22/06/2011

Destaques Bovespa - 22/06/2011

Brasil Foods – Em uma notícia vinculada ao jornal "Valor Econômico",
representantes da BR Foods e do conselho de administração do Cade se
reuniram ontem (21) durante três horas em Brasília para discutir
detalhes que poderiam formar um eventual acordo entre as partes no
caso da compra da Sadia pela Perdigão. Segundo uma fonte do jornal, o
conteúdo da reunião foi destinado apenas para discutir possíveis
pontos para viabilizar um acordo , não havendo uma proposta formal da
BRF de venda de marcas e fábricas em troca de uma aprovação pelo Cade.
O julgamento do caso será retomado em 13 de julho. A notícia é apenas
informativa e não deverá trazer impacto sobre os papéis da companhia.

Eletrobrás – Segundo o jornal "Valor Econômico", o passivo circulante
a descoberto das distribuidoras da Eletrobrás cresceu 35% no 1º
trimestre de 2011, totalizando R$ 735 milhões e levantando dúvidas
sobre a continuidade das operações de distribuição. O caso mais grave
consiste na Amazonas Energia, que possui um passivo de curto prazo a
descoberto de R$ 534 milhões e péssimos resultados operacionais
(EBITDA de R$ 64 milhões negativos), reflexo do crescimento do custo
operacional, que não é repassado integralmente para o consumidor. De
acordo com Pedro Hosken, presidente das distribuidoras da Eletrobrás,
a solução para estas empresas é a injeção de capital por parte da
Eletrobrás, não especificando os valores. A notícia é marginalmente
negativa para a companhia, pois o problema já foi questionado em
demonstrativos financeiros anteriores. Cabe ressaltar que desde 2008,
R$ 5 bilhões em dívidas foram transformadas em capital, contudo, as
empresas continuam.

Embraer – De acordo com o vice-presidente de Aviação Comercial da
companhia, Paulo César de Souza e Silva, o contrato firme da Embraer
com a JetBlue será cumprido e a fabricante irá entregar 100 aviões
para a companhia norte-americana. A declaração veio após a JetBlue
anunciar que irá revisar sua frota e elevar o uso dos jatos
Embraer-190. Cabe destacar que até o final de março, a Embraer havia
entregue 49 aeronaves para a JetBlue, restando assim 51 unidades do
pedido firme na carteira de encomendas da companhia. A notícia é
marginalmente positiva para a Embraer, porém já estava relativamente
precificada, não devendo trazer impacto sobre seus papéis na sessão de
hoje.

JBS – Segundo notícia publicada no jornal "Valor Econômico", a JBS,
que detêm dois terços do capital da Pilgrim´s Pride, poderá emprestar
até US$ 100 milhões para a empresa norte-americana em caso de
renegociação de suas dívidas com seus credores nos EUA.  A alta das
commodities agrícolas e os altos níveis de produção de frango no
mercado elevaram os custos da empresa em US$ 188 milhões e
impossibilitaram o frigorífico americano de repassar esse aumento de
preço para o consumidor final, devido à alta oferta de carnes de aves
no mercado. A Pilgrim´s Pride, que já entrou em recuperação judicial
em 2008, teve sua perspectiva rebaixada de positiva para estável pela
Moody´s. A notícia é marginalmente negativa para a JBS devido às
dificuldades que a Pilgrim's Pride vem enfrentando no mercado.

OSX – Segundo a presidente do instituto estadual de meio ambiente,
Marilene Ramos, a licença ambiental da área do Rio de Janeiro
destinada para construção do estaleiro da OSX foi concedida ontem
(21), permitindo que a companhia inicie as obras de seu projeto no
estado. A notícia é positiva para os papéis da companhia, uma vez que
representa um importante passo para a viabilidade da empresa e início
da fabricação de produtos destinados ao afretamento naval.

Petrobrás – Em reação à elevação do rating soberano do Brasil de Baa3
para Baa2 pela Moody´s, a agência de classificação de risco optou por
elevar ontem (21) o rating em moeda estrangeira da Petrobrás de Baa1
para A3 e reduziu a perspectiva da nota da empresa de positiva para
estável, como reflexo da baixa probabilidade de que a estatal seja
prejudicada em caso de uma moratória geral da dívida brasileira. A
notícia é marginalmente positiva para a companhia.

Santander e Natura – Petrobrás – Em reação à elevação do rating
soberano do Brasil de Baa3 para Baa2 pela Moody´s, a agência de
classificação de risco optou por elevar ontem (21) o rating em moeda
estrangeira da Petrobrás de Baa1 para A3 e reduziu a perspectiva da
nota da empresa de positiva para estável, como reflexo da baixa
probabilidade de que a estatal seja prejudicada em caso de uma
moratória geral da dívida brasileira. A notícia é marginalmente
positiva para a companhia.

Setor de Bebidas – De acordo com notícia veiculada no jornal "Valor
Econômico", a Foster's rejeitou ontem (21) a proposta de US$10,06
bilhões que a britânica SABMiller, segunda maior cervejaria do mundo,
fez para adquirir a companhia, afirmando que a oferta subestima o
valor da empresa. Com isso surgiram rumores que a Molson Coors Brewing
Co. e a Grupo Modelo SAB, da qual a AB Imbev possui 50% do capital
social, também estão realizando negociações para tentar realizar
oferta conjunta pela Foster's. Outro ponto relevante apontado pelo
jornal é que caso a SABMiller venha a concretizar a compra da
Foster's, esta pode vir a se tornar um potencial alvo de aquisição da
AB Imbev. A notícia é apenas informativa, porém uma possível aquisição
desse porte poderia servir como um ponto de atenção sobre as ações da
Ambev.

Setor de Telefonia – De acordo com o jornal "Folha de São Paulo", o
governo irá anunciar um programa de telefonia fixa para o público de
baixa renda na próxima semana, com o objetivo de atender 12,6 milhões
de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, além dos aposentados
rurais. O serviço de 90 minutos mensais custará R$ 9,50, (80% menor
que a assinatura convencional de R$ 46 mensais) e estarão isentas de
ICMS. A notícia é marginalmente negativa para as companhias de
telefonia fixa, já que esta intervenção governamental deverá reduzir
as margens do setor e comprometer o resultado operacional das
companhias.

Vale – Segundo matéria divulgada no jornal "O Estado de São Paulo",
dentro do novo código de mineração que deve ser entregue no segundo
semestre do ano, o governo irá dobrar a alíquota dos royalties pagos
pelas mineradoras, de 2% para 4%. Além disso, está sendo discutida a
definição de outro tributo que deverá ser cobrado em grandes projetos
de exploração mineral, tributo este que só será cobrado das
mineradoras que atuarem em áreas de grande concentração de minério,
como em Carajás. A notícia é marginalmente negativa para as empresas
do setor, porém já é relativamente esperada pelo mercado. Além disso,
o governo da Mendonça, na Argentina, deve decidir até amanhã se
autoriza a retomada das obras da mineradora em seu território. A
companhia apresentou ontem (21) os detalhes sobre o plano de
investimentos do projeto de potássio Rio Colorado, cujos investimentos
devem totalizar cerca de US$ 5,5 bilhões. A notícia é apenas
informativa.

Fonte: Um Investimentos

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