20/06/2011

Bolsa opera em alta, e dólar oscila

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) operava em alta nesta
segunda-feira (20), após registrar queda no início do pregão. Por
volta das 12h45, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) subia
0,67%, aos 61.466,33 pontos.

Em Wall Street, o índice Dow Jones, o principal dos Estados Unidos,
tinha alta de 0,75%.

A cotação do dólar comercial seguia quase estável, com ligeira baixa
de 0,06%, a R$ 1,596 na venda.

A cotação do euro tinha ligeira valorização de 0,03%, a R$ 2,282 na venda.

Agência eleva nota do Brasil

Enquanto a preocupação com a crise na Grécia seguia influenciando
negativamente a Bolsa, a elevação da nota do Brasil em um nível, de
Baa3 para Baa2, feita pela agência de classificação de risco Moody's
também pesava, neste caso, de forma positiva.

Uma nota mais alta significa que o Brasil seria mais recomendável para
investidores. No entanto, agências de avaliação de risco, como a
Moody's, foram criticadas por terem falhado na detecção de problemas
que levaram à crise global de 2008/2009.
Bolsas asiáticas

As Bolsas de Valores asiáticas voltaram ao vermelho, depois que os
ministros das Finanças da zona do euro adiaram a decisão de conceder
empréstimos emergenciais para a Grécia, reduzindo esperanças de uma
solução rápida ao impasse político.

Os ministros não resolveram se será liberada a parcela de US$ 17
bilhões para a Grécia, aumentando a pressão para que Atenas imponha
duras medidas de austeridade fiscal.

As autoridades acrescentaram, porém, que ainda esperam que o pagamento
seja realizado em meados de julho. O dinheiro é parte do pacote de
resgate concedido pela União Europeia e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) ao país altamente endividado.

Em Tóquio, o índice Nikkei chegou a subir 0,7%, mas fechou quase
estável, em alta de 0,03%.
Aumento da inadimplência

O aumento da inadimplência dos consumidores brasileiros já está
provocando temores sobre o possível estouro de uma bolha de crédito,
segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário econômico
britânico "Financial Times".

O jornal observa que a proporção de empréstimos com pagamentos
atrasados por mais de 90 dias vem crescendo rapidamente nos últimos
meses e deve chegar a 8% até o final do ano, na avaliação da agência
de avaliação de crédito Serasa Experian.

A reportagem comenta que a inadimplência dos consumidores brasileiros
ainda permanece baixa em relação à média histórica de mais de 10% e
ainda está em um nível considerado razoável, mas já está acima da
maioria dos outros grandes mercados emergentes.
Santander reduz perspectiva de lucros de siderúrgicas

O Santander espera que a demanda da indústria siderúrgica brasileira
cresça de forma mais lenta que a esperada e prevê que companhias como
Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3) se tornem
significativamente menos lucrativas.

"Uma combinação infeliz de custos mais altos que o esperado, vendas em
volume menores que o estimado, preços mais fracos e câmbio mais
apreciado são as principais razões por trás de nossas estimativas",
afirma a corretora em relatório a clientes.

O Santander reduziu as expectativas de crescimento da demanda de aço
do Brasil em três pontos percentuais, para 7% em 2011, e 8% em 2012. A
corretora do banco também cortou a estimativa para lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em
inglês) das três siderúrgicas.
Agenda do investidor

O destaque da semana fica por conta da reunião do Federal Reserve
(Fed), banco central americano, que marca o encerramento oficial do
programa de compra de US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro americano,
o chamando "Quantitative Easing 2".

Merece atenção a fala de Bernanke após o encontro, do qual deve sair a
manutenção do juro básico entre zero e 0,25% ao ano. Recentemente, o
presidente do Fed reconheceu o momento de menor crescimento da
economia, mas mostrou confiança de que a situação volta ao normal no
segundo semestre. Ou seja, um novo programa de ajuda não está em
gestão.

No Brasil, são destaques o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15
(IPCA-15) de junho, que deve confirmar a desaceleração da inflação
captada pelas coletas diárias, e a taxa de desemprego de maio.

Fonte: Uol

Nenhum comentário: