22/06/2011

Direto ao ponto: Europa dilui temores e Ibovespa guarda espaço para mais um repique

SÃO PAULO - Entre a expectativa pela aprovação do parlamento grego ao
recém constituído governo do primeiro-ministro George Papandreou e a
menor pressão inflacionária brasileira em junho, o Ibovespa terminou a
última terça-feira (21) em alta de 0,42%, aos 61.423 pontos. Assim, já
são três pregões consecutivos de fechamento no positivo, embora com
ganhos modestos.

O assessor de investimentos da Intrader, Edson Hydalgo Júnior,
justifica a alta de 0,6% nesta semana a um movimento de repique do
mercado, já que o Ibovespa recua 4,95% no mês e 11,37% no ano. "Há
espaço para o índice chegar aos 62.500 pontos", ele diz, projetando
mais uma leve alta para a próxima sessão.

Para a bolsa doméstica deslanchar, no entanto, dois fatores precisam
ser resolvidos no curto prazo, diz Hydalgo. O primeiro é a aprovação
do Parlamento grego ao novo pacote de austeridade, tido como fator
condicionante da liberação da quinta parcela, de € 12 bilhões, do
plano de financiamento acordado entre o país, o BCE (Banco Central
Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Já nos Estados Unidos, para evitar um default, o Congresso precisa
elevar o teto legal de endividamento. Na véspera, o secretário do
Tesouro, Timothy Geithner, afirmou que um grupo bipartidário liderado
pelo vice-presidente, Joe Biden, já fez "bastante progresso". Se o
país não aumentar o teto da dívida pública e, como consequência, não
cumprir o pagamento de juro nominal em 15 de agosto, a Fitch colocará
os ratings dos Estados Unidos em "default restritivo", informou a
agência na última terça-feira.

Reunião do Fomc não tira atenção da Grécia
A sessão traz as encomendas da indústria em abril e a confiança do
consumidor em junho, ambos na Zona do Euro. Nos Estados Unidos, além
dos índices de preços residenciais, acontece a reunião de política
monetária do Fomc (Federal Open Market Comittee). No encontro seguido
pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, o
consenso aponta para a manutenção da taxa de juros em seu atual
patamar.

Hydalgo explica que, sem a expectativa de uma nova elevação, o evento
não tem força para tirar as atenções da Grécia. Ainda assim, ele faz
uma ressalva, ao considerar que qualquer posicionamento dos executivos
acerca do aumento do teto da dívida norte-americana poderia trazer uma
melhora de humor ao mercado.

Fonte: InfoMoney

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