31/08/2007

Em forte alta, Bovespa pode recuperar todas as perdas de agosto

Todas as perdas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde o início de agosto podem ser anuladas no pregão de hoje, que vai registrando forte alta. Mas a recuperação não chega ao ápice do mês de julho, quando, dias antes da onda de turbulências, as ações brasileiras operavam na casa dos 58 mil pontos.

Três notícias fomentam o apetite dos investidores em ações: o anúncio do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de uma série de medidas para ajudar os norte-americanos a pagarem suas dívidas imobiliárias, o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) e uma pesquisa de preços mostrando inflação abaixo do esperado nos EUA.

Às 16h10, o Ibovespa, principal índice da Bolsa nacional, avançava 3,42%, a 54.663 pontos (veja gráfico com atualização constante).

Se fechar nessa pontuação, ficará acima do patamar registrado na abertura de 1º de agosto (54.182 pontos). O dólar fazia o caminho inverso e, minutos antes, recuava 0,61%, sendo vendido por R$ 1,963.

A expectativa em relação às medidas de Bush contribuiu também para a alta dos mercados asiáticos, que atingiram nesta sexta o maior nível em três semanas.

As Bolsas na Europa também se beneficiaram e fecharam em nível positivo nesta sexta-feira, depois que Bush anunciou as medidas para enfrentar a crise.

A inadimplência no setor de financiamento imobiliário, particularmente envolvendo os empréstimos para consumidores sem bom histórico de pagamentos de dívidas (o chamado crédito "subprime", de segunda linha), desencadeou a atual onda de turbulências nas Bolsas do mundo. As medidas de Bush têm o objetivo de atacar esse problema.

Declarações de Bernanke
Em esperado discurso, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse que a instituição está de olho na crise.

Se as condições atuais persistirem nos mercados de hipotecas, a demanda por casas nos Estados Unidos pode ficar ainda mais debilitada, com possíveis implicações para a economia como um todo, afirmou Bernanke.

Ele discursou numa conferência anual do banco e comentou que o desaquecimento no setor imobiliário americano, que começou em meados de 2005, é significativo. "As vendas de casas novas e antigas têm caído expressivamente desde os picos vistos na metade de 2005 e permanecem baixas nos meses recentes", declarou.

A notícia de inflação menor que o esperado contribuiu para animar os investidores que apostam na queda do juro americano. O núcleo do índice de preços relacionados aos gastos do consumidor nos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) subiu apenas 0,1% em julho. Analistas esperavam alta de 0,2%. Se viesse acima do esperado, seria um argumento a mais contra a queda do juro.

Fonte: UOL Economia

Gradiente confirma venda da Philco por R$ 22 milhões

A fabricante de eletroeletrônicos Gradiente confirmou oficialmente hoje a venda da marca Philco, por R$ 22 milhões. Os compradores foram identificados pela Gradiente como investidores que estão em processo de licenciar a Philco para a Britânia Eletrodomésticos, que deverá utilizar a marca em nova linha de produtos.

Segundo informe da Gradiente, as negociações estavam em andamento desde junho, porém a liquidação financeira ocorreu apenas na data de hoje. A empresa comunicou ainda que vai analisar, juntamente com a Britânia, " oportunidades de sinergia que possam existir entre atividades das empresas na concepção, produção, comercialização e serviços de pós-venda dos produtos Philco, atuais e futuros " .

A Gradiente também informou que o negócio não envolve os demais ativos ligados à Philco, como fábricas e equipamentos. Além disso, fez questão de salientar que irá continuar " prestando normalmente os serviços de pós-venda para produtos da marca Philco por ela vendidos até o final de 2007 " .

Fonte: UOL Economia

Bush anuncia plano de ajuda aos que não podem pagar hipotecas

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciará hoje um plano de ajuda para os que não podem pagar as hipotecas, intervindo assim em um problema que provocou graves turbulências nos mercados financeiros, afirmou hoje a imprensa americana.

A notícia provocou altas nos mercados devido à expectativa dos investidores de que o Governo federal intervirá na crise e o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduzirá as taxas de juros.

Os jornais "The Wall Street Journal" e "Washington Post", e a rede "National Public Radio" disseram que Bush e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, proporão mudanças no programa federal de seguros de hipotecas.

O presidente do Fed, Ben Bernanke, falará hoje às 11h de Brasília, em Wyoming, e muitos analistas esperam que indique se o banco central está disposto a afrouxar sua política monetária, que manteve a taxa de juros em 5,25% desde junho de 2006.

A recessão no mercado imobiliário começou há quase 20 meses, e a ela se acrescentou o problema das hipotecas de alto risco - concedidas a milhões de pessoas que agora não podem fazer frente aos pagamentos mensais, nem podem vender propriedades que se desvalorizaram.

Quase todas essas hipotecas foram feitas com juros fixos por dois ou três anos, e depois juros variáveis. Considerando que a maioria dessas operações ocorreu entre 2004 e 2006, milhões de compradores enfrentam agora o reajuste de seus juros.

Várias empresas de hipotecas quebraram e os mercados financeiros globais, que podem sofrer com falta de liquidez, registraram abruptas oscilações em semanas recentes.

O "Washington Post" indicou que Bush e Paulson oferecerão um plano pelo qual os compradores que atrasarem nos pagamentos das hipotecas com juros variáveis teriam algum alívio para adiar os pagamentos.

"As autoridades calculam que cerca de dois milhões de hipotecas concedidas a prestatários de alto risco chegarão ao ponto de reajuste dos juros nos próximos dois anos, com um valor total de mais de US$ 500 bilhões", afirmou o "Post".

Fonte: UOL Economia

Bernanke afirma que Fed acompanha de perto situação nos mercados de hipotecas

Se as condições atuais persistirem nos mercados de hipotecas, a demanda por casas nos Estados Unidos pode ficar ainda mais debilitada, com possíveis implicações para a economia como um todo, notou o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke. Ele emendou que esses desenvolvimentos estão sendo acompanhados de perto.

Ele comentou que o desaquecimento no setor imobiliário americano que começou em meados de 2005 é significativo. "As vendas de casas novas e antigas têm caído expressivamente desde os picos vistos na metade de 2005 e permanecem baixas nos meses recentes", apontou.

As preocupações com a alta inadimplência de tomares de crédito com histórico ruim (subprime) afetaram Wall Street e contagiaram as demais praças acionárias do mundo no último mês. Em reação a esse quadro, bancos centrais passaram a injetar recursos em seus sistemas bancários e o Fed cortou a taxa de redesconto semanas atrás.

Bernanke lembrou que a autoridade monetária está pronta para agir o quanto for necessário e que pode tomar medidas extras se for o caso "para prover liquidez e promover o funcionamento ordenado dos mercados".

"Não é responsabilidade do Federal Reserve - e nem seria apropriado - proteger os credores e os investidores das conseqüências de suas decisões financeiras, mas os desenvolvimentos nos mercados financeiros podem ter efeitos econômicos abrangentes e o Fed tem de levar em conta esses impactos quando determina sua política monetária", afirmou.

O discurso foi apresentado em conferência que ocorre em Jackson Hole, Wyoming, organizada pelo Fed de Kansas City. Os dados estão na página eletrônica do banco central dos EUA e agências internacionais.

Fonte: UOL Economia

Bovespa segue otimismo externo e opera em forte alta

O cenário internacional positivo para os investidores em ações leva a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a operar em forte alta nesta sexta-feira. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou hoje uma série de medidas para ajudar os norte-americanos a pagarem suas dívidas imobiliárias.

O Ibovespa, principal índice de ações do país, registrava alta de 3,25% às 14h15, atingindo 54.574 pontos (veja gráfico com atualização constante). O dólar fazia o caminho inverso e recuava 0,35%, sendo vendido por R$ 1,968. A expectativa em relação às medidas de Bush contribuiu também para a alta dos mercados asiáticos, que atingiram nesta sexta o maior nível em três semanas, e europeus.

As Bolsas na Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, depois que Bush anunciou medidas para enfrentar a crise no setor de hipotecas de alto risco.

A inadimplência no setor de financiamento imobiliário, particularmente envolvendo os empréstimos para consumidores sem bom histórico de pagamentos de dívidas (o chamado crédito "subprime", de segunda linha), desencadeou a atual onda de turbulências nas Bolsas do mundo.

Declarações de Bernanke
Em esperado discurso, o presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, disse nesta sexta-feira que a instituição está de olho na crise.

Se as condições atuais persistirem nos mercados de hipotecas, a demanda por casas nos Estados Unidos pode ficar ainda mais debilitada, com possíveis implicações para a economia como um todo, afirmou Bernanke.

Ele discursou numa conferência anual do banco e comentou que o desaquecimento no setor imobiliário americano, que começou em meados de 2005, é significativo. "As vendas de casas novas e antigas têm caído expressivamente desde os picos vistos na metade de 2005 e permanecem baixas nos meses recentes", declarou.

Uma pesquisa de inflação divulgada hoje ajuda a animar aqueles que apostam na queda do juro americano. O núcleo do índice de preços relacionados aos gastos do consumidor nos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) subiu apenas 0,1% em julho. Analistas esperavam alta de 0,2%. Se viesse acima do esperado, seria um argumento a mais contra a queda do juro.

Fonte: UOL Economia

Animado, mercado espera Bush e Bernanke em dia cheio de indicadores de peso

Essa sexta-feira promete. E muito. A semana termina com nada menos do que um discurso de Bernanke, presidente do Federal Reserve, sobre o mercado imobiliário e a política monetária, dados do PCE, uma das medidas de inflação preferidas pelo Fed, e, para arredondar, George W. Bush.

Isso é, em meio à crise do subprime, ninguém menos do que o presidente dos EUA poderá entrar em cena para evitar que a inadimplência no segmento de hipotecas de segunda linha, literalmente, expulse os tomadores de suas casas. Segundo fortes rumores, Bush deve anunciar as medidas nesta sexta-feira.

A notícia inspira grande animação nesta manhã e os mercados futuros dos EUA indicam abertura em forte alta para Wall Street. Eufóricas, as bolsas européias operam no campo positivo em um movimento liderado por mineradoras e exportadoras.

No mesmo sentido, os preços do petróleo avançam tanto em Londres como em Nova York e, na Ásia, a notícia também trouxe bom humor e o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 2,6%.

O que pode ser o plano
Segundo rumores, a medida se dará através do Federal Housing Administration, que garante empréstimos a tomadores de baixa e média renda. O órgão deverá garantir empréstimos aos inadimplentes, evitando, assim, que suas hipotecas sejam executadas, e permitindo refinanciamento a taxas mais favoráveis.

Os beneficiários da medida serão inadimplentes que estão há pelo menos 90 dias atrasados. Ademais, Bush ainda deverá propor uma redução dos impostos para donos de imóveis que realizarem refinanciamento.

Sem esquecer de Bernanke e agenda
As expectativas pelas palavras de Bush não são o único destaque do dia, já que às 11h00, horário de Brasília, Ben Bernanke vai falar sobre o assunto mais delicado dos últimos dias. O discurso do chairman é aguardado com ansiedade porque o clima mais ameno dos últimos pregões tem como base apostas de que a taxa básica de juro dos EUA será cortada em breve, mais especificamente, na reunião de 18 de setembro.

Sendo assim, também é preciso levar em conta a possibilidade de Bernanke decepcionar os investidores e, com isso, esfriar um pouco a animação recente dos mercados. Não bastasse a agenda de discursos, a de indicadores também não fica atrás. Confira os detalhes:

Indicadores internacionais Horário de Brasília Referência Anterior Expectativa
Renda Individual dos Cidadãos (EUA) 9h30 Julho 0,4% 0,3%
Gastos com Bens e Serviços (EUA) 9h30 Julho 0,1% 0,4%
Núcleo do PCE (EUA) 9h30 Julho 0,1% 0,2%
Nível de Atividade Industrial(EUA) 10h45 Agosto 53 pontos 53,4 pontos
Volume de Pedidos à Indústria(EUA) 11h00 Julho 0,6% 0,9%
Confiança do Consumidor (EUA) 11h00 Agosto 83,3 pontos 84 pontos
Discurso de Ben Bernanke - Fed(EUA) 11h00 - - -


Disputando atenção
Segundo analistas do UBS, o Michigan Sentiment ganhará importância adicional porque é o primeiro desde o aprofundamento da crise no mercado de crédito e pode sinalizar até que ponto o consumo das famílias pode ser penalizado pelo cenário turbulento.

Todavia, um PCE muito acima do esperado também pode mexer bastante com o humor dos mercados porque seria interpretado como um obstáculo a um corte na Fed Funds Rate. Aliado a um discurso mais conservador de Bernanke, o número pode impelir forte nervosismo aos mercados globais e, pelo menos, neutralizar parte do otimismo com o discurso (esperado) de Bush.

Internamente, a agenda econômica é fraca e, com um cenário externo tão rico em eventos e números de peso, os mercados de câmbio e juros futuros, assim como o Ibovespa, deverão acompanhar os desdobramentos internacionais.

Fonte: InfoMoney

Multiplan captou R$ 924,5 milhões com sua oferta de ações ordinárias

Com sua oferta pública primária de ações ordinárias, a Multiplan captou R$ 924,528 milhões. Os papéis da empresa, listados sob o código MULT3, estrearam no Nível 2 da Bovespa no pregão do dia 27 de julho.

Sem surpreender, a maioria das ações distribuídas foi adquirida por investidores estrangeiros. O total de recursos que a empresa trouxe de fora do Brasil foi de R$ 679,01 milhões, ou seja, 88,48% do total captado com a oferta.

Dentre os investidores nacionais, o principal destaque foram os fundos de investimento, que ficaram com 27,23% dos papéis ofertados. Logo em seguida vieram as pessoas físicas, que adquiriram 9,88% das ações distribuídas na oferta.

Confira alguns números da oferta:

Tipo de Investidor Valor
(R$ Milhões)
% Origem dos recursos Valor
(R$ Milhões)
%
Institucional 805,19 88,48 Exterior 679,01 74,62
Varejo 104,82 11,52 Brasil 230,99 25,38

Ações distribuídas Preço Volume da Operação
36.981.135 R$ 25,00 R$ 924.528.375,00

Vale ressaltar que, dentre os papéis comprados por estrangeiros, estão inclusas 1.823.867 ações adquiridas pelo Credit Suisse Securities Europe, como forma de proteção (hedge) para operações com derivativos de ações realizadas no exterior.

Verificando excesso na demanda por estes papéis, os coordenadores da oferta exerceram integralmente a opção de lote suplementar (15% do total dos papéis ofertados), o que aumentou o montante ofertado em 41.700 ações.

Fonte: InfoMoney

Expectativa: futuros sobem na espera por discurso de Ben Bernanke e George Bush

Os mercados futuros operam em forte alta na manhã desta sexta-feira (31), que encerra o mês com uma avalanche de indicadores e eventos com capacidade de alterar o rumo dos negócios, ainda antes da abertura.

Em uma sessão que reserva a publicação da renda individual dos cidadãos, gastos com bens e serviços e o índice de preços PCE, (ambos às 9h30, horário de Brasília), nível de atividade industrial (10h45), volume de pedidos à indústria, confiança do consumidor e discurso do presidente do Banco Central norte-americano (11h00), Ben Bernanke, não pode ser definida como positiva apenas pela análise dos mercados futuros.

Bernanke
De fato os indicadores têm capacidade de impulsionar os mercados, mas também podem piorar o cenário já deteriorado nos mercados internacionais. Vale destacar, porém, que o mercado estará muito atento às palavras de Bernanke nesta manhã.

"Nós achamos que o chairman do Fed irá validar a expectativa do mercado de um corte no juro", afirma o UBS em relatório matinal. A expectativa, entretanto, não é consenso. "Na nossa opinião, Bernanke irá manter o discurso de que atuará caso a crise nos mercados financeiros se alastre significativamente à economia real, o que para já ainda não é inteiramente visível", afirma o banco de investimentos português Millenium.

Da agenda econômica dos EUA, os dados de agosto da confiança do consumidor será provavelmente o mais importante, "já que mede o período das turbulências nos mercados", afirma o banco UBS.

Bush?
Fora da agenda até a manhã desta sexta-feira, o discurso do presidente norte-americano George Bush, começou a fazer parte das manchetes dos principais jornais econômicos dos EUA.

De acordo com fontes que não foram identificadas pela imprensa, Bush poderá anunciar, nesta sexta-feira, medidas de socorro aos tomadores de empréstimos do segmento subprime que estão inadimplentes, evitando que eles percam suas casas. De acordo com o banco Millenium, as palavras de Bush, terão potencial impacto para os mercados.

Bolsas e futuros
Na Europa, as bolsas da região operam em alta nesta sexta-feira. Na Ásia, o índice Nikkei encerrou a sessão com uma expressiva alta de 2,57%. No Brasil, seguindo a tendência dos mercados internacionais, o Ibovespa futuro, negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), aponta para uma abertura em alta.

"O Ibovespa tentou, mas também não conseguiu se alavancar acima de sua resistência em torno dos 53.400 pontos (depois, tem teto próximo aos 55.000 pontos e na casa dos 55.600 pontos)", afirma o analista do BB Investimentos, Hamilton Moreira Alves, em relatórios.

Fonte: InfoMoney

30/08/2007

Financiamento de imóveis: confira impacto das novas regras da CEF no seu bolso

Futuros mutuários da Caixa Econômica Federal terão prazo maior para pagar seus imóveis, com menor taxa de administração, segundo informações anunciadas na terça-feira (28). De acordo com o economista Miguel de Oliveira, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) a medida, apesar de benéfica ao consumidor, vai aumentar o valor do financiamento.

Isso porque, da mesma forma que as mudanças trarão redução das taxas de juros e alongamento dos prazos, o que faz com que as parcelas caibam no bolso do mutuário, é importante destacar que o consumidor terá que arcar com um custo final maior. "Quanto maior o prazo, menor será a prestação mensal, mas igualmente mais caro ficará o imóvel por conta de uma quantidade maior de juros a pagar", disse.

Com a mudança, o prazo máximo de financiamento passa de 20 para 30 anos. Além disso, a taxa de administração passará de R$ 25,00 para R$ 21,43, a partir de 1º de setembro, e o prêmio mensal de seguros já sofreu uma redução média de 35%.

Na ponta do lápis
Para demonstrar o efeito real destas medidas e exemplificar como as mudanças podem interferir no bolso do consumidor, a Anefac fez algumas simulações de financiamentos, as quais consideram prazos de 20 e 30 anos, 70% do valor do imóvel financiado, taxas de juros atuais e novas, pagamento em carnê e em débito e folha de pagamento, além de sistema de amortização SACRE.

Na tabela abaixo, verifica-se que, num imóvel de R$ 130 mil - com R$ 91 mil financiados a uma taxa de juros de 10% ao ano mais TR -, quando o consumidor opta pelo prazo maior, há redução de 11,10% (R$ 126,39) no valor da primeira parcela frente ao mesmo financiamento de 20 anos. O valor final, porém, sobe 19,21%, ou R$ 39.499,43.

Prestação Em 20 anos Em 30 anos Variações
1ª prestação R$ 1.138,44 R$ 1.012,05 -11,10%
Última prestação R$ 487,60 R$ 373,71 -23,36%
Total R$ 205.631,38 R$ 245.130,81 +19,21

Formas de pagamento
De acordo com o economista da Anefac, se o pagamento for feito via débito em conta corrente ou folha de pagamento - crédito consignado -, o consumidor terá uma economia de R$ 15.122,89, ou 6,17% no custo final, frente ao pagamento feito com carnê, quando a taxa de juros é de 10% mais TR. Para débito em conta ou consignado a taxa é de 9% mais TR.

Prestação Em 30 anos/carnê Em 30 anos/débito ou consignado Variações
1ª prestação R$ 1.012,05 R$ 936,12 -7,50%
Última prestação R$ 373,71 R$ 376,65 +0,79%
Total R$ 245.130,81 R$ 230.007,92 -6,17%

O economista disse ainda que deve-se levar em consideração que o mercado está sofrendo reduções freqüentes, devido às constantes quedas da taxa básica de juros (Selic). Por este motivo, ele indica, para quem puder, que espere até o próximo ano para comprar um imóvel.

"Quem adquirir um imóvel agora pagará a mesma taxa até o final do financiamento. Mas quem adquirir no ano que vem, poderá pagar menos", afirmou.

Fonte: InfoMoney

Planejamento financeiro ajuda a aproveitar a vida. Confira os 10 mandamentos!

Planejar. Essa é a palavra chave para qualquer pessoa que deseja ter uma relação saudável com suas finanças.

No entanto, engana-se quem imagina que planejar é nunca gastar e apenas poupar. "Dinheiro é bom e também foi feito para ser gasto e nos ajudar a aproveitar a vida. No entanto, de nada adianta consumir descontroladamente e sentir um grande prazer imediato, se horas depois a pessoa vai se culpar por ter gasto mais do que poderia", explica a diretora-presidente da Gradual Corretora, Fernanda de Lima.

Em palestra realizada na terça-feira (28) para membros do clube de investimentos Gradual Mulher, Fernanda explicou que com um bom planejamento financeiro é possível descobrir quais gastos estão sendo excessivos e quais hábitos de consumo podem ser alterados para que a pessoa consiga ter uma vida financeiramente tranquila. "Muita gente faz planilha de gastos e se acostuma a fechar o mês no vermelho, sem detectar e modificar os vilões do seu orçamento. Um bom planejamento é aquele em que a pessoa consegue, mensalmente, gastar menos do que a renda que ela têm disponível".

Os dez mandamentos
Quem deseja realizar um planejamento eficaz precisa estar atento a situações em que os gastos e a renda não estejam em harmonia, ou seja, situações que levam a gastar mais do que se ganha.

Para tornar o planejamento mais fácil de ser realizado, a palestrante elaborou uma lista intitulada "Os 10 mandamentos do Planejamento Financeiro". Confira as dicas.

  1. Procure entender seu padrão de renda - de acordo com Fernanda, muita gente superestima o valor que ganha, seja considerando o salário bruto - ao invés do líquido -, ou considerando como ganho fixo o valor proveniente de um bônus especial, por exemplo. Para conseguir realizar um planejamento eficaz, é preciso considerar apenas o valor real que será recebido em cada mês, e a partir desse valor estabelecer quais gastos poderão ser realizados;

  2. Analise para onde está indo seu dinheiro - antes de fazer uma compra o ideal é se questionar para ter a certeza de que o seu dinheiro está sendo bem gasto. Perguntar se você quer, precisa e pode ter o objeto a ser consumido é o primeiro passo. Além disso, vale ainda questionar se a compra vai mudar sua vida. Com respostas positivas, você terá a certeza de estar fazendo uma boa compra;

  3. Reflita sobre a qualidade dos seus gastos e reveja hábitos - muitas vezes as pessoas gastam com pequenas coisas e não percebem que, no final de um mês, por exemplo, o valor gasto não é nada pequeno. Se considerarmos o cafezinho após o almoço (cerca de R$ 1,50), no final do mês serão R$ 45 que você nem se deu conta de que gastou. Pode parecer pouco, mas no final do ano a soma será de R$ 540, o suficiente para dar início a um investimento, por exemplo;

  4. Faça seguro - apesar de muitas pessoas considerarem o seguro um gasto desnecessário, ele é a garantia de não ter de desembolsar um grande valor não previsto caso aconteça algo inesperado. "O seguro é a mensalização do inesperado, ou seja, você paga mensalmente para não ser pego desprevenido caso você bata o carro, por exemplo. Se isso acontecer e você não tiver seguro, terá que despender para o conserto um valor para o qual não estava preparado. Com o seguro você estará livre desse problema", garante Fernanda;

  5. Use crédito de forma consciente - é preciso que as pessoas tenham consciência de que o crédito é um produto financeiro e, portanto, tem custos. Isso não significa que ele seja ruim, e sim que ele deve ser utilizado com responsabilidade, ou seja, é preciso evitar fazer um empréstimo para gastar em coisas que não sejam fundamentais. Fernanda dá outra dica: "Em caso de empréstimo no banco, planeje-se para que as parcelas não sejam superiores a 10% da sua renda mensal";

  6. Faça um plano de ação e siga-o à risca - se você está fechando todos os meses no vermelho, pare, reveja seus gastos e mude alguns hábitos. Determine quais gastos devem ser eliminados e quais serão mantidos até que a situação se equilibre e você consiga poupar um pouquinho ao final do mês. Uma vez estabelecidas as alterações, siga-as! Caso seja necessário incluir um novo gasto, por exemplo, não tenha medo de fazê-lo, mas busque alternativas para suprir essa nova despesa do seu orçamento;

  7. Comece a poupar e monte reserva de emergência - o ideal é que todas as pessoas possuam um fundo de reserva, ou seja, tenham guardado seis vezes o valor das despesas correntes mensais. Isso significa que para quem gasta R$ 2 mil/mês, é importante manter uma reserva de emergência no valor de R$ 12 mil. "Seis meses é o tempo médio que um executivo demora para conseguir um novo cargo, caso perca seu trabalho. A reserva serve para que as pessoas tenham um respaldo na hora de enfrentar situações não previstas", alerta a especialista;

  8. Estabeleça sua estratégia de investimentos - na hora de iniciar um investimento o ideal é estabelecer uma meta. É sempre mais fácil guardar dinheiro se você tem um objetivo em mente, como comprar um carro ou fazer uma reserva de emergência, por exemplo. Também é ideal determinar o valor e um período para ele ser alcançado. Só assim você saberá quanto deve guardar por mês e se policiar para atingir sua meta;

  9. Mantenha-se informado e invista continuamente no seu aprimoramento - educação financeira é fundamental para conseguir ter um planejamento eficaz. Saber onde gastar, como poupar e qual a melhor forma de investir são fatores que poderão mudar significativamente sua vida financeira. "Quando a pessoa tem conhecimento, ela consegue bons resultados mesmo sem ter muito dinheiro para investir, por exemplo. Muitas vezes, ela consegue juntar mais dinheiro do que aqueles que guardam maiores valores, mas não sabem como poupar";

  10. Continue poupando e aproveite a vida... - poupar é fundamental. Guardar uma quantia que lhe garanta uma vida e um futuro tranquilo é muito importante. No entanto, não vale a pena só guardar e não aproveitar as coisas boas que o dinheiro pode oferecer. "Dinheiro não traz felicidade, são as coisas que ele proporciona que trazem. Isso inclui estabilidade financeira e tranquilidade. Uma pessoa com um bom planejamento é aquela que sabe gastar em boas coisas, mas também sabe poupar para não precisar se preocupar no futuro", garante Fernanda.
Fonte: InfoMoney

Renda variavel: dicas para planejar o orçamento mesmo sem um salário fixo

Comerciantes, corretores de imóveis e autônomos. O que estas pessoas têm em comum? Muitas vezes não recebem um salário fixo. Um mês vendem mais, no outro recebem uma comissão e, desta maneira, sentem mais dificuldades em planejar o orçamento.

Mas não ter a mesma receita todo o mês não deve ser desculpa para as pessoas não fazerem um planejamento financeiro. Com a expectativa de vida mundial em crescimento, é preciso pensar como irá viver no momento em que não for mais possível contar com a renda que vem do salário.

Primeiro passo
Estes profissionais não devem se iludir com os salários mais altos ganhos. Esta não é a receita mensal e, portanto, os gastos não devem ser baseados nela. Imagine assinar uma televisão à cabo em um mês que ganhou bem. Como ficará no mês seguinte, já que não receberá a mesma quantia?

O primeiro passo, então, para ter um planejamento, é ter uma visão real de quanto recebe por mês, pode ser uma média dos últimos salários, ou se forçar a gastar apenas a menor comissão que ganha. O mais importante aqui é adequar o padrão de vida a esta quantia e não à maior que já obteve. A diferença entre elas pode ser grande, assim como o buraco em seu orçamento.

Não considere como receita um dinheiro que ainda não ganhou. Afinal, uma grande chance de venda não significa contrato assinado. Imagine já tê-la como certa e, de repente, tudo foi desfeito, mas você já comprou o eletroeletrônico que tanto queria. Como irá pagá-lo?

Bônus, prêmios....
Este tipo de "dinheiro extra" que entra no orçamento não deve ser incluso nas receitas, pois pode não acontecer todos os meses. Para quem possui dívidas, essa quantia a mais deve priorizar a quitação dos débitos. Outra opção é consertar o carro ou reparar algo em casa.

E quem está com as contas em dia? O melhor a ser feito, neste caso, é planejar o orçamento futuro. Por que não aplicar esta quantia? De acordo com o perfil de investidor, é claro! Com mais risco ou menos risco, o importante é poupar e investir.

Férias
Para quem trabalha por comissão, as férias podem significar mais preocupações do que tranquilidade se não forem bem planejadas. Neste momento, como não está trabalhando, também não terá salário. Diante disto, como pagará os "luxos" que adquiriu ao longo do ano?

Por isso é preciso ter um plano e calcular como ganhar, nos meses trabalhados, o necessário para cobrir, inclusive, as despesas deste mês sem rendimentos. A reserva de emergência, além de poder ser utilizada para imprevistos, serve para estes momentos em que a renda não é suficiente. É para isto que é importante não perder o controle em meses bons: é o momento ideal para poupar!

Fonte: InfoMoney

O momento é favorável para quem pensa em aplicar em fundos de renda fixa?

Desde o início da crise subprime, os investidores se questionam sobre as tendências futuras do mercado financeiro. Pairam dúvidas acerca da tendência futura das bolsas, do desempenho do real frente às demais moedas, dos patamares das taxas de juros e do desempenho dos títulos públicos.

E em meio à tanta incerteza, quem tem, ou pensa em ter, aplicações em fundos de investimentos se pergunta quais são as melhores alternativas em um ambiente financeiro marcado pela instabilidade. No caso da renda fixa, as opiniões são divergentes.

Para a equipe do HSBC, por exemplo, não existem prêmios na curva de juros pré-fixados e, com isso, os fundos de renda fixa não são uma opção interessante para novos investimentos. Isto porque, nos últimos meses, vem se intensificando a percepção de que o Banco Central deverá adotar uma postura mais cautelosa nas suas próximas reuniões, com a percepção de pausa no processo de queda da Selic.

A hora não é propícia
Além disso, o aumento das incertezas internacionais afeta o mercado de juros, principalmente os papéis com vencimentos mais longos. Assim, na opinião do HSBC, a hora não é propícia para aplicações na renda fixa.

"O mercado de renda fixa, que também foi afetado pelo aumento da aversão ao risco global, sofreu mais do que os outros mercados, pois a expectativa sobre a trajetória de corte de juros vem perdendo força. Mudamos nossa visão em relação a esse mercado e, nesse contexto, não enxergamos espaço para uma melhora que justifique uma recomendação favorável", completa a instituição.

Contudo, para aqueles que já possuem investimentos deste caráter, a recomendação é de manutenção das posições, já que a retirada ou migração dos recursos acarreta em perdas de benefícios tributários.

Mas a taxa de juros ainda é elevada
Já Carlos Henrique Mussolini, analista de investimentos da Itaú Corretora, acredita que, em um cenário de taxas de juros altas, como é o caso do Brasil, os fundos de renda fixa são bastante atrativos.

Mesmo com a trajetória de cortes na Selic, a taxa de juro real do país ainda é uma das mais altas do mundo, o que proporciona rentabilidade atraente para este tipo de aplicação.

Fonte: InfoMoney

Análise técnica indica que os próximos dias serão decisivos para o Ibovespa

O Ibovespa bem que tentou, mas ainda não foi desta vez que conseguiu passar pela forte resistência dos 53 mil pontos e emendar um movimento ascendente mais consistente. Assim, o índice segue em um patamar importante e seu comportamento nos próximos dias pode sinalizar a direção que o mercado assumirá em um prazo mais longo.

"O movimento anual deve definir a situação de mercado para um prazo maior", avalia Leandro Ruschel, da Leandro.Stormer, para quem uma queda de alguns dias, não muito intensa, seguida de alguma recuperação e rompimento dos 53 mil pontos indicaria a formação de um pivot de alta no gráfico diário e a retomada da alta em um prazo mais longo.

Por outro lado, uma aceleração da queda em busca do fundo dos 47 mil pontos indicaria a manutenção de um cenário baixista, com objetivos no patamar acima citado e, depois disso, na zona dos 42 mil pontos no caso de uma correção mais aguda, ponderou.

Moderação
Dentro deste contexto, Ruschel pensa em compras apenas no caso de a resistência dos 53 mil pontos ser rompida - e com volume. Entretanto, mesmo neste caso, Ruchel não vê grande probabilidade de o Ibovespa romper o patamar dos 58 mil pontos nas próximas semanas.

Por sua vez, Fernando Góes, analista gráfico da Win, home broker da Alpes Corretora, avalia que, muito embora no momento atual seja difícil formar apostas fortes sobre a direção do mercado, enquanto o Ibovespa estiver acima do patamar dos 51 mil pontos e o Dow Jones da zona entre 12.850 e 13.000 pontos, há uma inclinação maior para um movimento de alta.

No caso de o Ibovespa firmar uma recuperação, na opinião de Góes, seu primeiro passo deve ser passar pela resistência dos 53.300 pontos. Se conseguir, o alvo para o índice fica próximo do patamar dos 55.600 pontos, quando o perigo se afastaria. Em todo caso, se perder o suporte, o índice deve voltar a flertar com os 47 mil pontos.

Na opinião de Márcio Noronha, da Ágora Corretora, se o Ibovespa seguir caindo, tem primeiro objetivo na zona dos 44.937 pontos e um suporte mais importante no patamar dos 41.000 pontos. Por sua vez, Theodoro Fleury ressalta que, se houver algum fechamento abaixo dos 51 mil pontos nos próximos dias, o cenário pode se deteriorar levando o índice de volta aos 45 mil pontos.

Resistência forte
Todavia, Fleury pondera que o mercado está tentando melhorar e tem se mostrado mais forte do que os índices americanos. Apesar disso, enquanto o Ibovespa estiver oscilando na faixa entre os 51.000 e os 55.600 pontos, volatilidade e indefinição devem continuar ditando as regras.

Por outro lado, se o índice passar do patamar dos 55.600 pontos, a possibilidade de retomada da tendência de alta é grande, abrindo espaço para o mercado experimentar novas máximas.

Mas, Fleury pede atenção: a resistência dos 55.600 pontos é muito forte e, dificilmente, o Ibovespa passará por ela sem maiores dificuldades. Em todo caso, apenas a tentativa pode ser interpretada como um bom sinal, mesmo que em um primeiro momento a resistência seja respeitada.

Fonte: InfoMoney

Ações: investidor de longo prazo não sentirá impacto da crise, dizem analistas

As notícias estampadas nos jornais, sem dúvida, afastam os investidores que planejavam alocar parte dos seus recursos em renda variável, deixando o investimento para ser realizado em outro momento.

De fato, a crise iniciada pelos problemas com o crédito imobiliário de alto risco, o subprime, prejudicou as bolsas ao redor do mundo. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), chegou a ao patamar dos 48 mil pontos, 10 mil pontos distante do recorde de 58 mil pontos atingido em julho.

Crises anteriores
Em relatório recente, o banco UBS comparou a crise do subprime com as ocorridas em 1987 e em 1998. Três meses depois do colapso de 1987, o índice Dow Jones, o mais acompanhado pelo mercado financeiro, avançou 12% e, em 1998, o índice subiu 16,6%.

"Colocando em perspectiva, apesar desses eventos parecerem dramáticos, os investidores de longo prazo com um horizonte de investimentos de vários anos praticamente não sentirão o impacto, em nossa opinião", afirmou o UBS em relatório.

Para momentos incertos como este, o banco UBS dá uma importante dica. A norma dos 3 Ds: diversificar, diversificar e diversificar. "Em épocas de crise no mercado acionário, os títulos de boa qualidade tendem a ter um melhor desempenho, estabilizando assim o valor total da carteira", sugerem os analistas.

Recompensa
Em relatório publicado na última sexta-feira (24), o Citigroup reiterou sua perspectiva de que a correção no mercado acionário latino-americano chegou ao fim, muito embora seja esperada mais volatilidade no curto prazo.

Além disso, mesmo em um horizonte não muito distante, o Citi reafirmou a sua agressiva projeção de 70 mil pontos para o Ibovespa ao final da metade de 2008. Ou seja, menos de um ano no horizonte.

Segundo a LCA Consultores, a economia mundial deve superar as turbulências e seguir com viés positivo para os próximos anos. "(...) reafirmamos perspectiva de que, conquanto sujeito a períodos mais freqüentes de estresse, o ambiente internacional continuará a evoluir de maneira relativamente benigna ao longo dos próximos anos".

Momento de compra
Se o panorama para os próximos anos segue positivo, o momento atual de estresse dos mercados pode ser um momento interessante para a entrada no mercado de ações, já que muitas ações foram penalizadas durante a crise e, agora, estão mais baratas.

Para Délio Orlando, diretor da Adviser Asset Management, pensando em um horizonte de três a cinco anos, as perspectivas ainda são positivas. "Se a intenção é de fazer uma poupança, o investimento também é uma boa", avalia.

Segundo o especialista, uma boa estratégia seria alocar um terço do patrimônio total em investimentos na Bolsa.

Fonte: InfoMoney

Com foco em valuation, Credit Suisse lista seis ações brasileiras entre top picks

O Credit Suisse divulgou sua lista de ações consideradas como top picks para a América Latina sob o critério de valuations mais atrativos. Para determinar este portfólio, o banco suíço focou sua análise nos fundamentos das empresas e em baixos múltiplos.

Tendo em vista o momento vivido pelo mercado acionário brasileiro, que após um período de bruscas quedas demonstra sinais de recuperação, destinar os investimentos a papéis de empresas que apresentam fundamentos mais sólidos pode ser uma boa pedida, considerando-se uma perspectiva de ganhos de prazo mais dilatado.

Dos onze papéis listados para a América Latina, o destaque ficou com as companhias brasileiras, que responderam por seis indicações. Vale ressaltar que, no caso de Vale do Rio Doce, Petrobras, Unibanco e Brasil Telecom, foram listados os ADRs.

Top picks valuation:

Empresa Código
Vale do Rio Doce* VALE5
Brasil Telecom Part.* BRTP4
Itaúsa ITSA4
Unibanco* UBBR11
Usiminas USIM5
Petrobras* PETR4
*Para estas empresas, foram relacionados os ADRs

Fonte: InfoMoney

Cautela: noticiário subprime prejudica cenário e dia promete ser volátil

Depois de um dia de forte recuperação para os mercados, esta quinta-feira promete mais emoções para os investidores. Além da agenda carregada com um importante indicador, a segunda revisão do PIB norte-americano, o noticiário subprime reaparece nesta manhã e derruba os mercados futuros norte-americanos.

Na última sessão, uma carta do presidente do Fed, Ben Bernanke, direcionada a um senador norte-americano, datada de 27 de agosto, onde afirma que a autoridade monetária está preparada para agir conforme o necessário se os mercados prejudicarem a economia, ajudaram a impulsionar os mercados.

Vale destacar, porém, que a intenção de agir, caso necessário, já havia sido demonstrada pela autoridade monetária em comunicado divulgado anteriormente à publicação desta carta.

Além disso, o Banco BNP Paribas, reabriu os dois fundos que havia suspendido os resgates no mês passado. As perdas reportadas pelos administradores ficaram aquém do que era esperado pelo mercado, fato também recebido como positivo.

Quinta-feira complicada
Nesta manhã, às 9h30, o governo norte-americano publica a segunda prévia do PIB do país no segundo trimestre. A prévia anterior mostrou um crescimento anualizado de 3,4% da economia norte-americana em relação ao trimestre anterior. Para esta medição, as projeções giram em torno de 4,1%. Vale lembrar que o período em questão não contempla os tempos de crise.

Ademais, o noticiário corporativo subprime reaparece com força nesta manhã. "Os futuros americanos seguem negativos após a divulgação da Lehman Brothers de que seus ganhos serão comprometidos devido à crise no mercado de crédito, levando outros bancos a registrarem perdas", avalia a corretora Arkhe que acredita que o dia promete ser volátil.

"O Ibovespa tem teto inicial em torno de 53.400 pontos e, em seguida, próximo aos 55.000 pontos e na casa dis 55.600 pontos. Caso os indicadores econômicos não atrapalhem, a tendência que se sobressai neste final de mês é de recuperação", afirma o analista do BB Investimentos, Hamilton Moreira Alves.

Bolsas no mundo
Os principais mercados acionários europeus operam sem tendência definida nesta quinta-feira depois do anúncio de que o Lehman Brothers poderia anunciar perdas devido aos problemas com a crise do crédito. Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,88%.

Fonte: InfoMoney

Abertura: PIB dos EUA vem forte, mas Ibovespa recua com noticiário subprime

Com os investidores avaliando a nova rodada de notícias sobre a crise do subprime e os números da 2º prévia do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano do segundo trimestre, o Ibovespa abriu em queda de 0,58%, cotado a 52.428 pontos.

A economia norte-americana cresceu 4% no segundo trimestre de 2007, informou nesta quinta-feira (30) o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. O número é referente à segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o período. O número ficou um pouco abaixo do esperado pelo mercado, que já apostava na aceleração e previa um crescimento de 4,1%.

Por outro lado, o banco Lehman Brothers afirmou que os seus ganhos serão comprometidos devido à crise no mercado de crédito, conduzindo perdas em ações de outros bancos. Ainda nesta manhã a Freddie Mac, um das maiores empresas de financiamento de hipotecas residenciais nos EUA, reportou perdas de 45% no seu resultado trimestral.

Perspectivas
Com as novas notícias sobre os problemas com a crise do subprime nesta manhã o dia tende a ser volátil, depois de uma expressiva recuperação dos mercados na última sessão.

"Como o resultado do PIB já estava precificado pelo mercado, não houve muita alteração do humor dos investidores em relação aos dados divulgados, que se mantêm focados nas notícias divulgadas por empresas e fundos ligados ao setor de empréstimos subprime", avalia a corretora Arkhe em relatório.

"Na Bovespa o quadro melhorou um pouco, mas terá que ultrapassar a faixa de 53400 pontos para ganhar consistência. Por enquanto estamos congestionando na faixa", afirma o diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira.

Ações em destaque
Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque para Eletrobras ON (ELET3, R$ 25,00, -2,26%), Souza Cruz ON (CRUZ3, R$ 41,56, -1,93%), Braskem PNA (BRKM5, R$ 17,60, -1,56%), Brasil Telecom PN (BRTO4, R$ 16,45, -1,49%) e Embraer ON (EMBR3, R$ 21,36, -1,33%).

O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão de quarta-feira em alta de 2,11%, atingindo 52.735 pontos e registrando uma alta acumulada no ano de 18,58%. O volume financeiro foi de R$ 3,77 bilhões.

Fonte: InfoMoney

29/08/2007

Fundos que geraram crise nas Bolsas perderam menos de 2%

Um dos maiores bancos da Europa, o francês BNP Paribas anunciou hoje que dois fundos de investimento que haviam sido congelados por conta dos problemas de crédito imobiliário nos Estados Unidos perderam menos de 2% do valor. Após a notícia, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acelerou o ritmo de alta (veja gráfico com atualização constante).

O banco havia sido um dos principais responsáveis pelo aumento da turbulência nos mercados de ações do mundo inteiro. No início de agosto, o BNP Paribas impediu seus clientes de sacarem de três de seus fundos. A partir do dia 9, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 13,1% até o dia 16.

Dois desses fundos foram reabertos ontem. Hoje, o banco anunciou que as perdas foram de 0,97% em um deles e 1,78% em outro. O terceiro tem abertura prevista para amanhã à tarde (de manhã, no Brasil).

Bolsa acelera alta
O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, já operava em alta desde a abertura dos negócios desta quarta-feira e passou a subir mais acentuadamente durante a tarde. Às 16h30, meia hora antes do fechamento dos negócios, o índice subia 2,12%, atingindo 52.741 pontos e recuperando-se parcialmente do tombo de quase 3% levado ontem.

As Bolsas de Nova York também operam em nível positivo nesta quarta, com a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) reduza sua taxa básica de juros. "Hoje a pressão está mais baixa", disse Marc Pado, estrategista para o mercado norte-americano da Cantor Fitzgerald, em San Francisco.

Na Europa, a alta foi reforçada durante a amnhã por mais um socorro do Banco Central da região, que injetou 50 bilhões de euros no sistema financeiro.

Crédito imobiliário
Os investidores avaliam uma pesquisa divulgada hoje que constata uma redução de 4% no volume de pedidos de hipotecas na semana passada.

Ainda, um veículo de investimento gerenciado pelo "hedge fund" britânico Cheyne Capital Management afirmou que está tentando se reestruturar depois de ser forçado a vender ativos para pagar dívida.

O veículo Cheyne Finance, que analistas dizem que soma cerca de 6,6 bilhões de dólares, é o mais recente da série de fundos a fracassar devido a estratégia de tomar emprestado dinheiro de curto prazo para investir em títulos de prazo mais longo.

Queda na Ásia
Na Ásia, as Bolsas tiveram hoje a maior queda em um dia desde 16 de agosto, auge da turbulência. Os investidores repercutiam a pesquisa, divulgada ontem, de que o preço das casas nos Estados Unidos teve uma queda recorde no segundo trimestre, em relação a um ano antes.

Também afetava os mercados asiáticos o estudo que a confiança do consumidor norte-americano caiu para o ponto mais baixo em quase dois anos. Uma decisão do Merrill Lynch de reduzir a nota de alguns grandes bancos dos EUA também afastou investidores do mercado de ações.

O governo chinês cogita tomar novas medidas para conter a inflação. Isso pode provocar uma redução do crescimento econômico do país, reduzindo as exportações de outros países - como o Brasil - para o mercado chinês.

Fonte: UOL Economia

Publicação da minha carteira de ações!

Decidi publicar periodicamente a minha carteira de ações aqui no blog, assim, periodicamente irei atualizar uma tabela aqui no blog que conterá quais papéis compõem minha carteira no momento, e qual a porcentagem de cada papel na carteira.

Não incluirei valores e nem a quantidade das ações. Por enquanto também, não incluirei informações sobre cada trade de curto prazo que for executado, estou pensando em trazer esse tipo de informação mais para frente, mas ainda não sei quando, pois estou pensando de que forma irei fazer isso.

Em breve, também colocarei aqui um indicador de rentabilidade da minha carteira, para efeitos comparativos com fundos de investimentos e com o índice bovespa. Para chegar no indicador de rentabilidade, eu cotizei minha carteira de investimentos igual um fundo de investimentos, então a rentabilidade se da baseada no valor da cota, não sendo influenciada por aplicações e resgates, ficando um valor que expressa a rentabilidade real, e falando nisso, ainda essa semana, irei colocar aqui como fazer para cotizar a carteira de aplicações e tratá-la como fundo, facilitando o benchmark com outros índices.

Lembrando que o intuito de colocar minha carteira de ações é meramente informativo, para ajudar a fazer comparações, e para mostrar minha posição no mercado de ações no momento, e NÃO deve ser visto como recomendação de compra dessas ações, até porque cada pessoa possui uma estratégia, um objetivo e tolerância a risco diferentes, o que funciona para mim pode não funcionar para outros.

Duvidas, críticas e sugestões são sempre bem vindas.

28/08/2007

Bolsa interrompe recuperação e opera em baixa; dólar sobe

As preocupações com o crédito imobiliário nos Estados Unidos voltam a prevalecer e fazem a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operar em baixa na manhã desta terça-feira (veha gráfico com atualização permanente).

Às 10h05, o Ibovespa, principal índice de ações do país, caía 1,2%, a 52.443 pontos. O dólar, quase no mesmo horário, subia 0,92%, vendido a R$ 1,969.

A baixa da Bolsa nesta terça interrompe uma sequência de sete altas, que recuperava parte das perdas na recente onda de turbulências.

Na Ásia, o temor sobre desaquecimento da economia fez as Bolsas encerrarem a terça-feira em queda, apesar de algumas empresas terem anunciado um balanço trimestral melhor que o esperado.

Investidor aguarda Fed
A divulgação da ata do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), que costuma ser um dos acontecimentos que mais influenciam as Bolsas do mundo, desta vez perde um pouco do valor, uma vez que foi elaborado antes do agravamento da crise envolvendo o crédito de segunda linha norte-americano.

Mesmo assim, investidores aguardam a ata para ver se existe alguma pista sobre a perspectiva para a taxa básica de juros dos Estados Unidos.

Imóveis preocupam
Ontem, duas notícias relacionadas ao setor imobiliário norte-americano surpreenderam negativamente os investidores. Uma pesquisa mostrou que o número de moradias não-vendidas atingiu em julho o maior nível em mais de 15 anos.

Além disso, a Countrywide Financial, maior empresa americana da área de hipotecas, anunciou que reduziu sua previsão de lucro para o terceiro e quarto trimestres de 2008.

A turbulência dos mercados mundiais provocou na Bolsa brasileira, até agora, uma seqüência de altas e uma de quedas. Entre os dias 9 e 16 de agosto, o Ibovespa recuou 13,1%; entre o dia 17 e ontem, houve uma alta de 10,5%.

Fonte: UOL Economia

Temor sobre crescimento dos EUA pressiona mercados asiáticos

As Bolsas de Valores da Ásia fecharam em queda nesta terça-feira, influenciadas por novas preocupações com o cenário econômico norte-americano, que levaram os investidores a reduzir a exposição em ativos mais arriscados. A movimentação impulsionou o iene e títulos governamentais considerados mais seguros.

Na Ásia, ações de companhias exportadoras e empresas com grande exposição aos Estados Unidos ajudaram a puxar a baixa dos mercados, minimizando grandes lucros e elevadas estimativas de faturamento de algumas empresas.

"Continuam os temores de que você nunca sabe onde os problemas da crise do mercado de crédito imobiliário de risco vão surgir", disse Yosuke Shimizu, diretor de informação de investimento da Monex.

O índice MSCI que mede os principais mercados da região Ásia/Pacífico, exceto Japão, exibia queda de 0,1%, a 466 pontos. O indicador, que registrou na semana passada o maior ganho semanal, acumula alta de 16% desde que despencou para o menor nível em cinco meses, em 17 de agosto. Apesar disso, ele está 8% abaixo do pico recorde atingido em 24 de julho.

Os mercados nos EUA fecharam em baixa na segunda-feira, depois que dados fracos de moradias atingiram ações de bancos, corretoras e financeiras. Papéis de conglomerados industriais que dependem de crescimento econômico também sofreram.

A preocupação sobre o impacto da redução do crescimento pesou sobre as ações asiáticas. A Bolsa de Tóquio caiu 0,09%, a 16.287 pontos, com investidores vendendo ações da Toyota Motor e outras empresas exportadoras diante de um iene mais forte.

O mercado em Seul, porém, foi na contramão da região e avançou 1,5%, para 1.829 pontos, impulsionado por alta em ações de fabricantes de navios que foram puxadas por uma série de novos pedidos.
Em Hong Kong, o mercado recuou 0,91%, a 23.363 pontos, apesar do lucro maior que o esperado da China Life Insurance, maior seguradora de vida do país.

A Bolsa de Sydney fechou em queda 0,14%, a 6.176 pontos. Enquanto isso, Cingapura caiu 1,34% e Taiwan teve ligeira alta de 0,11%.

Fonte: UOL Economia

27/08/2007

Crise freia onda de abertura de capital

Os recentes tremores no mercado financeiro trouxeram uma nova preocupação para as empresas e os bancos de investimentos brasileiros. Muitos deles foram pegos no contrapé, quando se preparavam para abrir capital e vender suas ações na Bolsa de Valores. Pelas contas de Alfried Plöger, da Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), o número de estréias na Bovespa (IPOs, sigla em inglês para oferta inicial de ações) não vai mais chegar a 70, como se previa. Do início do ano até agora, foram feitas 49 ofertas.

“Mesmo que se queira, dificilmente se conseguirá vender tantos papéis”, diz Plöger. Em outras palavras: “O gato subiu no telhado, nenhum banco aconselharia uma empresa a vender ações agora”, diz o advogado Luiz Octavio Lopes, do escritório Mattos Filho. Para ele, a festa de dinheiro farto, que incentivou todo tipo de empresa a vender ações, perdeu o gás. “Está claro que é um novo mercado, os investidores provavelmente estarão mais seletivos e mais duros.”

Ninguém sabe ao certo o quanto mudou o humor do mercado, mas, por via das dúvidas, as empresas estão pensando em planos alternativos.

É o caso da rede de supermercados G. Barbosa, do Nordeste. Seu dono, o fundo de investimentos americano Acon, estudava duas alternativas para vender a empresa: uma oferta de ações na bolsa ou uma negociação com alguma grande rede. Agora, a segunda opção ficou mais próxima. O medo dos donos do G. Barbosa é não conseguir vender a empresa na Bovespa pelo que eles acham que ela vale – entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões.

A empresa de shopping centers Aliansce estava fazendo seu “road show” – apresentação a investidores – no dia em que as bolsas desabaram. A Aliansce cancelou os compromissos e pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para interromper o processo. O pedido de abertura de capital foi suspenso por 60 dias. É tempo suficiente para avaliar se o mercado vai se recuperar ou não.

No segundo semestre do ano passado, a companhia de telefonia GVT, que tem sede em Curitiba, adiou a estréia na Bovespa – deixou que a solicitação fosse indeferida. O mercado não vivia uma crise, como agora, mas na época a direção da empresa alegou que o mercado não apresentava um bom momento para abertura de capital. Um novo pedido foi protocolado em dezembro e empresa fez sua estréia na bolsa em fevereiro.

Adiar ou cancelar um processo de abertura de capital, no entanto, tem seus custos – e eles podem ser ainda mais altos que se imagina. Antes da crise, havia dinheiro fácil para as empresas se prepararem. Num ambiente feroz de competição, os bancos de investimentos vinham emprestando muito dinheiro para engordar as empresas e deixá-las mais atraentes na hora de vender ações.

Esse tipo de operação é conhecida, em geral, como ponte para o IPO. Enquanto o mercado ia bem, o pagamento da dívida e das comissões dos bancos estava garantido porque era descontado do dinheiro levantado na venda de ações. O risco dessa operação é que a ponte não leve a lugar nenhum, uma vez que não haja ambiente para abrir capital. Nesse caso, as empresas podem ter dificuldade para pagar os empréstimos e os bancos ficarem com um mico em suas carteiras.

Fonte: Gazeta do Povo Online

Crise esfria e Bolsa sobe 9% na semana

Os principais ativos brasileiros tiveram a melhor semana desde que a atual turbulência nos mercados começou, há um mês. Entre segunda-feira e ontem, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) disparou 9,14%, maior alta semanal desde outubro de 2002. O dólar caiu 4,1% e o risco Brasil recuou 4,3%, para 199 pontos.

Se a melhora é evidente, o mesmo não se pode dizer sobre o fim da crise. "É óbvio que ninguém se arriscará a dizer que acabou, mas tivemos sinais encorajadores", afirmou Luciano Sobral, economista do Banco Santander. "As bolsas subiram, os juros caíram e a aversão ao risco diminuiu."

Os analistas atribuem o desempenho positivo a três fatores. O primeiro é a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de reduzir, na sexta passada, a taxa de juros dos empréstimos aos bancos, modalidade conhecida como redesconto. O segundo fator foi a injeção de US$ 2 bilhões que o Bank of America fez na Countrywide, maior empresa de crédito imobiliário dos EUA.

Por fim, como definiu Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, "não houve notícias ruins". "As operações nos sistemas financeiros dos EUA, da Europa e do Japão voltaram ao normal", exemplificou.

Ontem, especificamente, dois indicadores da economia americana animaram os investidores. As vendas de bens duráveis cresceram 5,9% em julho, ante uma previsão de alta de 1%. As vendas de imóveis novos avançaram 2,8% no mesmo mês, enquanto os analistas esperavam um recuo de 1,4%.

Apesar da melhora, os ativos brasileiros estão longe dos níveis que exibiam em 25 de julho, data que antecedeu o início do vaivém. Naquele dia, o Ibovespa fechou em 56.001 pontos, ante 52.997 pontos ontem. O dólar estava em R$ 1,867 (encerrou esta semana em R$ 1,942) e o risco Brasil estava em 183 pontos.

Nos EUA, a semana também terminou no azul, mas com menos exuberância. O Índice Dow Jones subiu 2,29% entre segunda-feira e ontem. A bolsa eletrônica Nasdaq avançou 2,86%. A principal razão para a diferença na comparação com o Brasil é que os mercados americanos sofreram menos que os brasileiros no pior momento da crise.

Rosa e Sobral acreditam que duas questões vão nortear os próximos passos nos mercados. A primeira é a saúde da economia dos EUA, que poderá ser avaliada com base nos indicadores do país. "O objetivo é saber se a turbulência abalou a atividade", disse Sobral. A segunda diz respeito à eventual divulgação de informações negativas relacionadas ao setor financeiro, em decorrência da crise imobiliária dos EUA.

Fonte: Estadão.com.br

Bolsas asiáticas verificam ganhos no fechamento; Hong Kong avança quase 3%

O bom desempenho dos indicadores acionários dos Estados Unidos na última sexta-feira, quando o Dow Jones e o Nasdaq subiram mais de 1%, e o movimento de algumas ações de montadoras e de empresas de telecomunicações contribuíram para o desenvolvimento positivo dos mercados asiáticos nesta sessão.

Em Tóquio, o Nikkei 225 apresentou elevação de 0,32%, somando 16301,39 pontos. O Kospi, de Seul, aumentou 0,65%, atingindo 1803,03 pontos. O Shanghai Composite Index, de Xangai, subiu 0,83%, ficando em 5150,11 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 2,86%, encerrando aos 23577,73 pontos, ante as expectativas de fortes fluxos de investidores chineses depois de o governo permitir que eles invistam no exterior.

Fonte: UOL Economia

Mercado respira aliviado, mas surpresas ainda estão no ar

O mercado reagiu aqui e lá fora nos últimos dias. A tranquilidade foi restaurada, mas não alegrou ninguém porque há uma suspeita no ar.

A turbulência externa pode ser revigorada em data certa e voltar a assombrar bancos centrais, instituições financeiras e investidores.

Entre 11 de setembro e 9 de outubro serão divulgados balanços de cinco conglomerados internacionais que toparam de frente com a crise instaurada, há um mês, no mercado imobiliário nos Estados Unidos.

Nesse período, Goldman Sachs, Bear Stearns, Morgan Stanley, Lehman Brothers e Citibank apresentam resultados contábeis que devem confirmar perdas impostas pelo crédito hipotecário.

Autoridades monetárias brasileiras e gestores de grandes fundos de investimentos miram o calendário e esperam tempo quente, embora prevaleça o consenso de que o Brasil vem resistindo bem ao aumento da volatilidade dos ativos financeiros.

Ainda assim, a tensão cresce porque o mercado doméstico identifica mudança de tendência de indicadores relevantes: a inflação sobe e a liquidez, que ainda é ampla, diminui.

As pressões "transitórias" que estão puxando os índices de inflação estão durando demais.

O salto do IPCA-15 de julho para agosto, como mostrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira, confirmou que a inflação brasileira, que estava abaixo do peso, resiste à dieta e avança para o centro da meta de 4,5%.

INFLAÇÃO NO GATILHO

A sondagem semanal de indicadores feita pelo Banco Central com cem instituições financeiras, divulgada no relatório Focus, deve corrigir projeções de inflação, inclusive corrente, já nesta segunda-feira.

E o mercado financeiro, mesmo aguardando as revisões, poderá elevar as taxas de juros no mercado futuro, até porque aumentam as dúvidas sobre a inflação local e internacional em 2008 e 2009.

Sozinha, a turbulência externa, que respingou no Brasil mas sem fazer estrago, alçou a curva de juros em um ponto percentual nas últimas semanas.

O mercado encerrou a semana passada convencido de que o prognóstico de avanço de 0,25% para o IPCA de agosto, mantido no Focus da segunda-feira passada, foi derrubado pelo índice antecedente --o IPCA-15 que subiu 0,42%.

Uma primeira atualização de expectativa foi feita pelo Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Andima que elevou de 0,27 para 0,47% a variação do IPCA de agosto.

A confirmação da estimativa da Andima provocará um ajuste expressivo na inflação oficial acumulada em 12 meses, que passará de 3,74% no cálculo até julho para 4,18% --variação mais elevada desde maio de 2006.

OFERTA DE MOEDA DIMINUI

A sobra de reais nas reservas bancárias, frente ao estoque de títulos federais a ser financiado pelas instituições, ainda é gigantesca, mas está cedendo.

Em julho, as aplicações feitas pelos bancos diretamente em títulos federais da carteira do BC atingiram inéditos R$ 200 bilhões.

A sexta-feira foi encerrada com essas aplicações rondando R$ 180 bilhões, e na manhã de segunda-feira, terão caído a cerca de R$ 152 bilhões.

Essa redução acontece porque o BC devolverá aos bancos R$ 28 bilhões ao recomprar títulos vendidos temporariamente ao mercado.

A queda na oferta de moeda indica que duas fontes de expansão de reais --resgate de títulos públicos e compra de dólares pelo BC no mercado interno-- estão encolhendo.

Neste mês, o Tesouro resgatou R$ 3,7 bilhões em títulos e vendeu R$ 9,5 bilhões até quinta-feira.

DÓLAR SOBE E BC VIRA "VILÃO"

Também neste mês, a compra de divisa pelo BC caiu ao menor nível do ano, inclusive, porque a autoridade monetária está fora dos negócios há nove dias consecutivos --período em que os investidores internacionais se retraíram em função da crise externa.

Em agosto, até o dia 17 --mostram os dados de emissão monetária-- o BC comprou cerca de US$ 2,9 bilhões ou, em média, US$ 229 milhões ao dia. Até então, a menor média diária, de US$ 230 milhões, havia sido registada em janeiro.

A valorização do dólar --em alta que chegou a superar 8% no mês há poucos dias-- ativou outro mecanismo que reduz a liquidez: os ajustes dos contratos de swap cambial reverso.

Esses contratos, lançados pelo BC na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), tem o efeito de compra de dólar futuro.

Os preços sofrem ajustes diários. Quando a variação do dólar supera a taxa de juro, o mercado transfere dinheiro para o BC. Quando o juro supera a correção cambial, o mercado recebe dinheiro do BC.

De janeiro a julho, o juro superou a correção cambial e o BC injetou R$ 5,9 bilhões no mercado. Em 13 dias de negócios em agosto, o mercado entregou R$ 4,2 bilhões ao BC. E a saída de reais do mercado para o BC deve continuar pelo menos até o fim do mês.

Esta perspectiva só será alterada caso o dólar desabe frente ao real. Entretanto, desde o início do mês, até a sexta-feira, o dólar subiu em torno de 5%, enquanto o juro do mês inteiro ronda os 0,99%.

Fonte: UOL Economia

Discurso de Bernanke coroa semana de agenda cheia

A semana conta com uma série de eventos importantes de atividade e inflação nos Estados Unidos, além de discursos dos chefes dos bancos centrais norte-americano e da zona do euro, que investidores esperam que dêem sinais sobre o rumo da política monetária de seus países.

Depois de muita volatilidade nas últimas semanas em cima das incertezas sobre a extensão dos problemas gerados pela crise do setor imobiliário norte-americano, o mercado vai atualizar suas projeções econômicas e ficará especialmente atento a qualquer número que ajude a quantificar o impacto da crise.

A agenda desta segunda-feira inclui vendas de moradias usadas nos Estados Unidos e discurso do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet.

Na terça-feira o destaque fica por conta da ata da última reunião do Federal Reserve e dos dados de confiança do consumidor norte-americano. O encontro do Fomc aconteceu em 7 de agosto, quando a turbulência já tinha começado, mas ainda não tinha atingido seu auge.

A recente turbulência fez investidores apostarem em um corte do juro norte-americano na reunião de setembro ou antes e a expectativa é que a ata ajude a balizar esta aposta.

Na quarta-feira, a agenda externa faz uma pausa e os principais eventos são IGP-M e o resultado consolidado das contas públicas no Brasil.

Quinta e sexta são os dias mais agitados: têm PIB dos EUA, reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN), relatório do PCE --uma das medidas de inflação preferidas do Fed--, encomendas da indústria norte-americana e discurso de Ben Bernanke.

O chairman do banco central norte-americano participa no fim da manhã de sexta-feira de um simpósio sobre "Moradia e Política Monetária" e sessão de perguntas e respostas está prevista.

Segundo analistas, ele deve mencionar a extensão dos problemas de crédito imobiliário de risco para o mercado financeiro e provavelmente dará uma idéia sobre se isso está mudando a perspectiva do Fed em relação à economia.

"Ele (Bernanke) tentará evitar cortar o juro. Ele é movido por dados", disse Doug Roberts, estrategista-chefe de investimentos da Channes Capital Research, em New Jersey.

"Haverá muita volatilidade essa semana."

Vários analistas, executivos e estudiosos têm alertado no último mês que os Estados Unidos crescerão menos que o esperado por causa da crise.

No Brasil, a possibilidade também foi aventada, embora o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central garantam que o país crescerá como previsto. A mais recente previsão do BC estima avanço de 4,7% da economia brasileira em 2007.

Veja como encerraram os principais mercados na sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a R$ 1,94, em baixa de 2,26%. O volume no segmento interbancário foi de US$ 1,968 bilhão.

BOLSA

O Ibovespa subiu 2,22%, a 52.997 pontos. No acumulado da semana, a alta superou 9%. O volume financeiro na bolsa foi de R$ 4,3 bilhões.

ADRs BRASILEIROS

O índice de principais ADRs brasileiros fechou em alta de 3,77%, aos 28.088 pontos.

JUROS

A maioria dos contratos de depósito interfinanceiro (DI) caiu na Bolsa de Mercadorias & Futuros. O DI janeiro de 2009 recuou a 11,63%, enquanto o DI janeiro de 2010 ficou em 11,85%.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subiu para 131,688% do valor de face no final da tarde, oferecendo rendimento de 5,947% ao ano.

RISCO-PAÍS

No final da tarde, o risco Brasil recuou 7 pontos, para 200 pontos-básicos. O EMBI+ estava em 228 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subiu 1,08%, para 13.378 pontos. O Nasdaq avançou 1,38%, a 2.576 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,5%, para 1.479 pontos.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subiu e o rendimento caiu a 4,62% no final da tarde, frente aos 4,66% de quinta-feira.

Fonte: UOL Economia

24/08/2007

Turbulência: entenda por que você pode perder também em aplicações de renda fixa

Quem investe na renda fixa, ao contrário de quem aplica na renda variável, não perde dinheiro quando grandes flutuações de mercado, como as registradas recentemente, acontecem. Esta afirmação - que é repetida constantemente por muita gente - não poderia estar mais longe da verdade.

Dependendo de como a aplicação em renda fixa é realizada, levando em consideração principalmente o tipo de título adquirido, o prazo do investimento e a necessidade ou não de sacar o dinheiro antes do vencimento do título, podem ocorrer perdas significativas também para quem investe em renda fixa. Os dados do Tesouro Direto mostram isso de forma clara.

Perdas podem ser significativas

Quem comprou, por exemplo, uma NTN-B (título público indexado ao IPCA) com vencimento em agosto de 2024 acumula uma perda de cerca de 17,20% nos últimos 30 dias, considerando dados de 22 de agosto. Isso ocorre, em primeiro lugar, porque este é um título de prazo bastante longo, o que acaba exacerbando qualquer alteração nas taxas de juros.

O principal motivo, porém, é que a taxa de juro que este título paga (ou seja, o quanto acima da variação do IPCA ele dá como remuneração) é definida quando da emissão do título. Em momentos de stress de mercado como o verificado recentemente, uma das primeiras reações do mercado é pressionar as taxas de juros para cima. Como juros e preços andam sempre em sentido inverso, uma forte flutuação na taxa acaba refletindo no preço do título e, conseqüentemente, na sua rentabilidade.

Conheça como funciona a relação entre juro e preço

Para entender melhor esta relação, vamos usar um exemplo mais simples, tomando como referência títulos pré-fixados, como as LTN (Letras do Tesouro Nacional). Vamos imaginar um título de um ano que não paga juros durante este período, com a rentabilidade sendo dada pela diferença entre o preço de compra e de venda do papel.

Por exemplo, se você compra o título com um preço de R$ 0,9091 e, no momento do vencimento recebe R$ 1,00 por ele, você obteve uma rentabilidade de 10% no período. Caso fosse um papel de dois anos, o preço seria R$ 0,8333, considerando novamente rentabilidade de 10% e vencimento a R$ 1,00.

Alteração nos juros afeta o preço

Embora esta taxa de 10% seja pré-fixada para quem mantiver o título até o vencimento, este não é o caso para quem vender antes disso. Vamos imaginar um cenário em que você comprou um título de dois anos e a situação melhorou após um ano. Isso levou a taxa para um novo título de 8% ao ano, por exemplo. Como o seu título também tem um ano para vencer, caso você decida vender, acabará se beneficiando deste melhor cenário.

O preço de um título de 1 ano, com vencimento a R$ 1,00 e taxa de 8%, será R$ 0,9259. Portanto, se você vender seu título, a sua rentabilidade será de 11,12% (R$ 0,9259 dividido por R$ 0,8333) e não mais 10%, como esperado caso você mantivesse o papel por dois anos.

O inverso, porém, pode ocorrer. Caso a taxa tenha subido para 12% após um ano, o preço do título cai para R$ 0,8929 e, no evento de você necessitar vender após um ano, a rentabilidade cai para 7,15%. Ou seja, um aumento nas taxas de juros pode reduzir sua rentabilidade, pois implica em uma queda de preço do título.

Impacto maior em títulos de prazo mais longo

De forma geral, quanto mais longo for o prazo do título (sempre lembrando que estamos falando de papéis pré-fixados), maior será o impacto de uma alteração nas taxas de juros sobre a rentabilidade.Vamos supor agora que você tenha comprado um título com prazo de 10 anos e juro de 10%. O preço que você pagaria pelo título seria de R$ 0,3769.

Imagine agora que você precise vender o título após um ano, porém em um cenário no qual os juros subiram para 12% ao ano. Mesmo tendo ficado um ano com o papel, o preço que você obteria seria de R$ 0,3503 (que corresponde a um título de 9 anos com juros de 12%), ou seja, uma rentabilidade negativa para você, já que esta cotação se encontra 7,06% abaixo do preço pago pelo título.

Este exemplo evidencia como uma relativamente pequena alteração nas taxas de juros pode gerar um impacto significativo sobre o preço de título de renda fixa, dependendo do tipo de papel (pré-fixado, no caso) e prazo (quanto mais longo, maior o impacto). Ou seja, quem compra títulos mais curtos corre menos risco de perder, mas também limita os ganhos, enquanto quem investe em papéis longos pode ter perdas (quando os juros sobem) ou ganhos (quando os juros caem) maiores.

Cuidado aos comprar, olho também nos fundos

Ao comprar títulos públicos, portanto, você deve estar ciente dos riscos que corre. Para os mais conservadores, títulos como a LFT que é pós-fixada e corrigida para a Selic são recomendados, já que a possibilidade de perdas é muito menor do que em papéis pré-fixados.

Caso você decida por papéis com juros pré-fixados, analise também o prazo, pois, como vimos anteriormente, ele pode ter um impacto significativo sobre a rentabilidade de sua aplicação no caso de você necessitar resgatar.

Por fim, da mesma forma que isso afeta compras diretas de títulos de renda fixa, o mesmo se aplica a fundos de investimento.

Na hora de aplicar em um fundo que invista em renda fixa, analise a carteira de títulos e cheque quais são os mecanismos de proteção. Isso reduz o risco de surpresas desagradáveis, como as registradas nos últimos dias para muitos investidores, que ficaram surpresos em ver rentabilidade negativa em suas aplicações de renda fixa.

Fonte: UOL Economia

Crise nas bolsas: perda média dos fundos de ações é de 11,50% em 30 dias

Apesar da ameaça de melhora de cenário nos últimos dias, nesta quinta-feira (23) novos desdobramentos da crise subprime trouxeram tensão adicional às principais bolsas internacionais.

Também penalizados com os efeitos negativos da crise subprime, até o dia 17 de agosto os fundos de ações acumulavam desvalorização média de 11,50% em 30 dias (excluindo os dados de fundos fechados e fundos PIBB).

No período em questão, o patrimônio líquido (PL) destes fundos teve perdas de R$ 9,609 bilhões, montante que representa 11,87% do PL destes fundos ao final de julho (R$ 65,107 bilhões).

Perda média de 11,50%

A tabela abaixo relata a rentabilidade das classes de fundos de ações listadas pela Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) no acumulado de 30 dias encerrados em 17 de agosto. Os dados desconsideram os fundos fechados de ações e os fundos PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa).

Tipo de Fundo Rentabilidade 30 dias*
Ações Ibovespa Indexado -15,61%
Ações Ibovespa Ativo -15,57%
Ações Ibovespa Ativo com alavancagem -15,82%
Ações IbX Indexado -15,08%
Ações IbX Ativo -15,26%
Ações IBX Ativo com alavancagem -11,77%
Ações setoriais telecomunicações -15,61%
Ações setorias energia -11,63%
Ações outros -14,19%
Ações outros com alavancagem -6,49%
Total** -11,50%


*Rentabilidade acumulada no período de 30 dias encerrado em 17 de agosto

**Rentabilidade média dos fundos de ações, proporcional a patrimônio líquido de cada classe (excluindo fundos fechados e fundos PIBB)

A rentabilidade média foi calculada de acordo com o peso do patrimônio líquido de cada classe de fundos na composição do PL total dos fundos de ações. Os dados desconsideram os fundos fechados de ações e os fundos PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa).

Nesta mesma base comparativa, a desvalorização acumulada pelo Ibovespa - principal índice da Bovespa - era de 15,63%. Além de a perda média dos fundos de ações ser inferior à apresentada pelo benchmark, individualmente apenas os fundos "ações Ibovespa ativo com alavancagem" tiveram desempenho inferior ao do Ibovespa.

Fonte: UOL Economia