05/10/2011

Ações de incorporadoras ensaiam recuperação na bolsa

Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br)

 

Ações da Rossi fecharam em alta de 7,42%, a R$ 8,98

Dados da PDG referentes ao terceiro trimestre têm boa recepção no mercado; analista recomenda atenção ao caixa das empresas.

As ações do setor imobiliário atravessaram a terça-feira (4/10) em terreno azul, se destacando na ponta positiva do Ibovespa, o principal índice de ações da bolsa brasileira.

O salto nos preços dos papéis de incorporadoras e construtoras veio um dia depois da PDG Realty exibir seus números de lançamentos e vendas no terceiro trimestre.

Se no caso da PDG o desempenho mais robusto não surpreendeu tanto, ao menos serviu como um alento sobre o que esperar dos resultados de suas concorrentes.

"A performance da PDG tem sido consistente ao longo do ano e, portanto, acreditamos que os dados do terceiro trimestre revelam a capacidade da empresa de sustentar um ritmo forte de crescimento", dizem os analistas do Santander, Flavio Queiroz, Fabiola Gama e Gonzalo Fernándes, em relatório.

A PDG alcançou um volume de lançamentos de R$ 2,654 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) durante o terceiro trimestre. As vendas contratadas da empresa totalizaram R$ 1,913 bilhão, ficando 3,3% maior do que no ano passado.

As ações da PDG fecharam em alta de 4,09% (para R$ 6,10). Os papéis de Rossi Residencial, MRV e Gafisa subiram 7,42% (para R$ 8,98), 6,26% (R$ 9,67) e 4,54% (R$ 5,30), respectivamente.

O ano não sido favorável para os papéis de incorporadoras de imóveis na Bovespa, que se situam com ênfase dentre as principais desvalorizações acumuladas em 2011.

Não bastasse a crise financeira, razão pela qual poucos setores escapam, as medidas do governo para conter o consumo e a escalada nos juros no começo do ano abateram fortemente as componentes da área de imóveis na bolsa.

Para o analista Marcello Milman, do departamento de análise do BTG Pactual, o investidor deve ficar atento ao fluxo de caixa das incorporadoras nesta temporada de balanços.

"Tendo queimado cerca de R$ 500 milhões do caixa no último trimestre, uma evolução tímida no terceiro trimestre pode evitar uma retomada mais significativa nas ações da PDG", alerta Milman em relatório.

Longo prazo

Luiz Mauricio Garcia, Carlos Firetti e Alain Nicolau, membros da equipe da Bradesco Corretora, pedem atenção aos fundamentos de longo prazo da indústria imobiliária no Brasil.

"Vemos as empresas do setor se beneficiando de impulsos poderosos que devem continuar a prevalecer no Brasil, como taxa baixa de desemprego e uma demanda elevada de uma vasta população jovem", destacam os analistas em relatório.

Diante das fortes perdas do setor na bolsa, a sugestão agora é escolher o caso mais atrativo de retomada.

As ações preferidas da equipe da Bradesco Corretora são: Cyrela, Brookfield, Gafisa, Helbor, Rossi e PDG.

 

 

 

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