31/08/2011

Rapidinhas: Bovespa, PDG, MRV, Brookfield, Cyrela, Rossi, COPOM, Estados Unidos, FOMC

Em mais um dia positivo para o mercado acionário nacional, as ações de construtoras voltaram a ser destaque de alta na BM&F Bovespa...
As ações da PDG Realty (PDGR3), MRV Engenharia (MRVE3), Brookfield (BISA3), Cyrela (CYRE3) e Rossi Residencial (RSID3) ficaram entre as dez maiores valorizações do índice...
Os investidores ficaram animados com anúncio do aumento da meta de superávit primário do governo para este ano, pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo Mantega, com mais economia do governo, a taxa de juros pode subir menos...
A presidente Dilma Rousseff também deu a entender ontem que o aumento da meta do superávit primário teria a intenção de visualizar um redução na taxa de juros em um futuro próximo...
Hoje sai a decisão do COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, sobre a taxa básica de juros da economia brasileira e os investidores poderiam ter se antecipado a uma redução nos juros avaliam os analistas...
A confiança do consumidor norte-americano caiu ao menor nível em dois anos segundo dados publicados pela agência Conference Board ontem. No mês de agosto o índice de confiança do consumidor atingiu 44,5 pontos, abaixo da expectativa dos analistas...
A medição coincide com a queda generalizada nas bolsas de valores mundiais, o desgaste político da elevação do teto da dívida dos EUA e o rebaixamento do rating do país. Segundo os economistas é possível que o indicador volte a mostrar melhora nos próximos meses, caso os mercados acionários voltem a registrar ganhos...
A queda no preço de imóveis residenciais dos EUA reduziu a velocidade em junho, mostraram os dados mais recentes apresentados hoje pela Standard & Poor's. O índice S&P Case-Shiller de junho caiu 4,5% na comparação anual, abaixo do mensurado no mês anterior e melhor do que esperavam os analistas...
No entanto, não é possível esperar uma recuperação total do mercado imobiliário norte-americano a curto prazo acreditam os economistas. O banco central norte-americano acredita que apenas com a total recuperação do mercado de trabalho, o setor imobiliário volte a mostrar a força do passado...
A minuta da última reunião do FOMC, comitê de política monetária do banco central dos EUA (Federal Reserve), revelada ontem à tarde, mostrou certo desconforto entre alguns membros em relação a novos programas de compras de títulos do tesouro norte-americano...
No entanto, o Federal Reserve segue confiante de que a economia dos EUA não entrará em recessão...

Dia de bonança: Bolsas abrem em alta em todo o mundo

Os principais índices acionários europeus e futuros dos índices dos mercados acionários norte-americanos abrem nesta manhã em alta, com os investidores avaliando as novas notícias vindas da Europa. A Alemanha, um dos países da Zona do Euro mais resistentes à flexibilização de políticas monetárias no bloco, decidiu votar a favor da expansão do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, com a intenção de capitalizar instituições financeiras e atuar nos mercados de títulos soberanos dos países da região. Angela Merkel, chanceler da Alemanha, pediu cooperação política no país para aprovação das novas medidas no parlamento alemão. O Fundo Europeu de Estabilização Financeira foi criado pelos países da Zona do Euro em maio do ano passado, com o intuito de amenizar os impactos da crise de crédito do bloco.

Fonte: Advfn

Agenda do investidor para esta quarta-feira

No Brasil terminam as reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que definem o rumo da taxa básica de juros da economia. Teremos a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), relatório produzido desde a década de 70, com indicadores de curto prazo relativos ao comportamento da indústria extrativa e de transformação. Nos Estados Unidos a ADP divulga o nível de emprego privado (excluindo os rurais). Será divulgado o Índice dos Gestores de Compras de Chicago (Purchase Managers Index) que mede o nível de atividade industrial nos Estados Unidos. O Departamento do Comércio publica as Encomendas às Fábricas de bens duráveis e não duráveis. O Departamento de Energia publica os estoques semanais de petróleo.

Fonte: Advfn

Destaques Matinais - 31/08/2011

Destaques

Mercados continuam animados com as crescentes apostas em um novo pacote de estímulos à economia norte-americana, aguardando também os dados da agenda dos EUA.

Ásia

Mercados asiáticos com mais um fechamento no terreno positivo, sendo este o quinto dia de alta. O composto asiático encerrou a sessão em alta de 1,3%, recuperando parte das perdas do mês de agosto, que mesmo assim fechou em queda de 8,7%, com receios de nova recessão nos EUA e agravamento da crise de déficit europeia. No Japão, o índice Nikkei avançou 0,1% após oscilar entre ganhos e perdas mais de 10 vezes durante a sessão, reflexo da divulgação da produção industrial de julho, pior do que o esperado pelo mercado. Mercados na Indonésia, Malásia e Índia estavam fechados por conta de feriado local.

Europa

Mercados continuam otimistas com o recente discurso do Bernanke, e com a ata da ultima reunião do FOMC divulgada ontem (30), onde foi relatado que membros apoiaram uma medida mais agressiva para estimular a economia e a criação de empregos. Investidores estão recomprando as suas posições vendidas com lucro, e alguns apostam que o FED irá anunciar novos estímulos à economia na próxima reunião, marcada para terminar no dia 21 de setembro. Assim, o composto europeu avançava 1,5% e os futuros do S&P subiam 0,8% seguindo a mesma linha. A agenda norte-americana não dá trégua desde ontem até sexta-feira (02/09), quando conheceremos os dados do payroll de agosto. Hoje (31) serão divulgados os dados sobre atividade e emprego nos EUA, porém mesmo com a possibilidade destes dados serem negativos, como foi ontem o caso da confiança do consumidor, os investidores aumentam apostam em um pacote de estímulos que poderá ser divulgado pelo FED, dando assim suporte aos mercados.

Manchetes dos Principais Jornais

O Estado de São Paulo – GOVERNO PAGA POR PROJETO FANTASMA PARA A COPA

Folha de São Paulo – GOVERNO REDUZIRÁ TRIBUTO PARA ELEVAR PRODUÇÃO DE ÁLCOOL

Valor Econômico – DILMA DEFINE NOVAS PRIORIDADES

The New York Times – TRÍPOLI DIVIDIDA, COM REBELDES EM DISPUTA PARA PREENCHER VÁCUO DE PODER

The Wall Street Journal – EUA INVESTIGAM NEGÓCIOS DA ORACLE NO EXTERIOR

Fonte: Um Investimentos

Direto ao ponto: Copom define Selic e Ibovespa tenta reverter tendência baixista

SÃO PAULO - O Ibovespa acumula três pregões seguidos de ganhos após ter fechado a última terça-feira (30) em alta de 0,96%, aos 55.385 pontos. A variação positiva de 4,54% acumulada desde a última sexta-feira, entretanto, estaria sustentada por eventos pontuais; na sexta-feira, pelo discurso de Ben Bernanke; no pregão seguinte foi ajudado pela fusão de dois grandes bancos gregos; na véspera, a expectativa de corte da Selic fez o índice descolar das bolsas externas, que registraram avanços mais moderados.

No último pregão do mês de agosto, o analista João Pedro Brugger chama a atenção para um novo teste de resistência do benchmark da bolsa brasileira nos 55 mil pontos. "O índice teste a resistência para definir a chance de reversão de uma tendência de baixa presente nos últimos três meses", afirma.

Agenda
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncia sua decisão sobre a taxa básica de juros brasileira após o fechamento do pregão. O consenso de mercado aponta para a manutenção da Selic em 12,50% ao ano, embora cresçam as especulações de que possa ser feito um corte do juro já nesta reunião, em especial após as últimas declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidente Dilma Rousseff, sobre a necessidade de manter o ritmo de crescimento econômico doméstico com a ajuda de uma taxa de juro mais baixa.

Além da reunião do Banco Central, a agenda local traz a sondagem da indústria e a produção industrial. No front internacional, os dados de emprego dominam o dia, com a taxa de desemprego na Zona do Euro e o ADP Employment, que numera as vagas criadas no setor privado norte-americano. Brugger afirma que, caso a Selic seja mantida, as novidades chegam na próxima semana, com a ata da reunião.

Fonte: InfoMoney

Fomc revela descrença em quadro recessivo e preços do petróleo avançam

SÃO PAULO - Os principais contratos futuros de petróleo voltaram a fechar em alta nessa terça-feira (30), refletindo a crença do Fomc (Federal Open Market Committee) de que não haverá uma recessão nos Estados Unidos. Um possível corte no rating chinês, nas projeções de crescimento para Zona do Euro e indicadores norte-americanos também chamaram a atenção.

A cotação do barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 114,02 nesse pregão, alta de 1,91% em relação ao último fechamento. Já nos EUA, o contrato com vencimento em outubro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 88,90 por barril, configurando um avanço de 1,87% frente ao fechamento anterior.

Fomc e agenda norte-americana
A ata da última reunião do Fomc foi a principal referência diária. A minuta da reunião revelou que os membros da autoridade monetária norte-americana não chegaram a uma decisão acerca de uma possível próxima medida de flexibilização, mas reassegurou que a maior economia mundial não entrará em recessão, o que reassegura os investidores de que a demanda por petróleo continuara, no mínimo, próxima da estabilidade.

Na agenda norte-americana, o Consumer Confidence indicou uma confiança dos consumidores abaixo do esperado pelos analistas em agosto, enquanto o S&P/Case-Shiller Home Price, que aponta a trajetória dos preços das casas no país por meio de uma média móvel trimestral, caiu menos do que o esperado em junho, na base de comparação anual.

Agências de rating
Dois anúncios por agências de classificação de risco também chamaram a atenção dos investidores nessa sessão. A Fitch afirmou que pode rebaixar mais uma vez a nota de crédito da China em moeda local, atualmente em "AA-" por causa da inadimplência e da inflação no país.

Já a Standard & Poor's cortou suas previsões de crescimento para a Zona do Euro para 2011 e para o próximo ano. Contudo, entanto, a agência acredita que a região ainda pode evitar um doble dip (um novo mergulho recessivo). Isso prejudica a perspectiva de demanda do petróleo.

Fonte: InfoMoney

Ibovespa fecha com alta de 0,96% em seu 3º pregão consecutivo no azul

SÃO PAULO - A despeito da volatilidade registrada nas bolsas internacionais nesta terça-feira (30), o Ibovespa operou no vermelho apenas no começo do dia, mas reverteu seu sinal no começo da manhã e manteve-se no campo positivo até o final do pregão. Assim, o índice chegou ao seu terceiro pregão consecutivo de alta nesta terça-feira, fechando aos 55.385 pontos - variação positiva de 0,96%. O giro financeiro foi de R$ 5,227 bilhões.

O benchmark atuou descolado da oscilação vista em Wall Street, com os principais índices locais alternando entre perdas e ganhos até a divulgação da ata do Fomc (Federal Open Market Committee). Após o documento ser revelado - por volta das 15h00 (horário de Brasília) -, as bolsas norte-americanas consolidaram-se no campo positivo, digerindo a falta de novidades negativas e a opinião do Federal Reserve de que a economia dos EUA não entrará em recessão.

Destaques do pregão
No campo positivo, destaque para as ações da B2W (BTOW3, +4,79%, R$ 15,74) que após terem registrado a segunda maior alta do Ibovespa na véspera, liderou os ganhos do índice nesta sessão.

Já na ponta negativa, destaque para os papéis da Cosan (CSAN3) que encerraram o pregão segurando a lanterna do benchmark da bolsa brasileira com queda de 1,73%, cotados a R$ 23,25.

Agenda
No Brasil, esta terça-feira marcou o primeiro dia de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), enquanto a FGV (Fundação Getulio Vargas) reportou que o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) variou 0,44% na medição de agosto. Em julho, o indicador havia registrado taxa de -0,12%, já em 12 meses, o indicador variou 8,00% e a taxa acumulada no ano é de 3,48%.

Na agenda dos EUA, os preços dos imóveis norte-americanos, mensurados pelo S&P/Case-Shiller Index caíram 4,5% em junho, na base de comparação anual, vindo abaixo das projeções do mercado. Já a confiança do consumidor mostrou recuo no mês de agosto, ao registrar 44,5 pontos, frente as projeções de 52 pontos.

Bolsas Internacionais
Nos EUA, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 0,55% e atingiu 2.576 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 0,23% a 1.213 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 0,18% a 11.560 pontos.

Já na Europa, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres registrou alta de 2,70% e atingiu 5.269 pontos; no mesmo sentido, o índice CAC 40 da bolsa de Paris valorizou-se 0,18% a 3.160 pontos. Por outro lado, o DAX 30 da bolsa de Frankfurt fechou em leve baixa de 0,46%, atingindo 5.644 pontos.

Dólar
O dólar comercial chegou ao seu terceiro fechamento negativo, fechando cotado a R$ 1,588 na venda, variação negativa de 0,31%. O dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,5904 na venda, queda de 0,44%.

Durante a manhã, o BaCen realizou um leilão de contratos de swap cambial reverso, vendendo US$ 646,2 milhões desse tipo de contrato. Essa venda equivale a apenas 13 mil dos 37,4 mil contratos postos a disposição do mercado. Já por volta das 16h (horário de Brasília), a autoridade monetária realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista, com taxa de corte de R$ 1,5856.

Renda Fixa
No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, taxas dos principais contratos de juros fecharam com rumos opostos nesta terça-feira na BM&F, porém, próximos da estabilidade. O contrato de juros de maior liquidez nesta terça-feira, com vencimento em outubro de 2011, registrou uma taxa de 12,27%, estável em relação ao fechamento de segunda-feira.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com alta de 0,02% em relação ao fechamento anterior, a 137,31% do valor de face.

Já o indicador de risco-País fechou em alta de 5 pontos-base, aos 205 pontos.

Confira a agenda da próxima sessão
No Brasil, O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Industrial Mensal de julho, enquanto o Copom define o rumo da taxa básica de juro doméstica em seu segundo dia de reunião.

Nos EUA, serão publicados o ADP Employment referente a agosto e o Chicago PMI do mesmo mês. Ainda por lá, também será reportado o Factory Orders de julho.

Fonte: InfoMoney

CVM: falhas em ordens e cobranças indevidas são mais reclamadas por investidores

SÃO PAULO – Problemas como falhas na execução de ordens e cobranças indevidas são os mais reclamados pelos investidores na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), revelaram dados divulgados nesta terça-feira (30).

No primeiro semestre deste ano, o assunto "negociações com valores mobiliários", que trata desses problemas, foi o mais abordado, com 35,64% do total de processos de reclamações e denúncias na CVM. De acordo com a CVM, nesse grupo, cerca de 66% das manifestações se referiam a problemas ocorridos na negociação de ativos, em especial, ordens não cumpridas ou alegadamente realizadas sem a solicitação do cliente.

Ainda dentro do assunto mais reclamado, 18% dos casos foram relativos a problemas administrativos (demora no atendimento e cobranças indevidas), 13% relataram operações que teriam sido realizadas sem a observância de regras de mercado e 3% apontaram problemas na subscrição em ofertas públicas.

O ranking
Em segundo lugar nas reclamações estão os fundos de investimento, que ficaram com 16,44% do total, devido ao relato de problemas que diziam respeito à rentabilidade auferida e a dificuldades de localização de saldos de investimento.

De acordo com a CVM, 47% das reclamações em relação aos fundos trataram de localização de aplicações do Fundo 157*, enquanto o percentual restante decorreu, principalmente, de problemas no resgate de aplicações.

Posição acionária foi o terceiro assunto mais reclamado, com 8,91% do total. Empatadas em quarto lugar, com 4,36% das reclamações, ficaram os questionamentos sobre prestadores de serviço, medidas adotadas por controlador e/ou administrador da companhia e demora na transferência de ações.

Fonte: InfoMoney

Preços de imóveis em SP mostram sinais de acomodação

SÃO PAULO - Dados do mercado imobiliário divulgados nesta terça-feira (30) mostraram que os preços dos imóveis residenciais novos na capital paulista chegaram perto do pico e tendem a avançar mais lentamente daqui para frente.

Depois de subir 27,7% no ano passado, os preços diminuíram o ritmo e avançaram 8,6% no primeiro semestre de 2011, conforme levantamento divulgado pelo Secovi-SP, o sindicato da habitação paulista.

A expectativa da entidade é que a curva de preços acompanhe mais de perto a trajetória do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que apontou alta de 5,6% nos seis primeiros meses do ano, ou do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cujo avanço no período foi de 3,9%.

Diretores do Secovi afirmaram hoje que os preços já bateram ou estão perto de atingir o teto em algumas regiões, de forma que o mercado começa a se acomodar.

Um dos indicadores que mostram moderação no apetite do consumidor é a desaceleração na velocidade de venda dos empreendimentos. No primeiro semestre, as construtoras venderam 13,2% do estoque de imóveis ofertados, abaixo tanto dos 21,6% do mesmo período de 2010 quanto da média dos últimos cinco anos, de 16,6%.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o setor não deverá assistir tão cedo à repetição da forte valorização de preços vista entre 2009 e 2010. "Acredito que a curva será menos acelerada", disse.

Assim, as construtoras terão pela frente um cenário mais desafiador, no qual seus custos poderão avançar mais rapidamente do que os preços dos imóveis cobrados aos clientes. Para Petrucci, uma consequência disso é a maior concentração de lançamentos em regiões onde as margens de rentabilidade são maiores.

O executivo descartou a formação de uma bolha imobiliária, argumentando que o encarecimento dos imóveis nos últimos anos está relacionado à melhora de fundamentos econômicos, como o fortalecimento da renda.

"Houve uma recuperação de preço (dos imóveis) porque o país ficou mais rico", comentou Petrucci, acrescentando, que o preço dos imóveis no Brasil segue entre os mais baixos do mundo.

Reagindo a medidas do governo para frear o crédito ao consumo e, com isso, controlar a inflação, as vendas de imóveis na cidade de São Paulo caíram 31,3% no primeiro semestre, chegando a 11,68 mil unidades residenciais. Somente em junho, foram vendidas 2,72 mil unidades abaixo das 3,36 mil imóveis registrados no mesmo período do ano passado.

(Eduardo Laguna | Valor)

Fonte: Uol

Dilma defende queda de juros para melhorar economia

Brasília – A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (30) a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, e afirmou que o país está criando condições para que isso ocorra. Dilma disse ainda que a redução é necessária para o crescimento do Brasil que pratica uma das mais altas taxas de juros.

Dilma fez referência ao aumento de R$ 10 bilhões na meta de economia do governo, anunciado ontem (29). "Esses R$ 10 bilhões preferimos utilizar para abrir um novo caminho, além do caminho de aumentar o investimento, é um caminho que achamos que é muito importante: queremos que a partir deste momento comecemos a ter no horizonte a possibilidade de redução de juros no Brasil", disse em entrevista a rádios de Pernambuco.

Dilma também afirmou que é necessário reduzir impostos para assegurar o crescimento brasileiro no momento em que países são afetados pela crise econômica internacional. A queda dos juros, segundo ela, também é um elemento importante.

"A melhor resposta à crise é o crescimento do país, mas também precisamos melhorar as condições nas quais nós crescemos. Se tem uma coisa que o Brasil quer é que haja diminuição de impostos. Não posso dizer quando vamos ter isso, mas abrimos o caminho para ter isso e queremos ter juros que sejam cadentes, que comecem a cair", disse.

A presidente voltou a dizer que o mercado interno brasileiro é um fator importante para enfrentar a crise e que o Brasil está preparado para ultrapassá-la.

Fonte: Uol

Copom decide sobre juros na próxima quarta; saiba o que fazer com os investimentos

SÃO PAULO – O mês de agosto, que começou conturbado com o rebaixamento dos títulos da dívida pública norte-americana, traz no seu último dia (31, próxima quarta-feira) a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre a Selic (taxa básica de juro).

A maioria dos analistas espera que o BC mantenha a taxa nos atuais 12,5% ao ano e muitos acreditam em uma redução a partir das próximas reuniões, principalmente se a crise internacional se agravar e provocar uma desaceleração no consumo entre os brasileiros.

De acordo com profissionais do mercado, os investimentos em renda fixa também podem ser afetados pelos desdobramentos da crise internacional, à medida que uma recessão diminuiria a pressão inflacionária e a necessidade de novos aumentos dos juros por parte do Banco Central.

"Ao analisar o cenário externo, o Banco Central já observa que teremos uma 'diminuição' do crescimento, o que já não justifica taxas tão altas para conter inflação", afirma o especialista de renda fixa da XP Investimentos, Bruno Carvalho.

Ele afirma que, até alguns meses atrás, os ativos indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancários) se mostravam bastante interessantes com as expectativas de aumento da taxa de juros. "Agora não estão mais tão atrativos, se levarmos em consideração a sinalização do Banco Central para manutenção e possível redução para o próximo ano", diz Carvalho.

Com isso, o especialista da XP recomenda, para o médio prazo, o posicionamento em títulos com taxas prefixadas, com o intuito de aproveitar a taxa de juros que ainda está em um patamar elevado. "Existem títulos pagando prêmio de aproximadamente 12,26% para outubro de 2012", afirma Carvalho.

O diretor do Easynvest, Amerson Magalhães, concorda que, para o investidor que aposta na queda de juros, esta é a melhor opção de investimento no momento. "É sempre complicado acertar as tendências, mas para quem vai investir agora, os prefixados podem ser uma opção interessante", afirma. "Mesmo assim, defendo a diversificação dos títulos para que você consiga ter mais chances de obter uma boa rentabilidade", completa o executivo.

Títulos atrelados à inflação
Ainda segundo Carvalho, da XP, outra aplicação que se justifica no longo prazo é a de títulos indexados à inflação (NTN-B por exemplo), uma vez que o mercado já vê uma aceleração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para os próximos meses. "Além disso, atrelado a esse tipo de indexador, você garante o ganho real, independente do que acontecer com a economia", diz o especialista. "Em momentos de incertezas, esta é uma boa alternativa para o longo prazo", completa.

O gerente de investimentos da consultoria Lecca, Georges Catalão, também aponta que, no cenário atual, os títulos pós-fixados atrelados à inflação podem ser uma alternativa interessante.

"Se você olhar a curva de juros futuros, pode ver que o mercado está precificando uma queda nos juros, mas acho essa uma opinião um pouco precipitada", afirma Catalão. "A inflação ainda pressiona muito e, se os juros recuarem, pode haver uma pressão ainda maior dos preços", acredita o profissional.

Bolsa de valores
O gerente da Lecca ressalta que o mercado de renda variável ainda continua cercado de muitas incertezas e volatilidade, por conta dos problemas com as economias europeias e dos Estados Unidos.

Para ele, ao mesmo tempo que o investidor pode aproveitar o momento para analisar empresas que estejam com as ações "baratas" e adquirir papéis por preços menores do que eles realmente valem, é importante ficar atento, já que é difícil prever onde está o "fundo" da bolsa. "Em momentos de crise, as pessoas acabam colocando os fundamentos de lado e agem no desespero", afirma o especialista.

Entretanto, ele lembra que quem pensa no longo prazo deve analisar os fundamentos das empresas e aproveitar as oportunidades. "Com certeza tem espaço para ganhos na bolsa", conclui.

Fonte: Uol

Bank of America enfrenta processo de US$ 1,75 bi por crise das hipotecas

Nova York, 30 ago (EFE).- Um grupo de investidores apresentou um processo contra o Bank of America no qual exige US$ 1,75 bilhão pelas perdas ocasionadas pela comercialização de hipotecas lixo, informou o "The Wall Street Journal" nesta terça-feira.

Em sua edição digital, o diário assinalou que o processo, apresentado pelo Bank Corp na Suprema Corte de Nova York, acusa o Bank of America de não defender os interesses de seus investidores pela comercialização de bônus respaldados por hipotecas que não ofereciam a segurança prometida.

Os investidores asseguram no processo que terão de enfrentar "danos irreparáveis" se o Bank of America não comprar novamente esses empréstimos, em operações realizadas após a aquisição da Countrywide Financial, em 2008.

Desta forma, o Bank of America soma um novo processo pelos problemas derivados dos empréstimos lixo que herdou em 2008 após o colapso do Lehman Brothers, após sua polêmica compra da companhia hipotecária Countrywide Financial por US$ 2,5 bilhões.

O banco enfrenta outro processo apresentado pela seguradora American International Group (AIG) em 8 de agosto no qual são exigidos outros US$ 10 bilhões pelos danos causados pela comercialização de bônus respaldados por hipotecas lixo.

O Bank of America fechou em junho um acordo com investidores para pagar US$ 8,5 bilhões com o objetivo de pôr fim ao litígio pela comercialização desses bônus, pacto que precisa ser aprovado por um juiz e que já foi rejeitado pelo procurador-geral de Nova York.

No entanto, o maior banco dos EUA por ativos recebeu na semana passada uma boa notícia, após a confirmação de que o lendário investidor Warren Buffett acudiu a seu resgate com uma injeção de US$ 5 bilhões.

A decisão do terceiro homem mais rico do planeta, segundo a revista "Forbes", representa um importante voto de confiança para um dos maiores bancos de Wall Street, que perdeu quase 40% de seu valor na bolsa de valores desde janeiro.

As ações do Bank of America fecharam nesta terça-feira na Bolsa de Valores de Nova York com queda de 3,22%, e cada título valia US$ 8,12. Nos últimos 12 meses, as ações tiveram queda de 34,09%.

Fonte: Uol

Lula diz que "convencerá" empresas brasileiras do potencial da Costa Rica

San José, 30 ago (EFE).- O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta terça-feira à Costa Rica para uma curta visita na qual se reuniu com a presidente Laura Chinchilla para tratar de assuntos relacionados com o comércio e o investimento.

Em breves declarações à imprensa após o encontro com Laura Chinchilla, Lula manifestou que "há espaço e mercado no Brasil para um país como a Costa Rica" e que pretende "convencer os empresários brasileiros a conhecerem o potencial" do país centro-americano.

Para alcançar seu objetivo, disse, é preciso uma maior cooperação das autoridades de ambos os países e "mais dinamismo entre os ministros de Governo", apontou.

Lula se encontra em San José convidado pela construtora brasileira OAS, que pretende disputar uma licitação avaliada em US$ 52,5 milhões para construir uma estrada na região norte do país.

O ex-mandatário brasileiro explicou que a crise econômica iniciada em 2008 "exige que os países façam uma reflexão" e, no caso da América Latina, "o problema é que nunca elevamos o nosso potencial ao máximo".

Lula ditará nesta quarta-feira uma conferência sobre "Integração e desenvolvimento econômico e social dos países latino-americanos", em uma atividade de caráter privado.

Depois da reunião com o ex-presidente do Brasil, Laura Chinchilla ofereceu um jantar privado em sua homenagem. Nesta quarta-feira, Lula se encontrará com o ex-presidente Óscar Arias (2006-2010) durante um café da manhã.

Fonte: Uol

Performance da indústria arrefece em agosto, diz FGV

A confiança da indústria brasileira diminuiu pelo oitavo mês consecutivo em agosto, quando o uso da capacidade instalada do setor caiu.

A confiança teve baixa de 2,2% ante julho, para 102,7 pontos, atingindo o menor nível desde agosto de 2009.

"A queda em agosto foi influenciada principalmente pela diminuição da satisfação com o momento atual", disse a FGV em nota.

O componente de situação atual recuou 3,6%, atingindo o menor patamar desde setembro de 2009. O de expectativas caiu 0,7%, menor leitura desde agosto de 2009.

"Ambos os indicadores estão agora abaixo de suas médias históricas recentes, sinalizando um desempenho fraco da indústria no terceiro trimestre de 2011", acrescentou.

O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) declinou de 84,1% em julho para 83,6% em agosto, menor dado desde novembro de 2009.

(Por Vanessa Stelzer)

Fonte: Uol

Aplicações em CDB saltam 5 vezes em um ano; conheça o investimento

Uma das aplicações mais populares do momento é o CDB. Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as captações líquidas subiram de R$ 10 bilhões para R$ 48 bilhões entre junho do ano passado e julho deste ano. Ou seja: tem quase cinco vezes mais dinheiro entrando na conta dos CDBs hoje do que há pouco mais de um ano.

"O CDB atrelado ao CDI tem sido uma excelente opção de investimento, especialmente com a alta dos juros", diz Angela Nunes Assumpção, consultora financeira certificada e sócia da Moneyplan Consultoria.

Além disso, o CDB atrai pela facilidade, pois não requer muita burocracia. Além disso, dependendo de algumas variáveis, pode render mais do que a caderneta de poupança.

Em linhas gerais, o CDB nada mais é do que uma maneira de o investidor emprestar dinheiro para o banco e ele remunerar de volta por isso.

"O CDB é um certificado que atesta a existência daquela dívida e suas condições. O banco usa o dinheiro do investidor em outras operações", afirma André Massaro, consultor financeiro e sócio da Money Fit.

O título pode ser prefixado (o investidor conhece o valor de aplicação, juros e resgate assim que compra o papel) ou pós-fixado (aqui incide uma taxa de juros, mas o valor de resgate só será conhecido no saque).

Os juros pagos ao investidor têm relação com o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é uma taxa negociada entre bancos. Os juros pagos hoje giram em torno de 96% para o correntista, conforme o valor que ele investe. Se for muito abaixo disso, reclame. Se ficar acima, desconfie.
Risco para o investidor depende da solidez do banco

O risco para o investidor existe, mas, dependendo do banco, ele é baixo. "O maior risco é a solidez do banco que emite o CDB. É importante saber quem é o devedor", afirma Massaro.

Segundo ele, CDBs emitidos por bancos maiores e mais sólidos são considerados mais seguros. "Muito embora o preço dessa segurança seja uma rentabilidade menor", diz.

Bancos menores e menos conhecidos costumam pagar taxas mais altas. Quer um exemplo? O Banco Santos, que faliu em 2005. Para atrair novos investidores, a instituição pagava uma das melhores taxas do mercado, cerca de 105% do CDI. Era o caso de desconfiar.
Veja o que levar em consideração ao aplicar em CDB

De acordo com Angela Assumpção, há outros riscos, como:

o de mercado: que é a mudança dos juros e consequentemente do CDB;
o de crédito: risco de o emissor deixar de pagar, dar o calote. Esse risco é minimizado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante até R$ 70 mil por CPF no caso de falência da instituição;
o de liquidez: caso seja necessário vender o CDB antes do vencimento, o investidor pode não conseguir fazê-lo na velocidade e no preço desejados.

De qualquer forma, o CDB atende aos investidores conservadores, que veem a renda fixa como uma boa alternative de aplicação.

Em tempos de juros altos, o CDB pode ser bom para o investidor? "Os pós-fixados são uma boa alternativa de investimento, porque acompanham os juros", diz Angela Assumpção.

E é melhor do que investir em Bolsa de Valores? "Não é possível fazer essa comparação por se tratar de ativos muito distintos. Em tese, juros altos não são bons para as empresas [que estão na Bolsa], mas não dá para se responder a essa questão de uma maneira tão simples", afirma.

Fonte: Uol

Petrobras terá mais prejuízo com menos álcool na gasolina

A redução da mistura de álcool anidro à gasolina, de 25% para 20%, deve provocar novos prejuízos à Petrobras na área de refino.

A estatal, que já importou 3,1 milhões de barris de gasolina neste ano, terá de continuar comprando o combustível do exterior para abastecer o mercado doméstico.

Embora a empresa venha modernizando as suas refinarias e construindo novas unidades para aumentar a oferta, a sua produção de combustíveis não é suficiente para atender o país. Assim, a companhia exporta petróleo bruto e importa derivados.

Segundo cálculos do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), serão necessários 550 mil barris de gasolina por mês a mais para cumprir a determinação do governo. Esse volume virá do exterior, por um preço mais alto que o praticado pela estatal no país.

No segundo trimestre, o aumento das importações e a defasagem entre os preços de compra e de venda da gasolina provocou um prejuízo de R$ 2,28 bilhões à área de abastecimento da Petrobras. No mesmo período de 2010, o resultado foi negativo em apenas R$ 108 milhões.

"Se a importação continuar mais forte, o câmbio não mudar e a defasagem entre os preços permanecer igual, haverá impacto negativo dessas importações no resultado da área de abastecimento", diz Lucas Blendler, analista da Geração Futuro.

Com cálculos baseados no preço médio de importações de gasolina este ano e no volume de importações necessárias, o CBIE estima que a Petrobras terá uma perda adicional de R$ 27 milhões por mês com a nova regra.

O preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, inalterado desde junho de 2009, anteontem era 9% menor do que o preço da gasolina no Golfo do México, nos EUA, referência do mercado, segundo a Tendências Consultoria.

Procurada, a Petrobras informou que avalia a necessidade de novas importações.

PRESSÃO

O aumento das importações, em teoria, aumentaria a pressão para a Petrobras reajustar a gasolina no país.

Mas analistas descartam essa possibilidade no curto prazo, pois a decisão do governo de reduzir o percentual de álcool na gasolina teve exatamente o objetivo de conter a alta de preço do álcool.

"O governo vai sangrar ainda mais o caixa da Petrobras para preservar o transporte individual e combater a inflação", afirma Adriano Pires, diretor do CBIE.

A ingerência política é um dos fatores que prejudicam o desempenho das ações da Petrobras na BM&FBovespa, com queda de 23% neste ano.

Para o álcool, também não há expectativa de queda de preço. A Unica (União da Indústria da Cana) disse em nota que a medida "não melhora oferta de hidratado nem soluciona reais problemas".

Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, diz que os preços do álcool vão continuar em ascensão, porém mais moderada, por conta da queda na produção.

A FG/Agro estima, com base no mercado futuro, que o preço do hidratado na bomba não deve ser menor que R$ 2,05 em março de 2012.

Fonte: Uol

30/08/2011

Resumo da Ata do FOMC

FED: Membros estão discutindo ferramentas para impulsionar a economia

FED: Alguns sugeriram que alongar vencimento afetaria juros

FED: Alguns acham que nenhuma ferramenta aceleraria recuperação

FED: Membros vêem alta contida nos preços em 2012

FED: Desemprego deve continuar elevado no final de 2012

FED: Muitos viram aumento nos riscos para baixo da economia

FED: FED discutiu questão do limite da dívida em 1° de agosto

FED: FED reduziu notavelmente as previsões para o PIB do 2° semestre de 2011 e 2012

FED: Alguns membros queriam ação mais forte em 09 de agosto

Fonte: Broadcast

Venda de imóveis novos residenciais recua 31% no ano em SP

A venda de imóveis novos residenciais na capital paulista somou 11.680 unidades no primeiro semestre, com retração de 31,3% ante o mesmo período no ano passado, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

"A redução nas vendas mostra que os preços estão batendo no teto", afirmou o presidente da entidade, João Crestana. O avanço da inflação e as consequentes medidas de contenção do crédito também contribuíram para o clima de desaquecimento do mercado imobiliário, segundo o Secovi.

As moradias de dois dormitórios tiveram a maior participação nas vendas, representando 40,3% do total, seguidas pelas unidades com três quartos (29,5%).


Venda de imóveis novos residenciais na capital paulista somou 11.680 unidades no primeiro semestre do ano

A capital do Estado respondeu por 48,3% dos imóveis vendidos na região metropolitana de São Paulo, que engloba outros 38 municípios. Houve perda na participação ante o mesmo período do ano passado, quando era de 50,6%. Foram comercializadas 24.178 unidades na região, variação negativa de 28%.

Já a quantidade de lançamentos, contabilizada pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos sobre o Patrimônio), registrou expansão de 3% na cidade de São Paulo no mesmo comparativo, totalizando 13.992 moradias postas à venda entre janeiro e junho deste ano na cidade. Enquanto isso, na região metropolitana de São Paulo apresentou queda de 9%, atingindo 24.739 unidades.

FINANCIAMENTOS

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança em todo o país atingiram R$ 37 bilhões, distribuídos em 236,5 mil unidades, no primeiro semestre, registrando o melhor resultado em valor e quantidade para esse período da série histórica, iniciada em 1967, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Com condições mais favoráveis ao tomador do empréstimo, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento, o percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos, atingindo uma média de 62,7% do valor total da moradia. Para se ter uma ideia da escalada desse patamar, em igual intervalo em 2005 os mutuários davam de entrada mais da metade do valor para realizar o sonho da casa própria, restando aos bancos emprestar 47,9%.

Fonte: Folha.com

Rapidinhas: Combustivel, Bovespa, PDG, MRV, Brookfield, Cyrela, Rossi, Confab, Dolar, Ecodiesel, Grécia

O governo reduzirá de 25% para 20% o teor de álcool anidro misturado à gasolina vendida nos postos de combustíveis em todo o país. Segundo o governo, a medida tem a intenção de evitar a falta de etanol (o álcool combustível) nos postos e provocar uma redução no preço da gasolina...
As ações de empresas do setor de construção civil foram destaque de alta da Bolsa ontem. As ações da PDG Realty (PDGR3) subiram mais de 8% e ficaram em primeiro lugar no pódio de valorizações do índice Ibovespa...
Logo abaixo, ganhando mais de 7% cada uma, acompanharam as ações da MRV Engenharia (MRVE3), Brookfield (BISA3), Cyrela (CYRE3). As ações da Rossi Residencial (RSID3) também registraram ganhos e fecharam o dia com alta de 4,9%...
Os investidores ficaram animados com anúncio do aumento da meta de superávit primário do governo para este ano, pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega...
O superávit primário, meta do governo de economia para pagamento dos juros da dívida, foi alterada de R$ 81,7 bilhões para R$ 91,7 bilhões. Segundo Mantega, com mais economia do governo, a taxa de juros poderá cair...
Os investidores sabem que o setor de construção civil é bastante sensível à expectativa de juros futuros, portanto essa seria uma explicação razoável para a alta das ações ontem avaliam os analistas...
As ações preferenciais da Confab Industrial (CNFB4) dispararam ontem, após a empresa anunciar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) com o intuito de cancelar o registro de companhia aberta, comprar todas as ações em circulação e fechar o capital...
A proposta é pagar R$ 5,20 por ação preferencial, um prêmio de aproximadamente 32% sobre a cotação de fechamento de sexta-feira. Após uma hora em leilão de abertura, devido ao volume e variação no preço do papel, as ações da companhia fecharam em alta de 23%...
A Confab Industrial é uma subsidiária da Tenaris, empresa líder no fornecimento de tubos e serviços para a indústria energética mundial, assim como para certas aplicações industriais, contando com 25.400 funcionários e vendas anuais de U$S 7,7 bilhões...
Em um dia de bom humor nos mercados, a cotação do Dólar perdeu força contra o Real. O contrato futuro com vencimento no final deste mês fechou em queda de 0,75%, cotado próximo de R$ 1,59...
As ações da Brasil Ecodiesel (ECOD3) operaram com bastante volatilidade ontem após a empresa adiar a votação sobre a incorporação da Vanguarda Participações S/A na última sexta-feira. A AGE (Assembléia Geral Extraordinária) que seria realizada não aconteceu por falta de quorum...
Uma nova convocação foi marcada para o dia 6 de setembro, na qual, independente do número de acionistas presentes, a operação será decidida...
No dia 10 de agosto deste ano a Brasil Ecodiesel finalmente aprovou a incorporação da Vanguarda Participações por R$ 1,1 bilhão. A empresa afirmou que a aquisição reduz a dependência da empresa pela venda de biodiesel, maior capacidade de produção e redução da exposição a riscos climáticos...
Os gastos do consumidor norte-americano subiram forte na passagem mensal, segundo dados disponibilizados hoje pelo Departamento do Comércio dos EUA. Em julho o indicador registrou alta de 0,8%, bem acima do esperado pelos analistas. Na comparação anual os gastos do consumidor subiram 5,1%...
A renda dos consumidores também subiu, mas modestamente, marcando alta de 0,3% em julho, em linha com as estimativas dos analistas. Em um ano o indicador mostra alta de 5,3%...
O principal índice da Bolsa de Valores de Atenas, na Grécia, disparou ontem, após os bancos EuroBank e Alpha confirmarem que estão em processo de fusão, criando a maior instituição financeira do país...
Os investidores se animaram com as perspectivas da fusão ao setor bancário grego e o índice Athex 20, da bolsa de valores local, subiu mais de 18%. O setor bancário como um todo disparou na Grécia, com o índice do setor subindo em torno de 30%...

Investidores aguardam divulgação nos EUA hoje

Os investidores deverão se concentrar na agenda econômica hoje acreditam os analistas. O evento mais importante do dia será a divulgação da ata da última reunião do FOMC (Federal Open Market Committee) do Federal Reserve, banco central norte-americano, às 15h00 (horário de Brasília). Os economistas irão procurar por dicas para os próximos passos da política monetária do FED como extensão da taxa de juros em níveis próximos a zero, combate à inflação e qual a possibilidade de uma nova compra de títulos de dívida dos EUA, o chamado QE3. No Brasil iniciam-se as reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que definirá o rumo da taxa básica de juros no país. Os analistas estão divididos: alguns acreditam que o aumento da meta do superávit primário do governo em R$ 10 bilhões, foi um recado ao BC para começar a reduzir a taxa de juros. No entanto, os economistas afirmam que o fantasma da inflação ainda está presente e são necessárias mais doses do amargo remédio dos juros altos.

Fonte: Advfn

Agenda do investidor para esta terça-feira

No Brasil iniciam-se as reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que definem o rumo da taxa básica de juros da economia. A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga o IGP-M, índice de inflação calculado todo o mês e comumente utilizado para a correção de contratos de aluguel e tarifas de energia elétrica. Nos EUA a S&P divulga o Índice de Preços de Moradias S&P/Case-Shiller referente ao mercado imobiliário residencial norte-americano. A Conference Board divulga a Confiança do Consumidor, índice que mede, por meio de entrevistas, a situação econômica atual e expectativa para o futuro próximo. À tarde sai a minuta da última reunião do FOMC (comitê de política monetária do banco central norte-americano).

Fonte: Advfn

Destaques Bovespa - 30/08/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa terminou o pregão com alta de 2,89 %, aos 54.890,61 pontos, com máxima de 55.026,66 pontos e mínima de 53.356,07 pontos, registrando um giro financeiro de R$ 5,01 bilhões. Em um pregão marcado pela fraca agenda doméstica, a bolsa brasileira acompanhou as altas dos mercados internacionais e terminou a sessão com forte valorização. O discurso do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, referente à meta do superávit brasileiro reforçou as chances de uma redução da taxa de juros no Brasil em agosto, que somados aos indicadores macroeconômicos norte-americanos, impulsionaram o Ibovespa para o campo positivo.

As principais blue chips brasileiras fecharam em alta, acompanhando o otimismo dos mercados internacionais. As ações ON e PN da Petrobrás apresentaram uma valorização de 3,62% e 2,96 % respectivamente, enquanto os papéis ON e PN da Vale, encerraram a sessão com valorização de 2,55 % e 1,92 %, respectivamente.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros ingressaram no dia 25 de agosto, quinta-feira, R$ 61,52 milhões na Bovespa, voltando a ingressar recursos na Bovespa após dez dias de consecutivas retiradas, quando o índice fechou em queda de 1,57%. No mês de agosto, o déficit de recursos estrangeiros diminuiu para R$ 1,062 bilhões. Já no acumulado do ano, os investimentos estrangeiros agora apresentam déficit de R$ 774,06 milhões. Já os investidores Pessoa Física ingressaram recursos na Bovespa pelo segundo dia consecutivo. No dia 25 de agosto ingressaram R$ 105,67 milhões. Neste mês, após este ingresso, os investidores pessoa física atingiram superávit de 3,84 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está em negativo em R$ 4,603 bilhões.

Mercados Hoje

Mercados amanhecem indefinidos, os futuros norte-americanos operam em leve queda, realizando parte dos lucros auferidos ontem, enquanto as principais bolsas na Europa operam mistas. O composto asiático encerrou em alta de 1,0% com China mais uma vez recuando, com receios de que o crédito às empresas fique mais restrito. As bolsas irão reagir à divulgação da confiança do consumidor de agosto nos EUA, enquanto o nosso mercado tenta recuperar parte das perdas do mês, que chegou a cair mais de 17% e até ontem recuava "apenas" 6,74%.

CCR – A empresa de concessão rodoviária anunciou ontem (29/08), através de um comunicado ao mercado, que está avaliando uma entrada no setor de infra-estrutura aeroportuária através da aquisição de três aeroportos no exterior. Segundo a companhia, os aeroportos internacionais "Andrade Gutierrez" e "Camargo Corrêa" que estão localizados no Equador, Costa Rica e Caribe, passarão por uma análise de um comitê independente da CCR pelos próximos três meses. O diretor financeiro e de relações com investidores, Arthur Piotto Filho, destacou que caso os ativos avaliados demonstrem ser vantajosos para a empresa, será convocada uma assembléia geral extraordinária da CCR com o intuito de aprovar uma alteração do objeto social da companhia, além de votar pela aquisição dos aeroportos que serão pagos em dinheiro. Apesar da análise ainda permanecer em sua etapa inicial, consideramos que a notícia é marginalmente positiva para as ações da CCR, uma vez que possibilita a ampliação dos negócios da companhia em um setor com boas estimativas de crescimento para os próximos anos e a possibilidade de disputar futuras licitações de aeroportos no país.

MMX – A mineradora informou ontem (29/08) após o fechamento do mercado que a Supram (Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) emitiu uma licença prévia para a expansão da Unidade Serra Azul, unidade da qual a MMX opera desde 2008. O projeto de ampliação prevê o aumento da capacidade de beneficiamento do minério de ferro dos atuais 8,7 millhões de toneladas por ano para 24 milhões de toneladas anuais e a construção de uma infra-estrutura para transmissão de energia e adutores de água, deverá custar aproximadamente R$ 4,0 bilhões, segundo o presidente da MMX, Roger Downey. A notícia é positiva para as ações da MMX.

Petrobrás – Segundo o jornal "Valor Econômico", a subsidiária da Petrobrás, BR Distribuidora, irá investir R$ 5,2 bilhões até 2015, valor superior aos R$ 4,2 bilhões do plano anterior, voltados principalmente para a área de logística, através da construção de oito novas bases de tancagem (armazenamento em tanques) e da ampliação das sete já existentes. O objetivo do investimento é adequar a capacidade de armazenamento, que cresceu 5,9% de 2005 a 2010, com o aumento do volume de vendas, que cresceu 49,2% no mesmo período. Apenas para 2011, o investimento previsto é de 1,188 bilhão, dos quais R$ 466 milhões foram realizados no 1 semestre do ano. De acordo com o presidente da BR distribuidora, José Lima de Andrade Neto, a companhia precisa crescer por volta de 10% ao ano, para manter o market share da companhia, que totaliza 39% do mercado de distribuição. A notícia é de cunho informativo, devemos aguardar maiores informações para uma análise mais profunda sobre os impactos desse aumento de investimentos sobre o operacional da companhia.

Setor de Alimentos – De acordo com notícia vinculada ao Jornal Valor Econômico, produtores e entidades publicas de saúde nos EUA estão preparando uma forte campanha para evitar que o governo americano permita a entrada de carne bovina de 14 estados brasileiros em solo americano. O discurso oficial se refere a preocupações com a febre aftosa e a ameaça de surtos de "E.coli" no território americano. Extra oficialmente ficam as preocupações com os impactos da entrada do maior exportador mundial em solo americano. Há mais de 6 anos que os EUA e o Brasil brigam sobre este assunto. No último acordo bilateral estabelecido entre os dois países, os EUA se comprometeram a colocar o assunto em consulta pública, porém os processos vêm apresentando sucessivos atrasos. As autoridades americanas argumentam que precisão terminar as análises econômicas sobre os impactos das importações. Até o presente momento o Brasil exporta apenas carne enlatada para os EUA, onde há presença de diversos competidores, pressionando as margens. A campanha é muito parecida com a realizada contra a carne de ovelhas da Patagônia, onde os parlamentares americanos chegaram a aprovar medidas no orçamento para proibir o pagamento de salários de funcionários e outras despesas que levariam à autorização das importações do produto. Apesar de muitas incertezas ainda pairarem sobre o assunto, a notícia é marginalmente negativa para as companhias do setor, dada as expectativas de que as exportações seriam mais facilmente liberadas.

Setor de Saúde – De acordo com o jornal "Valor Econômico", ontem (29), o ministro da saúde, José Padilha, afirmou que a ANS passará a cobrar os procedimentos de alta complexidade, como quimioterapia, dos planos de saúde, caso seus usuários utilizem o Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, a rede pública de saúde. Atualmente, 46 milhões de brasileiros possuem plano de saúde, sendo que 20% dos pacientes atendidos em hospitais públicos de São Paulo possuem tal benefício, entretanto, apenas a internação é cobrada destes usuários ao utilizar o SUS, transferindo partes das despesas dos planos para a esfera pública. Com a nova lei, publicada ontem no Diário Oficial da União, o montante será cobrado dos planos e repassado ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), que posteriormente distribuirá para Estados e municípios. A medida busca reduzir o descompasso entre a demanda de pacientes e a oferta de leitos públicos, assim como assegurar uma maior arrecadação pelo sistema de saúde pública. A notícia é parcialmente negativa para as operadoras de planos de saúde, já que aumentará as suas despesas, elevando o nível de sinistralidade, que já se encontra em níveis relativamente altos.

Setor Sucroalcooleiro – De acordo com notícia vinculada ao Jornal Valor Econômico, as exportações do açúcar brasileiro devem sofrer uma queda considerável este ano em função de um esperado aumento na oferta (safra 2011/2012, que começa em setembro, proporcionará um forte aumento da oferta mundial) e dos altos preços atualmente praticados no mercado – clientes estão contendo novas compras a espera de preços mais baixos. Até o dia 26 de agostos foram embarcadas 1,991 milhões de toneladas, 27% abaixo das 2,725 milhões exportadas em agosto de 2010. No Brasil a projeção é de diminuição da produção na região Centro-Sul, enquanto para outros países, como Rússia, Índia e UE estão com perspectivas favoráveis. Além disso, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou ontem (29) a redução da mistura de anidro na gasolina de 25% para 20% a partir de primeiro de outubro, devendo criar novas incertezas no setor de combustíveis, com o objetivo de controlar a inflação dos combustíveis no país. Porém, de acordo com especialistas do setor, a redução é desnecessária porque o setor está importando etanol para equilibrar o abastecimento e o custo do mesmo está mais baixo no mercado externo. Já o presidente da Renuka do Brasil, Humberto Farias, diz que de alguma forma a redução já era esperada pelo setor em função da forte quebra de cana registrada este ano, com a safra devendo ficar abaixo das 500 milhões de toneladas no Centro-Sul. Farias disse que a oferta e demanda do etanol estão sendo monitorados e uma decisão de redução pode ter vindo deste monitoramento. As notícias são marginalmente negativas para as companhias do setor.

Usiminas – A companhia anunciou investimentos da ordem de R$ 138 milhões em sua controlada Usiminas Mecânica, com o objetivo de construir um fabrica de painéis de aço no Porto do Suape (PE) para serem utilizados na construção de navios de grande porte. Os painéis terão até 18 metros, tendo um alto valor agregado, sendo utilizados por navios de até 30 mil toneladas. A nova fábrica entrará em produção no fim de 2012, terá capacidade de produzir ate 65 mil toneladas por ano, deverá gerar 400 postos de trabalho e terá 34 mil metros quadrados. Por não haver fabrica similar no mercado nacional, a companhia ainda recebeu isenção inicial do imposto de renda e redução das tarifas de importação do maquinário necessário para a produção dos painéis com as medidas necessárias. A notícia é marginalmente positiva para as ações da Usiminas, dado a diversificação de seu mix de produtos.

Fonte: Um Investimentos

10 notícias para lidar com os mercados nesta terça-feira

Bolsas na Europa caem após confiança econômica atingir pior nível desde 2008; índices futuros em Wall Street recuam com investidores à espera de dados previstos para hoje

 

1 Mercados: Investidores aguardam dados nos EUA. Os índices futuros nos Estados Unidos recuam com os investidores a espera de dados que podem sinalizar desaquecimento da economia americana. O mercado acompanha hoje os números da confiança do consumidor, além da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Os investidores irão avaliar as razões que levaram a autoridade monetária a indicar que os juros seguirão baixos até 2013. Na Europa, Londres opera em alta, mas Paris e Frankfurt recuam após o índice de confiança econômica da região ter a maior queda desde dezembro de 2008.

Agenda do Investidor | No Brasil, o Banco Central inicia o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve deliberar sobre os rumos da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 12,50% ao ano. De acordo com boletim Focus divulgado ontem pelo BC, a projeção para a Selic neste ano ficou estável em 12,50%, e para 2012 caiu de 12,50% para 12,38%. Vale lembrar que o governo anunciou ontem uma elevação em 10 bilhões de reais na meta de superávit primário deste ano para reforçar a situação fiscal do país em função da crise econômica global.

2 Mantega: medidas protegem Brasil de possível piora da crise. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o aumento da meta de superávit primário anunciado ontem tem como objetivo proteger o país dos possíveis efeitos da uma piora da crise internacional. "A economia mundial vive um momento delicado, em que os países avançados podem caminhar para a recessão," disse Mantega em mensagem gravada para evento de empresários, em São Paulo.

3 Economistas descartam corte imediato da taxa de juros. Foi uma boa tentativa, mas a elevação da meta de resultado das contas públicas em 10 bilhões de reais não será suficiente para convencer o Banco Central (BC) a cortar a taxa de juros na reunião que começa hoje e termina amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa é a avaliação dos economistas José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, e Fernando Montero, da Corretora Convenção.

4 Mudança vai obrigar Petrobras a importar mais gasolina. A diminuição da proporção de álcool na fórmula vai obrigar a Petrobras a comprar mais gasolina no exterior. "Com essa redução, teremos de importar mais gasolina para suprir o mercado. Mas, só teremos uma estimativa amanhã (hoje)", disse o diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Pelos cálculos de especialistas, se a redução do etanol fosse hoje, poderia haver uma ligeira queda de preço na bomba, já que o álcool sai das usinas a 1,30 real o litro, enquanto o preço da gasolina na refinaria está em 1,05 real.

5 Ação contra Gol pede devolução de R$ 39,4 milhões. O Ministério Público do Distrito Federal ingressou ontem com uma ação civil pública contra a Gol, pedindo o ressarcimento de 39,441 milhões de reais pela cobrança indevida de um título de capitalização batizado de seguro de viagem premiada . De acordo com o Ministério Público, o consumidor era obrigado a pagar três reais a cada bilhete emitido.

6 CCR vai avaliar entrada no setor de aeroportos. A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) vai analisar a possibilidade de entrar no setor de aeroportos, de acordo com decisão de seu Conselho de Administração. Além disso, os acionistas controladores da empresa Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa podem transferir à CCR participação acionária em três aeroportos no exterior: Equador, Costa Rica e Curaçao. Para isso, será criado um comitê independente responsável pela análise da potencial aquisição de participação nesses empreendimentos.

7 Embraer recebe pedido de compra de 10 aviões da Kenya Airways. A Embraer recebeu o pedido de compra de 10 aviões da Kenya Airways, disse Tutus Naikuni, presidente da empresa queniana, para jornalistas em Nairobi, informa a Bloomberg. A Embraer ainda recebeu da Kenya Airways a opção de compra de outras 16 aeronaves. Os aviões serão entregues entre julho do ano que vem e 2013.

8 MMX obtém licença prévia para expansão da Unidade Serra Azul. A MMX Mineração recebeu licença prévia ambiental para a expansão de sua Unidade Serra Azul da Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do governo de Minas Gerais, segundo comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

9 PIB da Índia cresce 7,7% no segundo trimestre de 2011. A economia da Índia se expandiu à taxa de 7,7% no trimestre no período abril-junho, em relação ao mesmo período do ano passado, ajudada pelo forte crescimento no setor de serviços, de acordo com dados divulgados pela Organização Central de Estatísticas. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano fiscal, que começou em 1º de abril, foi menor do que os 9,3% de expansão no mesmo trimestre do ano passado.

10 Inflação pelo IGP-M fica em 0,44% em agosto, aponta FGV. Após dois meses em queda, a deflação chegou ao fim no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O indicador subiu 0,44% em agosto, após cair 0,12% em julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa mensal foi a maior em quatro meses, mas ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro (entre 0,32% e 0,47%), sendo, no entanto, superior à mediana das projeções (0,41%).

Bônus I IPO da Zynga pode ser adiado, diz mídia. A produtora de jogos sociais Zynga pode postergar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) devido às fracas condições de mercado e para responder a questionamentos da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais norte-americano), de acordo com reportagens da imprensa americana.

Bônus II Ação da Klabin a R$ 5 é oportunidade atrativa, diz BTG. As ações da Klabin estão atrativas no atual patamar de preço, avalia o BTG Pactual em um relatório publicado ontem. “Com a ação de volta abaixo de 5 reais, vamos um potencial de valorização atrativo e com a maior parte dos riscos precificada”, avaliam Edmo Chagas, Antonio Heluany e Humberto Meireles, que assinam o relatório. Eles reiteraram a recomendação de compra das ações e o preço-alvo de 7 reais.

 

 

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Confiança econômica europeia cai mais que o esperado

REUTERS

BRUXELAS, 30 DE AGOSTO - A confiança econômica da zona do euro se deteriorou mais que o esperado em agosto, enfatizando as perspectivas de um crescimento fraco na região.

A Comissão Europeia informou nesta terça-feira que seu índice caiu para 98,3 neste mês, comparado a 103 em julho. Economistas consultados pela Reuters previam uma leitura de 100,5.

A confiança na indústria recuou para menos 2,9, ficando negativa pela primeira vez desde setembro de 2010, ante 0,9 em julho e previsões de menos 1,5.

No setor de serviços, o indicador declinou para 3,7, comparado a 7,9 antes, enquanto a confiança do consumidor baixou para menos 16,5 em agosto, contra menos 11,2 antes.

As expectativas de inflação diminuíram para 8,7 por cento em agosto, após 12,4 por cento em julho.

Em outro relatório, a Comissão divulgou que a confiança empresarial recuou para 0,07 neste mês, ante 0,44 em julho. Analistas esperavam 0,15.

 

 

 

Bancos terão mais dificuldade para provar que não têm culpa em fraudes

STJ entendeu que, independentemente de culpa, os bancos devem responder por ilegalidades cometidas em operações sob sua responsabilidade

 

Uma situação que exime o banco de responsabilidade é quando ficar provada a culpa exclusiva do consumidor

Brasília – Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tornou mais difícil para os bancos provar que não têm responsabilidade em fraudes. A corte entendeu que, independentemente de culpa, os bancos devem responder por ilegalidades cometidas em operações sob sua responsabilidade, indenizando as pessoas que se sentirem prejudicadas.

O tribunal analisou recursos de duas vítimas de fraudes praticadas por criminosos no Banco do Brasil. Contas foram abertas a partir de documentos falsos para emitir cheques sem fundo, o que levou os nomes a serem negativados em serviços de proteção ao crédito. Em um primeiro momento, a Justiça entendeu que não caberia indenização por dano moral porque o banco agiu de boa fé ou porque o golpe foi refinado.

O STJ, no entanto, acatou os recursos das vítimas alegando que o Código de Defesa do Consumidor obriga o prestador de serviço a indenizar quem se sentir prejudicado, independentemente de culpa. “Agora vai ser difícil excluir a responsabilidade do banco. Isso só acontece se ele conseguir provar que houve a ação criminosa de uma terceira pessoa que não está diretamente ligada à operação bancária. Não basta mais falar que alguém fraudou”, explica Bruno Boris, advogado especialista em relações de consumo.

Outra situação que exime o banco de responsabilidade é quando ficar provada a culpa exclusiva do consumidor, como por exemplo, se ele deu a senha do seu cartão para alguém ou foi relapso com os seus documentos.

“Se discutia muito que o banco era tão vítima quanto o cidadão, e muitos juízes acatavam essa ideia e não acolhiam o dano moral. Agora isso ficou mais difícil para o banco, que vai ter que provar se houve uma das situações que eximem a culpa”, explica o advogado Francisco Fragata Júnior, especialista em contratos.

A decisão do STJ ocorreu no sistema de recursos repetitivos, o que fará com que ela seja aplicada a todos os casos semelhantes que estavam paralisados aguardando a palavra final da corte.

 

 

Economistas são unânimes em prever que juros serão mantidos em 12,5%

 

Autor(es): agência o globo:Vinicius Neder

O Globo - 30/08/2011

 

RIO e BRASÍLIA. Economistas e analistas de mercado acreditam que o aperto monetário iniciado em abril de 2010 chegará ao fim amanhã, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciará sua decisão sobre a taxa básica de juros (Selic) ao término da reunião que começa hoje. Mas o fim do aperto virá com a manutenção da Selic em 12,50% ao ano, sem espaços para cortes. Todas as 11 instituições consultadas pelo GLOBO preveem manutenção na Selic amanhã.

Pressões inflacionárias ainda persistentes e incertezas sobre o impacto da desaceleração da economia mundial no Brasil justificam cautela, dizem especialistas. Por isso, um corte na Selic amanhã é considerado improvável, embora o mercado futuro de juros aponte essa possibilidade - em parte por causa de especulação, em parte porque investidores levam em conta pressões políticas sobre o BC.

Além disso, para analistas, o aumento na austeridade fiscal anunciado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, terá pouco efeito prático a curto prazo. A previsão de manutenção da Selic é corroborada pela pesquisa Focus, divulgada ontem pelo BC. Pela terceira semana seguida, a média dos cem analistas consultados na pesquisa aponta a Selic estável em 12,50% em setembro e até o fim do ano.

- Tudo leva a crer que o Copom fará uma trégua - diz ex-diretor do BC e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Carlos Thadeu de Freitas.

Especialistas também duvidam de corte na reunião desta semana porque a mudança no cenário externo foi rápida desde o último encontro, em julho. No comunicado e na ata do mês passado, o Copom sinalizou a possibilidade de encerrar o ciclo de alta na Selic. Antes de baixar a taxa, portanto, é praxe prevenir o mercado.

- O BC deverá usar seus canais formais de comunicação - lembra a economista-chefe da corretora Icap Brasil, Inês Filipa.

Momento atual exige
prudência, diz economista

Segundo Freitas, da CNC, o cenário externo não permite que o BC fique parado, e é possível que a autoridade monetária sinalize uma perspectiva de baixa na Selic, no comunicado e na ata da reunião.

Porém, para o ex-presidente do BC e coordenador do Centro de Economia Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV-Rio) Carlos Langoni, o momento exige prudência e sinais de tendência deverão ficar de fora:

- Seria precipitado o Copom dizer que o juro vai cair.

Langoni e Freitas concordam que o cenário para a inflação ainda é incerto e dependerá da cotação das commodities e da reação da China à desaceleração da economia mundial, pois a demanda do país asiático por matérias-primas brasileiras mantém as commodities em alta.

Na avaliação de Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria, o cenário externo incerto não significa que está tudo certo:

- Não fosse o cenário externo, seria melhor elevar a Selic. É muito cedo para pensar em redução da taxa.

A preocupação dos especialistas se concentra na inflação - a grande maioria das previsões aponta para uma taxa acima do centro da meta oficial inclusive em 2012. Além das cotações das commodities, fatores como o forte reajuste no salário mínimo no próximo ano e o mercado de trabalho aquecido, com aumento real de renda, continuarão pressionando os preços, principalmente os dos serviços.

- Algumas simulações mostram que só uma contração no PIB faria a inflação convergir para o centro da meta em 2012 - diz Inês, da Icap Brasil.

Alessandra, da Tendências Consultoria, diz ainda que faltam evidências de contaminação da economia brasileira pelo ambiente externo. O cenário é diferente do da crise de 2008, quando houve travamento no crédito. Langoni lembra que isso só ocorrerá se os problemas no sistema bancário europeu piorarem.

Previsão de expansão cai pela quarta vez seguida

Por isso, para Alessandra, o Copom deveria manter a Selic e deixar em aberto que poderá tomar novas medidas em função do comportamento externo.

Já a pesquisa Focus do BC mostrou que os analistas esperam preços maiores e menos crescimento tanto neste ano como no ano que vem. Eles aumentaram, pela segunda semana seguida, a previsão para a inflação oficial neste ano. A aposta para o IPCA passou de 6,28% para 6,31% em 2011.

A previsão de expansão caiu pela quarta vez seguida. Passou de 3,84% para 3,79% neste ano. E o mercado, que manteve por cinco semanas a expectativa de expansão de 4% no ano que vem, reduziu a estimativa para 3,9%.

- O pessimismo aumentou nos últimos tempos, mas eu não estou apavorado, porque o problema foi muito focado no mercado financeiro - diz José Goes, da consultoria WinTrade.

Na análise dos economistas do Itaú, ainda há pouca visibilidade sobre as próximas fases da crise internacional e o seu efeito no crescimento e na inflação. No pior cenário, o mundo cresceria apenas 2,5% em 2012 (e não 3,5%). E o Brasil, cerca de 3%.

 

 

 

 

Trisul adia novamente publicação de balanço

 

Por Fernando Torres | De São Paulo

A incorporadora imobiliária Trisul adiou ontem pela segunda vez o prazo para divulgação das suas demonstrações financeiras referentes ao segundo trimestre.

O dia 15 de agosto foi a data final para que as companhias abertas apresentassem seus balanços trimestrais. Mas na noite daquele dia a Trisul informou ao mercado que atrasaria a entrega por até dez dias úteis.

Passado esse período, a companhia divulgou na noite de ontem novo comunicado dizendo que pretende apresentar o informe "nas próximas semanas".

O motivo do atraso, diz a empresa, é que os números "ainda estão em processo de exame e revisão pelos auditores independentes da companhia".

Na primeira vez em que anunciou o adiamento, a Trisul havia dito que, "em virtude de seu processo de revisão orçamentária de obras", não tinha conseguido entregar o demonstrativo em tempo hábil para que a auditoria fizesse seu trabalho. A Ernst & Young Terco é a firma responsável pela checagem dos números.

Assim como outras empresas do setor, desde o quarto trimestre a Trisul tem apresentado margens brutas bem abaixo do que tinha no passado, por conta de revisão de orçamentos de obras. Entre outubro e dezembro de 2010, o lucro bruto da empresa representou apenas 13,3% da receita reconhecida, ante um percentual de 29,6% do terceiro trimestre. De janeiro a março deste ano, a margem bruta da empresa ficou em 15,6%.

No trabalho de auditoria, as revisões trimestrais não costumam ser muito profundas, a não ser quando há variações importantes nas contas.

 

 

 

Carlos Slim amplia aposta no Brasil e investe R$ 10 bilhões

Fabiana Monte   (fmonte@brasileconomico.com.br)

 

Bilionário mexicano, dono da Claro, Embratel e Net, reforça rede de dados para faturar com novos serviços gerados pela internet móvel.

O grupo América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim, investirá R$ 10 bilhões no Brasil entre 2011 e 2012, em suas controladas Claro, Embratel e Net. O montante é destinado à ampliação de rede e a ações para conquistar novos mercados.

Em janeiro, Slim já havia anunciado investimentos de R$ 4,17 bilhões no país até o fim de 2011. No segundo trimestre do ano, as operações da América Móvil no Brasil geraram receita de R$ 5,7 bilhões, representando 27,7% do faturamento da holding no período.

A Claro, cujo faturamento no segundo trimestre foi de R$ 3,1 bilhões,receberá investimentos superiores a R$ 3,5 bilhões até 2012 - boa parte destinada a expandir e aumentar a capacidade da rede da companhia.

Do total, R$ 1,92 bilhão será aplicado este ano. "Não é só para ampliar, mas para preparar a rede para serviços de dados, que têm registrado grande avanço e, espera-se, crescerão ainda mais", diz Márcio Nunes, diretor de plataformas e de rede da Claro.

A meta é ter 100% das estações rádio-base 3G (antenas usadas na rede de telefonia celular) conectadas a uma rede de transmissão com a tecnologia de fibra óptica que terá 89 mil quilômetros.Com isso, a Claro terá uma rede IP RAN. Essa tecnologia quadruplica a capacidade de transmissão e aumenta a qualidade do serviço. Hoje, 73% das estações rádio-base da Claro estão conectadas dessa forma.

"Nos pontos da rede em que já fizemos isso, a média de uso de dados subiu 40%, porque o cliente ganha uma capacidade maior da rede e pode usar aplicações que demandam mais, como baixar vídeo", conta Nunes.

4G

Com a nova estrutura, a rede de transmissão da Claro estará pronta para oferecer serviços de quarta geração de telefonia celular, cujo leilão deve ocorrer no próximo ano.

Já no 3G, o efeito imediato esperado é a maior qualidade de serviços como banda larga móvel. Mas a Claro estuda outras possibilidades.

"Posso fazer combinações de serviços móveis e fixo com mais facilidade para o cliente." Um exemplo é incentivar o uso de redes sem fio Wi-Fi em residências, para que o cliente navegue na internet a partir dessa rede quando estiver em casa. Para a operadora, o benefício é escoar o tráfego das antenas quando o assinante não estiver em trânsito.

"Utilizamos a mesma rede de transmissão para o Wi-Fi e para o 3G, porque temos que transportar o tráfego para o ponto central da minha rede", diz.

O executivo afirma não ter "definição de futuro" sobre a integração de Net, Claro e Embratel, mas admite que, com mais capacidade de rede e pensando nessa nova leva de ofertas, tecnicamente é possível prestar serviços integrados, como, por exemplo, assistir a um vídeo da Net pelo celular na rede Wi-Fi.

Nova geração de serviços

A rival Tim, que tomou a vice-liderança da Claro na semana passada, também tem uma estratégia agressiva para aumentar sua capacidade de rede. Uma das ações mais recentes foi a compra da AES Atimus, que tem 5,5 mil quilômetros de fibra óptica em 21 cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.

Com essa rede, a Tim poderá aumentar a qualidade de seu serviço de banda larga móvel e entrar no segmento de internet fixa com alta velocidade, além de entrar em TV paga.

Para Nunes, o mercado de telecomunicações entrou em uma nova fase, na qual a infraestrutura é a grande estrela. "O Brasil tem hoje mais de 220 milhões de celulares. Ainda que este número possa crescer nos próximos anos, o grande avanço será no uso de serviços de dados. E para crescer em dados é preciso investir na infraestrutura da rede de transmissão."

 

 

 

Aperto fiscal antes do corte de juros

 

Governo adia definição da política fiscal para 2012

Autor(es): Por Claudia Safatle | De Brasília

Valor Econômico - 30/08/2011

 

 

O governo aumentou o superávit primário deste ano em R$ 10 bilhões, elevando o saldo consolidado do setor público para R$ 127,89 bilhões. Com isso, segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, haverá um reforço da meta fiscal em cerca de 0,25% do PIB, decorrente do excesso de receita.

A decisão partiu da convicção da presidente Dilma Rousseff de que "se a política fiscal permitir, os juros vão cair". A determinação da presidente reforça a opção pela mudança no perfil da política econômica para o enfrentamento da crise externa, que passa a ter como principal objetivo criar as condições para a redução dos juros. O esforço fiscal passa a ser pré-condição para o corte da taxa Selic.

A política fiscal para 2012 será definida mais à frente. A proposta de Orçamento para o próximo ano será enviada amanhã para o Congresso e o governo terá até o fim deste ano, ou início do próximo, para marcar qual será o efetivo compromisso que assumirá com as contas públicas. Até lá, estará mais claro também o caminho que as economias dos países avançados vão tomar.

O governo avalia que poderá haver uma recessão global pelo menos até o fim de 2012 e o Brasil tem que estar com mais musculatura para o enfrentamento da situação. Para isso Mantega anunciou ontem um reforço de R$ 10 bilhões na meta de superávit primário deste ano. E espera, com essa ajuda, viabilizar a redução dos juros básicos num futuro breve.

Segundo disse o ministro, encorpar o superávit com o excesso de receita deste ano poderá ser útil até para aumentar o gasto público no ano que vem, se for necessário, caso a crise externa adquira proporções mais dramáticas.

No momento, explicou Mantega, o governo tem como meta um superávit de R$ 139 bilhões para 2012 - equivalente a cerca de 3% do PIB - e sua missão será a de produzir esse saldo sem descontar os recursos do orçamento do PAC, que somam R$ 40,6 bilhões.

Há grande preocupação em evitar a "dèbâcle" que ocorreu no segundo semestre de 2008 na economia brasileira. Ao contrário daquele período, quando a crise detonada pela quebra do Lehman Brothers encontrou a atividade bem aquecida, dessa vez o que se avalia na área econômica é que o setor privado já está em processo de desaceleração.

A elevação da Selic este ano, para controlar a inflação, foi de 1,75 ponto percentual, o que levou a taxa a 12,50% ao ano. O aumento já é, por si só, um patamar que representa a taxa média de juros anual em muitas economias, assinalou uma fonte oficial.

Se o tamanho da Selic sempre foi visto como imensa distorção da economia brasileira, hoje ele está sendo considerado "uma benção" pelo governo, pois poucos são os países no mundo que têm na política monetária uma capacidade de reação como no Brasil. As maiores economias do mundo estão praticando, desde 2008, juros muito baixos e, não raro, negativos.

Outro temor que assombra as autoridades econômicas é que possa haver "um evento" ou, como disse um economista do governo, que a crise internacional gere "um cadáver", nos moldes do Lehman Brothers nos Estados Unidos em 2008.

Os três principais bancos centrais do mundo - o Federal Reserve, nos Estados Unidos, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu - estão com enorme dificuldade de dar respostas ao enfraquecimento das economias americana e europeia. O desfecho da reunião do Fed em Jackson Hole, na semana passada, foi frustrante. O presidente da instituição, Ben Bernanke, não anunciou medidas para reanimar a economia americana nem deu indicações claras sobre o que fará nos próximos meses.

O cenário externo é de difícil previsão. "Nas três últimas semanas a situação piorou muito", citou uma fonte do governo. Para esse assessor, o aumento do superávit primário este ano é, em parte, fruto da mudança do mix da política econômica nesta crise - com menos ênfase no gasto público e maior foco na redução dos juros. "Mas há uma questão estratégica na decisão de elevar o superávit, que é termos uma sobra de recursos para aumentar o gasto público no caso de a coisa lá fora ficar mais séria."

O governo de Dilma Rousseff está, portanto, determinado a "aumentar a munição" do país para evitar que a recessão externa derrube a economia doméstica.

 

 

 

 

Nem BC, nem Fazenda, quem manda é a Dilma

 

Por dentro do mercado

Autor(es): Eduardo Campos

Valor Econômico - 30/08/2011

 

O esperado anúncio fiscal no ministro da Fazenda, Guido Mantega - aquele que deveria abrir espaço para a queda da taxa Selic -, decepcionou. Mas ainda assim os contratos de juros futuros continuaram em queda na BM&F.

As taxas só se afastaram das mínimas do dia após a fala do ministro, mas não abandonaram a queda e continuaram oscilando ao redor de um nível não visto em alguns anos.

A formação de preço nos juros também não se abalou pela melhora de humor externo que pautou o dia, nem pela piora nas expectativas de inflação captadas pelo boletim Focus ou mesmo pela elevação de taxa no mercado de dívida dos Estados Unidos.

Os contratos de juros de curto prazo fecharam o dia mostrando probabilidade ao redor de 70% de corte da Selic na reunião de amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom). Mas isso é mais uma aposta do que uma convicção de que o colegiado vai, de fato, iniciar um ciclo de baixa nesta semana.

É bom que se observe que, ontem, foi anunciada uma elevação da meta de superávit para o ano, mas não há corte de gastos, apenas um remanejamento de receitas extraordinárias de cerca de R$ 15 bilhões.

Outra decepção do mercado com o anúncio fiscal foi a falta de medidas visando o Orçamento de 2012. Mas isso ainda pode mudar.

O interessante é que essa manobra foi vendida pelo ministro como algo que cria espaço para o Banco Central (BC) cortar juros. No entanto, Mantega fez questão de enfatizar que essa é uma decisão exclusiva da autoridade monetária.

Mesmo com essa postura de "eu falo do BC, mas quem manda é ele", parte dos agentes não deixa de ver esse anúncio fiscal como um recado à autoridade monetária.

O momento do anúncio, um dia antes do início da reunião do colegiado, seria a evidência mais clara disso.

Outros agentes acreditam que essa postura do governo, que parece passar por uma conversão de perdulário em austero, tem de ser vista como uma sinalização estrutural (finalmente descobriram que gastando menos, o juro pode cair, bem como o serviço da dívida).

Um novo mix de política econômica estaria sendo lapidado. No qual a política fiscal seria mais restrita para se permitir uma política monetária menos conservadora.

Não há dúvida de que isso é uma evolução. Mas o que os mais céticos questionam é se esse é o momento certo para se pensar em queda de juros. Se não seria mais interessante seguir com essa política fiscal e só pensar em juros menores quando a inflação estivesse, de fato, sobre controle e essa austeridade mostrasse resultados.

Boa parte dessa ideia de que o "momento é esse para cortar os juros" tem premissas frouxas. Uma expectativa de maior degradação externa com efeitos claramente deflacionários. Nenhum nem outro ponto se confirmou ainda.

O quadro externo segue bastante indefinido e por aqui a inflação e as expectativas teimam em não convergir para 4,5%.

Nas mesas, agentes questionam se o BC vai ceder à pressão do governo e começar a cortar os juros. Mas essa velha história de quem tem mais poder, o BC ou a Fazenda, está um pouco diferente.

Cresce a percepção de que quem manda, mesmo, é a presidente Dilma Rousseff. Um economista bem relacionado disse que uma das metas da presidente é ser lembrada como a "presidente que reduziu o juro nominal para um dígito".

No blog "Casa das Caldeiras", Ribamar Oliveira trouxe interessante nota sobre como Dilma decidiu lidar com esse excesso de arrecadação que vai virar superávit (www.valor.com.br/valor-investe/casa-das-caldeiras/991508/dificil-decisao-de-dilma).

"Parece existir uma pressão política acentuada para reduzir os juros o quanto antes. Em breve, não precisarei fazer nenhuma projeção de inflação ou elaborar alguma análise completa de atividade econômica, pois o componente político pode ficar predominante", diz um economista.

Deixando anseios e a questão política de lado, enquanto o juro nominal não cai, o juro real, aquele que desconta a inflação e que realmente importa na tomada de decisão entre poupança e consumo, continua em firme trajetória de baixa.

O juro de mercado medido como "Swap 360" cai e as expectativas de inflação em 12 meses seguem em alta (5,47% pelo último Focus). O resultado é um juro real de 5,58%, o menor desde dezembro de 2009.

Olhando a evolução do juro real desde a reunião dos dias 19 e 20 de julho do Copom, a taxa caiu 1,24 ponto percentual, saindo de 6,82% para os atuais 5,58%. Vale lembrar que no começo de junho, esse mesmo juro real estava em 7,12%, o maior desde dezembro de 2008.

Eduardo Campos é repórter

 

 

 

 

Governo reduz de 25% para 20% mistura de álcool na gasolina

 

Mistura de álcool na gasolina cairá para 20%

Autor(es): Karla Mendes

O Estado de S. Paulo - 30/08/2011

 

Medida anunciada pelo ministro Edison Lobão entrará em vigor a partir de 1º de outubro e será mantida por tempo ""indeterminado""


O governo vai reduzir de 25% para 20% a proporção da mistura de álcool anidro na gasolina a partir de 1.º de outubro. O anúncio foi feito ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. "Nós temos que garantir o abastecimento olhando para este ano e olhando para o próximo ano também porque verificamos que a safra do próximo ano não será muito melhor do que a atual. Então temos que tomar providência desde logo", justificou Lobão.

 O novo porcentual da mistura de álcool na gasolina valerá por tempo "indeterminado", segundo o ministro. "Depois calibraremos, verificando a resolução, no momento em que acharmos que há segurança para suspendermos", afirmou.

Além dessa medida de "segurança" contra desabastecimento do mercado e para inibir preços abusivos, Lobão ressaltou que medidas complementares já anunciadas, como o financiamento da estocagem, também serão adotadas.

Segundo o ministro, os parâmetros das linhas de financiamento com "favorecimento" aos produtores estão em fase de considerações finais do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A previsão, segundo Lobão, é de que as medidas sejam anunciadas nos próximos dias. O ministro da Fazenda também participou da reunião, além dos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Na semana passada, o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, disse que o Brasil deve ter dificuldades na produção de álcool nos próximos dois anos. "Nós vamos viver nos próximos dois anos dificuldades na produção do álcool no Brasil", afirmou o executivo, em audiência pública no Senado.

Gabrielli observou, no entanto, que não se trata de um problema de estoque, e sim de produção de cana-de-açúcar, tendo em vista um "movimento particular" no setor, pois os investimentos do setor privado não cresceram, a safra do Brasil de 2009 foi ruim e houve ainda quebra de safra na Índia, que é um dos maiores exportadores de açúcar do mundo.

MP. O etanol entrou no radar do governo em abril, quando foi editada a Medida Provisória 532, que alterou a margem de álcool na gasolina para 18% a 25%. O patamar anterior variava entre 20% e 25%.

Na prática, a medida prevê que, no caso de os preços aumentarem acima do esperado - como ocorreu no início do ano - o governo lance mão da estratégia de reduzir a mistura e aumentar a oferta de etanol no mercado.

A MP também autoriza que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passe a regular o setor, agindo diretamente na fiscalização das usinas. O objetivo é evitar o risco de faltar o combustível e conter a alta constante do produto durante a entressafra.

Isso porque a medida dá ao etanol o status de "produto estratégico" para o governo.

 

 

 

 

Multiplicação imobiliária

Por Silvia Rosa | De São Paulo

O boom no setor de construção civil e o crescente interesse dos investidores por aplicações em imóveis fizeram mais do que dobrar as ofertas de fundos imobiliários neste ano.

Até agosto, foram registradas 25 emissões na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que somaram R$ 4,68 bilhões, um aumento de 131,4% em relação ao mesmo período do ano passado. E há outros quase R$ 2 bilhões em operações que devem vir a mercado nos próximos meses.

A Brazilian Mortgages, uma das líderes desse mercado, com 32 fundos sob administração, sendo 19 listados em bolsa, já captou neste ano R$ 400 milhões em novas emissões e pretende chegar a R$ 2 bilhões até o final de 2011, volume 54% superior ao R$ 1,3 bilhão levantado em 2010. "Com a volatilidade na bolsa, o investidor passa a olhar mais as alternativas de investimento em ativos reais", afirma Vitor Bidetti, diretor da BM.

Em julho deste ano, a Brazilian Mortgages captou R$ 195,83 milhões em apenas cinco dias úteis com a distribuição do BM Cenesp, atraindo 2.695 pessoas físicas, o que mostra o forte apetite dos investidores para esse tipo de ativo.

Além dos tradicionais fundos que visam obter renda com aluguel de imóveis corporativos, novas opções de produtos começam a ganhar mercado. A BM deve abrir uma captação do fundo Excellence, criado em abril de 2008, cujo objetivo é investir em papéis com lastros imobiliários como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras Hipotecárias (LH) e Letras de Crédito Imobiliárias (LCI), sendo nesse caso atrelados a imóveis residenciais. A carteira, que conta com patrimônio de R$ 79 milhões, tem como meta oferecer um retorno de 105% do CDI.

A Rio Bravo também lançou no início deste ano, em parceria com a Companhia Brasileira de Securitização (Cibrasec), uma carteira de R$ 50 milhões, que irá comprar CRIs atrelados a recebíveis de imóveis residenciais localizados na cidade de São Paulo.

Entre as vantagens desse modelo de fundo imobiliário está a possibilidade de diversificação dos investimentos em imóveis e a volatilidade menor das cotas, uma vez que a rentabilidade desses papéis já é definida no momento da emissão, afirma José Diniz, diretor de fundos imobiliários da Rio Bravo.

Além da praticidade em não ter que se preocupar com a administração dos imóveis, o que fez com que esses ativos caíssem no gosto dos investidores foi o fato de oferecerem isenção de imposto de renda sobre os rendimentos para pessoas físicas. Com isso elas podem obter, muitas vezes, um retorno de cerca de 8% a 10% ao ano, superior à rentabilidade líquida de uma aplicação atrelada ao CDI, além da valorização das cotas na bolsa, explica Diniz da Rio Bravo.

Só neste ano, a Rio Bravo realizou três ofertas de fundos imobiliários, e tem mais três carteiras em estruturação que devem vir a mercado até o final de 2011.

A gestora acabou de fechar a oferta do The One, que tem como foco investimentos em lajes corporativas no edifício comercial de mesmo nome, e está trabalhando na quarta emissão do fundo Rio Bravo Renda Corporativa. A intenção com a captação é aumentar em R$ 50 milhões o patrimônio do fundo, hoje em R$ 102 milhões, para a realização de novas aquisições.

Atualmente, o portfólio é composto de seis unidades no JK Financial Center, além de uma laje corporativa no prédio Jatobá Green Buiding, e outra no Edifício Parque Paulista, todos em São Paulo. Desde 2005, o fundo entregou uma taxa interna de retorno, que inclui os rendimentos com aluguel mais a valorização das cotas, de 24% ao ano.

Apesar dos novos empreendimentos em construção na cidade de São Paulo, Diniz, da Rio Bravo, acredita que essa oferta não deve suprir a demanda por imóveis corporativos pelo menos até 2014, com os preços de locação devendo se estabilizar em patamares altos.

O Banco do Brasil Investimentos também abriu a segunda captação do BB Renda Corporativa, que tem como objetivo investir em pontos comerciais para serem alugados como agências bancárias para o BB. O portfólio, administrado pela Votorantim Asset Management, captou R$ 159 milhões na primeira emissão, realizada em maio deste ano, sendo 92% desse volume alocado por investidores pessoas físicas. "Tivemos uma forte demanda, que chegou a R$ 400,58 milhões, mais que o dobro da oferta", afirma Leonardo Loyola, gerente executivo de mercado de capitais do BB Investimentos. A aplicação mínima da operação foi de R$ 10 mil. "Os investidores têm procurado esse tipo de produto pela segurança que os imóveis representam", diz Loyola.

Apesar do crescimento, a participação dos fundos imobiliários na bolsa ainda é pequena no Brasil. Em julho, havia 122 em operação, que somavam patrimônio líquido de R$ 11,198 bilhões. Desse total, apenas 59 fundos, eram negociados em bolsa, e totalizavam R$ 10,34 bilhões em valor de mercado. Já nos Estados Unidos, essa classe de ativos, conhecida como Real Estate Investment Trust (REITs), somavam R$ 400 bilhões, com mais de 200 fundos cotados em bolsa.