14/06/2011

Destaques Bovespa - 14/06/2011

Setor de Aviação – De acordo com notícia veiculada no jornal "Valor
Econômico", as cinzas do vulcão chileno Puyehue fizeram com que a TAM
e a GOL cancelassem todos os vôos com origem e destino para os
aeroportos de Buenos Aires (Argentina) e em Montevidéu (Uruguai).
Porém, segundo uma nota da FAB (Força Aérea Brasileira), a dispersão
das cinzas vulcânicas não deve avançar sobre o espaço aéreo
brasileiro, caso as condições atmosféricas atuais sejam mantidas.
Indefinições sobre a situação de aeroportos na região são
marginalmente negativas para as empresas do setor.

Brasil Foods – De acordo com matéria veiculada no "Valor", visando
evitar o veto à união da Sadia e Perdigão, representantes das duas
empresas iniciaram, na noite de ontem (13), novas negociações com o
Cade. De acordo com o vice-presidente de assuntos corporativos da
empresa, Wilson Melo, a expectativa é que o pedido de vista represente
uma oportunidade de a empresa levar os seus argumentos, referindo-se
ao pedido de vista feito pelo conselheiro Ricardo Ruiz na última
reunião, pedindo mais tempo para ler o voto do relator, Carlos
Ragazzo, que concluiu que a compra da Sadia pela Perdigão deve ser
reprovada. Com isso, a BR Foods deverá apresentar nova proposta amanhã
e cabe a Ruiz decidir se vai dar novo prazo para a companhia, ou se
irá apresentar seu voto final sobre o caso. Cabe destacar que pela Lei
Antitruste (nº 8.884), o Cade tem 60 dias para julgar uma fusão, prazo
este que é interrompido sempre que chegam pedidos de realização de
estudos e pareceres. Com isso, correram 10 dias de prazo formal, o que
da mais 50 dias para o Cade realizar o julgamento. A notícia é apenas
informativa, porém aponta o grande interesse das companhias em chegar
a um acordo com o Cade.

Cosan – A companhia anunciou oficialmente ontem (14) a criação da
holding Novvi, criada a partir do acordo firmado em dezembro entre a
Cosan e a americana Amyris. O objetivo da formação da holding é a
produção do chamado "farneseno", matéria prima renovável, advinda da
cana, utilizada na produção óleos básicos, sua aplicação inicial
deverá ser na produção do diesel de cana e no óleo doméstico. A
Amyris, dona da tecnologia, produz atualmente 6 a 9 milhões de litros
por ano em escala mundial e pretende produzir cerca de 50 milhões de
litros no ano que vem. O papel da Cosan Lubrificantes será de
colaborar diretamente na venda do produto através de sua plataforma
comercial e abastecimento da matéria prima – cana. A Amyris já produz
o farneseno em uma unidade no interior de São Paulo e em uma unidade
nos EUA (estão construindo uma fábrica na Espanha também). Duas novas
unidades no Brasil já foram anunciadas. De acordo com as companhias, o
óleo que será produzido deverá ser mais barato ou semelhante ao óleo
comum. O mercado de lubrificantes soma US$ 30 bilhões por ano e o
Brasil está entre os 3 maiores player do mundo. A notícia é positiva
para as ações da companhia.

Lojas Renner - A companhia informou ontem que o conselho de
administração da empresa aprovou a emissão de R$ 300 milhões em
debêntures de duas séries com vencimentos entre 2016 e 2017 e com
valor nominal de R$ 10.000 e data de emissão em 15 de julho de 2011.
Ainda segundo a Lojas Renner, a quantidade de debêntures emitidas de
cada série dependerá do potencial da demanda no processo de
bookbuilding coordenado pelo Banco Santander no Brasil. A notícia é
apenas informativa e não deverá impactar as ações da companhia na
sessão de hoje.

Setor de papel e celulose – De acordo com dados da ABPO, as vendas
domésticas de papelão ondulado caíram cerca de 0,5% em maio, na
comparação anual, totalizando cerca de 281,902 mil toneladas no
período. Na comparação com abril, houve um crescimento de 9,4% nas
expedições do produto. Nos 5 primeiros meses do ano, as vendas
cresceram 0,7% frente ao mesmo período do ano passado, totalizando
1,299 milhões de toneladas. A notícia é neutra para os ativos dada a
baixa expressividade do crescimento das vendas em ambas as bases.

Vale – De acordo com notícia apurada pelo jornal "Valor Econômico", os
controladores da Vale (Funcef, Previ, Petros e Funcesp) e outros
acionistas de grande porte (Bradesco, Mitsui e BNDES) deseja
participar mais ativamente da gestão de Murilo Ferreira, coisa que não
ocorreu no passado, durante a gestão de Roger Agnelli. De acordo com
Carlos Alberto Caser, diretor-presidente da Funcef, declarou que os
controladores desejam manter reuniões periódicas com o novo presidente
da companhia. A notícia é de cunho informativo, devendo ter um impacto
neutro sobre os ativos, dado que o tipo de influência que será
exercida pelos acionistas sobre a nova direção ainda não está clara
para o mercado.

Dasa – De acordo com matéria divulgada no jornal "Valor Econômico", a
Dasa encontra dificuldades para atuar na área de saúde pública em
Santa Catarina, devido à existência de sócios estrangeiros na
companhia, que possuem pelo menos 45% do capital da mesma. Segundo a
lei orgânica da saúde e a Constituição Federal, apenas empresas com
capital exclusivamente nacional podem participar de licitações de
saúde, com exceção dos casos de licitações para os planos de saúde. Em
São José, os laboratórios Bioclínicas, Continente e Santa Filomena
impediram a presença da companhia há 60 dias, por meio de uma ação na
justiça comum. Já em Florianópolis, um grupo de oito laboratórios
solicitou a anulação do contrato entre a prefeitura da cidade e a
empresa, por meio de uma representação no Ministério Público do
estado. Além disso, outras cidades, como Joinville, já se movimentam
com o objetivo de impedir a entrada da companhia nos seus respectivos
municípios. Vale lembrar que a companhia possui contratos com 36
secretarias de saúde, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. A notícia é negativa para a
companhia, pois pode desencadear uma reação semelhante em outros
estados e municípios, afetando a geração de caixa da empresa.

LBR – De acordo com matéria divulgada no "Valor Econômico", a LBR –
Lácteos Brasil, interrompeu temporariamente a produção de 4 das suas
30 unidades. A empresa vem passando, desde a sua criação, com a união
entre a Bom Gosto e a Leitbom, por um forte processo de integração. A
LBR com o intuito de obter sinergias optou por concentrar sua produção
para aumentar competitividade e escala. Além disso, a empresa vem
definindo a estratégia para as marcas do seu portfólio, 15 no total,
das quais a empresa admite que de algumas delas devem desaparecer, e
definir algumas marcas para atuação nacional e outras para mercados
locais. Cabe ressaltar que a companhia planeja investir R$129 milhões
para modernizar suas fábricas, dos quais R$100 milhões são
contrapartidas dos fornecedores, que devem ser pagos por meio
contratos de leasing. A notícia é marginalmente positiva para a
companhia uma vez em que deverá trazer uma maior competitividade, com
ganhos de sinergia. Além disso, segundo Fernando Falco,
diretor-presidente da companhia, nos cinco primeiros meses do ano a
LBR está perto de seu break-even, porém ainda no campo negativo devido
aos custos de integração.

Magazine Luiza - A companhia anunciou ontem (13) que adquiriu 121
pontos de venda do Baú da Felicidade por R$ 83 milhões. Cabe ressaltar
que a empresa adquiriu apenas os pontos de venda e não a empresa. A
maior parte das lojas adquiridas está no Paraná, local onde o Magazine
não tem uma presença tão forte. Essa aquisição está alinhada aos
planos de expansão da companhia na região sul do país, que vem
ocorrendo desde 2004, com a aquisição das Lojas Arno. Com essa
operação a empresa passa a ter 121 lojas no mercado paranaense (80
lojas do Baú) ficando atrás apenas da líder local a MercadoMóveis,
proprietária de 127 lojas. A empresa mantém o segundo lugar no ranking
nacional de varejo de móveis e eletrônicos, atrás do Grupo Pão de
Açúcar, e passa a ter 732 pontos de venda. A notícia é positiva para a
companhia no longo prazo, uma vez em que essa operação pode ser vista
não só como uma forma de expansão, mas também como uma forma de se
proteger da concorrência. A informação já foi precificada no pregão de
ontem .

Setor de alimentos – Está marcado para hoje (14) a retomada nas
negociações em Genebra, sobre a entrada da Rússia na Organização
Mundial do Comércio (OMC). A principal pauta das discussões é sobre o
apoio brasileiro para a entrada da Rússia na OMC – que está
condicionado à liberação do embargo a entrada de carnes de 85
estabelecimentos frigoríficos brasileiros e a maiores participações do
país dentro das cotas de importação estabelecidas pela Rússia - que
vem tentando se tornar auto-suficiente no mercado de carnes (reduzindo
substancialmente as cotas de importações de carnes que fazem
concorrência ao produtos russos). De acordo com estudo da FAO (Agência
da ONU para Agricultura e Alimentação), o comércio internacional de
carnes será extremamente afetado por essa redução das importações
russas - devendo desacelerar de um crescimento médio de 4,4% ao ano
nos últimos 10 anos para um crescimento de 1,7% ao ano para os
próximos 10 anos. A carta enviada pelo vice-presidente, Michel Temer,
contra os embargos ainda não foi respondida pela delegação da Rússia.
Aguardamos informações sobre o desenrolar da reunião de hoje (14) para
maiores detalhes.

Setor de Construção Civil - Segundo notícia publicada no jornal "O
Estado de São Paulo", as vendas de imóveis residenciais novos em SP no
mês de Abril tiveram uma queda de 28,3% na comparação anual e uma alta
de 48,1% sobre o mês anterior. Em relação aos lançamentos, segundo o
Secovi-SP , houve um recuo de 10,2% sobre o mesmo período de 2010 e
uma alta de 39,2% com se comparado com dados divulgados em março.
Além disso, no período entre janeiro a abril de 2011, o volume de
vendas foi 44% menor que o registrado nos quatro primeiros meses de
2010, enquanto os lançamentos recuaram 16% na mesma ocasião. A notícia
é apenas informativa.

Setor de energia – Em matéria divulgada pelo jornal "O Estado de São
Paulo", o secretário de energia de São Paulo, José Anibal, mostrou-se
contrário à intenção do governo federal de usar a renovação das
concessões, que vencem em 2015, para impor a redução do valor das
tarifas de energia. Atualmente o custo médio da tarifa de energia é
de R$ 85MWh, contudo, fontes do mercado afirmam que o governo irá
impor um preço de R$ 60MWh, estimativa do valor a ser cobrado na
futura hidrelétrica de Tele Pires. Mauro Arce, presidente da CESP
argumentou que a referência usada é um "ponto fora da curva" e que tal
preço comprometeria o resultado das companhias do setor, que é
considerado um dos mais caros e tributados do mundo. Nada está
definido até o presente momento, porém caso aprovada, o impacto será
negativo para o setor.

Fonte: Um Investimentos

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