02/06/2011

Destaques Bovespa - 02/06/2011

Banco Daycoval - A agência de classificação de risco Moody's atribuiu pela primeira vez notas de risco de crédito para o Banco Daycoval. A Moody's definiu rating "D+" de força financeira de bancos (BFSR), rating "Baa3" (primeiro patamar de grau de investimento) em escala global em moeda local de longo prazo e "Prime 3" de curto prazo. Além disso, para os depósitos em moeda estrangeiro de longo prazo atribuiu o rating "Baa3", e de curto prazo, "Prime 3". De acordo com a agência, a perspectiva dos ratings é estável. A notícia é marginalmente positiva para o banco.

Cemig – Banco do Brasil – Após a aquisição do direito de operar o Banco Postal por cinco anos, o BB afirmou que planeja abrir de 9 a 10 milhões de contas correntes, isto é, o dobro dos 5 milhões de clientes que o Bradesco conquistou durante os nove anos em que operou o serviço. Além disso, o Banco do Brasil espera que o retorno do investimento feito no Banco Postal ocorrerá em 2013, e que até o final de 2012 os R$ 2,8 bilhões a serem desembolsado pelo BB deverão voltar ao banco estatal. A notícia é apenas informativa, porém mostra uma postura agressiva do banco em relação às estratégias que serão adotadas para expandir suas operações e obter o retorno de seus investimentos.

Tereos – A companhia anunciou que, por meio de sua subsidiária Syral do Brasil, assinou um contrato para adquirir 70,32% do capital social total e votante da Halotek-Fadel, uma produtora de amido de mandioca com sede em Palmital (SP). A Syral pagará R$ 49 milhões, dos quais R$ 15 milhões serão aportados diretamente na Halotek-Fadel. Os recursos serão investidos diretamente na Halotek-Fadel e serão destinados para a expansão da capacidade, atualmente de 60 mil toneladas por ano, e da linha de produtos da unidade industrial. Trata-se do primeiro investimento da Tereos em amido no Brasil. A notícia é apenas informativa.

Cemig – Segundo matéria divulgada no jornal "O Estado de São Paulo", a Taesa, empresa de transmissão de energia controlada pela Cemig, negocia a compra do controle da espanhola Abengoa no Brasil por um valor em torno de R$ 1 bilhão. A Abengoa, que investe no Brasil há cerca de 10 anos, possui atualmente 11 concessões em operação, totalizando mais de 4 mil quilômetros de linhas, além de possuir duas unidades de produção de etanol. Após a aquisição da Terna, dois anos atrás, a rede da Cemig atingiu 8 mil quilômetros de extensão, o que ampliou sua participação no mercado de transmissão de energia elétrica de pouco mais de 5% para aproximadamente 13%. A notícia não foi confirmada oficialmente por nenhuma das empresas, porém poderá trazer certa pressão sobre os papéis da Cemig no curto prazo, com os investidores receosos sobre o valor da aquisição. Porém, no longo prazo a notícia é positiva para a companhia, uma vez em que a empresa visa investir no setor de transmissão de energia, que apresenta altas margens e riscos reduzidos.

Raízen (Cosan) – O vice-presidente de etanol, açúcar e bioenergia da companhia, Pedro Mitzutani, comentou ontem sobre os planos de investimento da joint venture, que prevê investimentos na ordem de R$ 1 bilhão por ano, nos próximos 5 anos, para elevar a capacidade de moagem de suas 24 usinas de 62 milhões para 70 milhões de toneladas ano, em uma primeira etapa, e depois eleva a capacidade total para 100 milhões de toneladas ano através de um "mix de aquisições e novas usinas". De acordo com o executivo, a companhia deve moer aproximadamente 58,1 milhões de toneladas de cana nesta safra, valor inferior a capacidade instalada, porém 7% superior ao mesmo período do ano passado. A estimativa trabalhada pela companhia é de uma produção para este ano de 4,4 milhões de toneladas de açúcar (crescimento de 12,8% no ano) e 2,2 milhões de toneladas de etanol (crescimento de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado) – o mix deve permanecer em 55% açúcar e 45% etanol. Mitzutani ainda afirmou que com os custos de produção por volta de 18 a 20 cents por libra e com um preço de 22 a 23 cents por libra em Nova York, não há incentivos paea a construção de novos projetos do tipo greenfield. A empresa hoje possui quatro projetos com orçamento aprovado e licenças ambientais obtidas – um em Minas Gerais, dois em Goiás e um no Mato Grosso do Sul. As declarações são positivas para as ações da companhia no longo prazo, porém já foram precificados no pregão de ontem (01).

Oi – De acordo com matéria vinculada ao jornal O Estado de S. Paulo, a Oi apresentou ao governo uma proposta de ofertar por apenas R$ 35,00 banda larga de 1 Mbps para as cidades pobres e sem serviço de banda larga, porém realizou a ressalva de que não deseja que esta obrigação valha para as 600 cidades com o maior IDH – locais onde a companhia tem uma receita mais expressiva e maior competição. O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, acredita que a companhia erra nessa estratégia, pois se a Oi não deseja ofertar o serviço nas capitais, "alguém vai oferecer". Segundo o Ministro, outras companhias, como a Telefônica, ainda não terminaram suas respectivas rodadas de negociações com o governo. O fato é que nada foi definido até o presente momento, porém a Oi vem despontando na disputa com as demais companhias. A notícia é marginalmente positiva para Oi, dada a proximidade da conclusão de um acordo com o governo, e negativa para a Telebrás, que cada vez mais está assumindo uma posição de regulação sobre o Plano Nacional de Banda Larga do que funções operacionais. 

Fonte: Um Investimentos

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