do Euro, combinada com a piora do mercado de trabalho norte-americano,
trouxe um clima de tensão aos principais mercados globais no pregão da
última quarta-feira (1). O Ibovespa seguiu a tendência externa de
baixa e recuou 1,87%, aos 63.411 pontos, neutralizando os ganhos de
terça-feira.
Perto do final da última sessão, a agência de classificação de risco
Moody's reduziu o rating para a dívida soberana da Grécia de B1 para
Caa1, mantendo a perspectiva negativa para a nota. Segundo a
instituição, em um horizonte de cinco anos, metade dos países e
entidades sob o rating Caa1 cumpriram suas obrigações de dívida,
enquanto a outra parte optou pelo default - o que indica que a Moody's
vê 50% de chance de a Grécia dar o temido calote em seus credores.
O diretor da Leandro Stormer Trading, Leandro Ruschel, considera que
ao mesmo tempo em que o corte do rating era cotado na agenda de parte
do mercado, ou seja, uma notícia esperada, a questão mais importante
com a redução da nota é que a possibilidade de um default se estenda
para outros países, como Espanha ou Itália.
Agenda
A agenda desta quinta-feira traz os pedidos de auxílio-desemprego nos
Estados Unidos, a produtividade do trabalhador, além das expectativas
do consumidor norte-americano. Por aqui, há a divulgação do último
indicador de inflação da semana, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao
Consumidor - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em maio.
O noticiário negativo acerca do mercado de trabalho norte-americano
nos últimos dias inspira certa cautela. Ainda assim, Ruschel acredita
que "o noticiário dos últimos dias só confirma a tendência baixista do
índice".
Pregão pode sinalizar a tendência do índice no curto prazo
O diretor da Leandro Stormer frisa que o mercado segue com viés
negativo, embora tenha repicado nos últimos pregões. Desta forma,
acompanhar o desempenho deste pregão torna-se uma forma de referenciar
a recuperação do índice no curto prazo, já que um novo movimento
negativo sugeriria a piora de desempenho nas próximas semanas,
enquanto a estabilidade sinalizaria que o mercado absorveu as notícias
negativas e está pronto para seguir em frente, explica Ruschel.
Fonte: InfoMoney
Nenhum comentário:
Postar um comentário