado, mudanças políticas e econômicas, ou mesmo de situações particulares de instituições públicas ou privadas.

Estes Fundos são indicados para investidores com perfil mais agressivo, que buscam alta rentabilidade, mesmo que isto ocorra em um prazo de tempo maior.

Ações

Uma ação é um título que representa uma fração do capital de uma empresa. A pessoa que compra ações é co-proprietária de uma Sociedade Anônima, e tem direito à participação nos resultados da empresa, sejam lucros ou prejuízos. As ações são convertidas em dinheiro através de negociação nas Bolsas de Valores ou no mercado de balcão.

As empresas de capital aberto são aquelas que emitem ações para vendê-las na Bolsa de Valores. Desta maneira, elas obtêm dinheiro para investir internamente, sem que haja a necessidade de fazer financiamentos, o que acarretaria em juros.

As ações podem ser:

Escriturais: funcionam como uma espécie de conta corrente, em que os valores são lançados a débito ou a crédito dos acionistas e não há movimentação física dos documentos.

Nominativas: identificam o nome do proprietário no livro de Registro de Ações Nominativas da empresa. A transferência da ação é efetuada com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da empresa, que identifica o novo acionista.

Tipos de ações existentes no mercado

Ação Preferencial (PN) os proprietários deste tipo de ação não têm direito de voto, porém, têm prioridade no recebimento de dividendos da empresa.

Ação Ordinária (ON) garante ao acionista direito de voto, ou seja, ele participa das decisões da empresa. Os proprietários deste tipo de ação só recebem os dividendos da empresa depois dos proprietários das ações preferenciais.

As Bolsas de Valores

As Bolsas de Valores são associações civis, sem fins lucrativos, responsáveis pela organização do mercado de ações.

A principal função é oferecer um mercado para a cotação dos títulos nelas registrados, além de orientar e fiscalizar os serviços prestados por seus membros.

Além disso, elas devem divulgar as informações sobre as transações realizadas diariamente e sobre as empresas que lá negociam suas ações.

Alterações no regulamento dos Fundos

Um Fundo pode sofrer alterações em seu regulamento mediante normas legais ou normas regulamentares da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O Administrador do Fundo é responsável por reunir os quotistas em assembléia geral para que a mudança no regulamento seja discutida entre todos. Sendo a informação enviada via chacon (carta do Gestor para cada quotista).