Por Filipe Pacheco
CAMPOS DO JORDÃO - Representantes da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa) devem assinar na tarde de hoje um memorando de entendimentos com a bolsa de Shenzen, no sul da China.
O ato significa uma aproximação entre as duas praças financeiras, o que deve facilitar a investidores e emissores localizados em um desses mercados o acesso aos produtos oferecidos no outro.
Este é o primeiro passo dado para o estabelecimento de facilidades de acesso entre ambos os mercados, e a bolsa brasileira deve anunciar conjuntamente com representantes chineses detalhes do acordo ao longo do dia, durante o 5º Congresso Internacional de Mercado de Capitais, realizado até amanhã em Campos do Jordão.
Em fevereiro deste ano, a BM&FBovespa fez anúncio parecido, só que a assinatura foi feita com a Bolsa de Xangai, a mais líquida e importante da China.
Apesar da aproximação entre as duas praças financeiras, o mercado de renda variável chinês é extremamente fechado e de difícil acesso a investidores externos. Por lá, o governo local determina cotas de investimento que podem ser feitas por não residentes e analisa previamente cada movimentação em bolsa vinda de fora do país.
Shenzen é a segunda maior bolsa da China em valor de mercado, com 1.289 companhias listadas até o fim de maio - sendo a maioria delas pequenas e médias empresas. Em Xangai, eram 912 as companhias listadas na mesma época, mas em nenhum dos dois centros fnanceiros havia companhias estrangeiras listadas.
(Filipe Pacheco* | Valor)
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