22/06/2007

Bovespa abre em baixa e pregão pode ser instável

A sexta-feira sinaliza mais um pregão instável na Bolsa de Valores de São Paulo. Persiste o receio dos investidores de que os problemas enfrentados pelos fundos de investimento muito alavancados (que se endividam para buscar lucro maior) do Bear Stearns nos EUA possa contaminar outros fundos que tenham títulos de crédito imobiliário de alto risco (subprime). Além disso, a queda expressiva registrada pelas Bolsas da China hoje, refletindo temores de que o governo anuncie, no fim de semana, medidas de aperto monetário para controlar o mercado acionário, ajuda a deixar o mercado na defensiva.

A Bovespa abriu no vermelho e cedia 0,29% a 54.497 pontos às 10h21, em sintonia com o movimento das bolsas em Wall Street. O juro do títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos registrava leve alta, projetando taxa de 5,189% ao ano. Como não há nenhum indicador econômico previsto nos EUA, os negócios tendem a ficar ainda mais suscetíveis aos humores do mercado de Treasuries (títulos americanos) e a qualquer notícia relacionada ao mercado hipotecário subprime. Na Europa, as bolsas européias também operam no campo negativo, sendo que as ações do Barclays na Bolsa de Londres cediam 1,1%, após o banco admitir que estava exposto aos fundos do Bear Stearns.

Liquidez

Segundo especialistas em renda variável, a Bolsa brasileira só está conseguindo avançar - o índice Ibovespa bateu os 55 mil pontos pela primeira vez na história esta semana - por causa do excesso de liquidez. O volume financeiro da Bovespa nos últimos dias tem superado os R$ 4 bilhões, acima da média diária do ano, de R$ 3,8 bilhões. Esse dinheiro que está entrando na Bolsa é proveniente, em grande parte, de investidores locais.

Mais uma empresa faz sua estréia na Bovespa. Depois do sucesso da Log-In ontem, é a vez da EZ Tec, do setor de construção.

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