24/08/2011

Ibovespa consolida ganhos durante a tarde e fecha com forte alta de 2,57%

SÃO PAULO - Após operar por quase toda manhã no campo negativo, tendo
chegado a cair 1,12%, o Ibovespa reverteu o sinal no início da tarde e
manteve um avanço constante durante o pregão desta terça-feira (23),
fechando com forte alta de 2,57%, aos 53.786 pontos. O giro financeiro
foi de R$ 5,752 bilhões.

Em sessão volátil, o benchmark da bolsa brasileira acompanhou o bom
humor dos mercados internacionais, com os dados da atividade
industrial da Zona do Euro e da China melhores do que o esperado
ofuscando o resultado negativo das vendas de novos imóveis nos EUA. O
indicador PMI da Europa registrou 51,1 pontos, frente as estimativas
de recuo para os 50 pontos. Enquanto isso, o PMI da China mostrou
avanço de 49,3 para 49,8 pontos.

Já no front doméstico, os investidores digeriram o resultado abaixo
das expectativas divulgado pela Eletrobras.

Destaques do pregão
Na ponta positiva, destaque para as ações da Telemar Norte Leste
(TMAR5) que após terem ficado com a maior queda do pregão da véspera,
lideraram os ganhos desta sessão ao registrarem alta de 8,21%, cotadas
a R$ 46,00.

Já na ponta negativa, o destaque ficou por conta das ações da
Eletrobras (ELET3, -3,67%, R$ 16,00; ELET6, -2,74%, R$ 20,62), após a
companhia reportar números decepcionantes em seu balanço do 2T11.

Agenda
No Brasil, a terceira prévia de agosto do IPC-S (Índice de Preços ao
Consumidor - Semanal) marcou taxa positiva de 0,31%, segundo dados
divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O indicador apresentou
acréscimo de 0,14 ponto percentual em relação à segunda prévia de
agosto, que foi de 0,17%.

Ainda por aqui, a conta de transações correntes do balanço de
pagamentos do Brasil com o exterior apresentou em julho um superávit
de US$ 3,5 bilhões, segundo informou o Banco Central. Porém, no
acumulado dos últimos 12 meses foi apurado déficit de de US$ 47,9
bilhões, equivalente a 2,10% do PIB (Produto Interno Bruto). No mês, a
balança comercial apontou superávit em US$ 3,1 bilhões.

Já nos EUA, o número de casas novas vendidas em julho, mensurado pelo
New Home Sales, marcou vendas anualizadas de 298 mil residências no
mês, vindo abaixo das perspectivas do mercado (310 mil).

Bolsas Internacionais
Nos EUA, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de
tecnologia norte-americanas, fechou em forte alta de 4,29% e atingiu
2.446 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se
3,43% a 1.162 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o
desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 2,97%
a 11.177 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou alta de 1,08% e
atingiu 3.084 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de
Frankfurt valorizou-se 1,07% chegando a 5.532 pontos e o FTSE 100, da
bolsa de Londres, subiu 0,67% a 5.129 pontos.

Dólar
O dólar comercial cotado a R$ 1,602 na venda, queda de 0,12%. Já o
dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa,
fechou cotado a R$ 1,6036 na venda, alta de 0,17%.

No front interno, destaque para a realização do realização de um
leilão para compra de dólares no mercado à vista, pelo Banco Central.
A operação ocorreu entre 15h44 (horário de Brasília) e 15h49, com taxa
de corte de R$ 1,6015.

Renda Fixa
No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, as taxas dos principais
contratos de juros futuros fecharam em rumos opostos, com leve alta
nos vencimentos mais curtos e queda nos mais longos nesta terça-feira.
O contrato de juros de maior liquidez nesta terça-feira, com
vencimento em janeiro de 2012, registrou uma taxa de 12,13%, 0,02
ponto percentual acima do fechamento de segunda-feira.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais
líquido, o Global 40, fechou com queda de 0,04% em relação ao
fechamento anterior, a 137,50% do valor de face.

Já o indicador de risco-País fechou em alta de 2 pontos-base, aos 210 pontos.

Confira a agenda da próxima sessão
No front doméstico, o Banco Central reporta a Nota de Política
Monetária de julho, que traz estimativas sobre a base monetária, os
empréstimos de bancos privados e o total de empréstimos no mercado
financeiro.

Enquanto isso, nos EUA, serão divulgados o Durable Good Orders de
julho, que avalia o volume de pedidos e entregas de bens duráveis no
período, além do FHFA - House Price Index, que mensura o preço cobrado
pelas hipotecs às famílias norte-americanas.

Fonte: InfoMoney

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