08/02/2011

Investir em IPOs: Ainda vale a pena?

O ano de 2011 começou com uma promessa: este seria o ano da volta em peso das IPOs (Oferta Pública Inicial de ações) por parte de companhias nacionais. Desde o ano de 2008 não se viam tantas empresas solicitarem à CVM a permissão para colocar seus papéis na bolsa. O ano de 2010, de estagnação para o mercado nacional e receios internacionais, afugentou as empresas que cancelaram ou postergaram suas IPOs. Neste ano são estimados em torno de 20 lançamentos, tanto de empresas estreantes na bolsa como de empresas já públicas. O problema é que o mercado nacional está passando temporariamente por um momento de queda. E as empresas abrindo as negociações nesse ambiente estão levando alguns investidores a prejuízo. A administradora de shopping centers, Sonae Sierra, apresentou queda de 1,55% no primeiro dia de negociações. A Autometal, fornecedora do setor automotivo, teve queda de 5,35%. A nova emissão da Brasil Brokers, já presente na bolsa brasileira, viu seus papéis caírem 2,2%. A oferta inicial da Arezzo, primeira do ano, destoou talvez pela novidade: fechou em alta de mais de 11%. A situação já tem prejudicado até os papéis que ainda nem foram negociados na bolsa. As ações da IPO da Queiroz Galvão foram precificadas em R$ 19,00, bem abaixo da estimativa inicial mínima de R$ 23,00. Isso não quer dizer que os papéis da construtora não fechem seu primeiro dia em alta. Entretanto pode fazer com que muitas empresas que estavam pensando em abrir o capital este ano na bolsa desistam por mais uma vez.

Fonte: Advfn
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Comentário: me lembro em 2007 que muitos diziam e consideravam um IPO como certeza de ganhos rápidos, era uma febre, bastava aparecer uma empresa abrindo capital que todo mundo ia correndo fazer reserva para entrar no IPO sem dar a menor importância para o prospecto. E o que acontecia era que a imensa maioria das empresas que abriam capital tinham valorização no primeiro dia, e muitas vezes, expressivas valorizações. Eu mesmo participei de alguns, e felizmente consegui bons resultados em todos, e em alguns deles resultados excepcionais, como caso da Bovespa e da Redecard, o cenário estava muito positivo e ajudava. Mas, quando a crise chegou, os IPO's diminuiram a praticamente zero, e a "certeza de rentabilidade garantida" foi embora. Os IPO's estão retornando, em um momento diferente da economia e da bolsa, e agora estão tendo comportamento mais natural. Esse ano vimos que houveram mais aberturas no vermelho, do que no verde, levando os flippers à prejuízos, com exceção da Arezzo, que teve uma excelente valorização. Pelo jeito a febre do IPO passou, e as pessoas devem olhar um IPO como um investimento de grande risco, que pode trazer excelente retorno no curto prazo, como um grande prejuízo, portanto, muito cuidado ao analisar se vale a pena ou não entrar em algum.

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