01/06/2011

Câmara dos EUA rejeita aumentar limite da dívida americana

A Câmara dos Representantes (deputados federais) dos EUA rejeitou
nesta terça-feira a proposta de aumentar o teto da dívida do país, em
medida vista por analistas como uma tentativa de pressionar o governo
a cortar custos.

A Câmara é de maioria republicana, de oposição ao presidente Barack
Obama, e a rejeição na Casa à proposta de aumento do teto já era
esperada nesta terça.

Em meados de maio, Estados Unidos alcançaram nesta segunda-feira o seu
limite legal de endividamento, de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 23,2
trilhões).

Nesta terça, a maioria dos representantes (318 contra 97) votou pela
rejeição à proposta feita por Obama para aumentar o limite da dívida
sem precondições.

O Departamento do Tesouro advertiu que, se o Congresso americano não
elevar o limite até agosto, aumenta o risco de que o país se torne
inadimplente.

Líderes republicanos não indicaram que se manterão irredutíveis contra
a proposta, mas alegam que o governo tem de reduzir seus gastos.

'Negativa'
A renegociação do teto da dívida é comum no Congresso e ocorre de
forma periódica desde que foi estabelecido um limite ao endividamento
do país, em 1917.

Segundo disse em meados de maio o secretário do Tesouro, Timothy
Geithner, com as medidas adotadas em relação à suspensão dos
investimentos nos fundos de pensão, será possível evitar ultrapassar o
teto apenas até 2 de agosto.

Em abril, a agência de classificação de risco Standard & Poor's
(S&P's) rebaixou sua perspectiva da dívida dos Estados Unidos de
"estável" para "negativa".

A medida reflete a preocupação com o tamanho da dívida e do deficit
dos Estados Unidos.

Fonte: Uol

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