Eu acredito que a taxa de juros real deve chegar a 4,5% ou 5% anuais, com a Selic em 7,5% ou 8,0% no prazo um ano a um ano e meio, afirmou o executivo, que também é sócio da gestora de recursos Mauá Investimentos.
Segundo ele, o nível de taxa de juros ainda elevado é um dos motivos, embora não o único, que faz o real estar apreciado atualmente.
Não estamos num equilíbrio ótimo (de taxa de câmbio) porque os juros ainda são muito altos. Mas este é um motivo temporário para a valorização da moeda e existem outros permanentes, afirmou.
Para ele, a elevação dos preços dos produtos exportados pelo Brasil desde 2002, o aumento da confiança dos estrangeiros em relação ao país e a desvalorização do dólar em relação a outras moedas no mundo todo também explicam a valorização do real.
De acordo com Figueiredo, não foi apenas o preço das commodities exportadas pelo País que aumentou.
Embora não tenham subido tanto, o preço dos industrializados também subiu, afirmou.
Além disso, o Brasil deixou de ser um país totalmente alavancado, muito volátil e com risco de quebrar, como era no passado, disse, lembrando que essa mudança na percepção de risco também contribui para tornar o real mais forte.
Em relação ao comportamento dos mercado, Figueiredo acredita que um eventual estouro na bolha da Bolsa de Xangai não afetará os mercados mundiais. Além do fato de a bolsa chinesa estar muito restrita aos investidores locais, ele lembra que uma queda no preço das ações na China não impediria aquele país de continuar a registrar taxas de crescimento significativas.
O executivo participou hoje do 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, evento realizado na capital paulista.
Fonte: O Globo
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