fusão Carrefour-Pão de Açúcar como um antecipação do empresário Abílio
Diniz (dono do grupo varejista brasileiro) a movimentações de mercado
que mais cedo ou mais tarde poderiam ocorrer.
"Se ele [Diniz] não negociasse com o Carrefour, o Wal-Mart [gigante
americano de varejo] poderia comprar, ou mesmo um outro grande grupo
varejista de fora", avalia o consultor.
Unindo forças com o Carrefour, o grupo varejista brasileira multiplica
sua distância frente aos demais concorrentes e levanta uma espécie de
"barreira de entrada" a possíveis rivais no mercado brasileiro,
acrescenta Morita.
O consultor ressalta ainda que a possível fusão com o Carrefour
"embola" o acordo com o grupo francês Casino, um importante acionista
do Pão de Açúcar.
Pelo acordo entre Pão de Açúcar e Casino, a empresa francesa tem a
opção de assumir o controle do gigante brasileiro daqui a um ano,
indicando um nome para a presidência do Conselho de Administração.
Nesse sentido, a fusão com o Carrefour tem outro objeto implícito:
impedir a perda de controle sobre Pão de Açúcar. "A biografia do
Abílio Diniz mostra que ele não foge das brigas: já teve aquele
conflito com os irmãos, com o grupo Sendas, e esse agora", comenta
Morita.
E em termos de impacto para o consumidor, ele observa as principais
consequências para os clientes da região Sudeste, onde Pão de Açúcar e
Carrefour concentram suas operações. "Nas demais regiões do país, nós
temos outros grandes grupos, além da força dos supermercados
regionais", avalia.
Fonte: Folha.com
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