07/06/2011

Direto ao ponto: mercado aguarda Bernanke, que avalia emprego nos EUA

SÃO PAULO - A bolsa brasileira, que conseguiu se descolar dos mercados
norte-americanos nas duas últimas semanas, apurando ganhos, desta vez
não resistiu ao pessimismo externo. Embora tenha iniciado o dia no
positivo, o Ibovespa reverteu sinal e ampliou as quedas no final da
tarde da última segunda-feira, para fechar em forte baixa de 1,98%,
aos 63.067 pontos.

"As bolsas começaram a semana ainda refletindo a preocupação com a
crise econômica global", diz o estrategista-chefe da CM Capital
Markets, Luciano Rostagno. Os mercados seguem apreensivos pelos
discursos de Ben Bernanke e Jean-Claude Trichet, presidentes do bancos
centrais norte-americano e europeu, respectivamente.

"Trichet fará uma análise da economia da região, em especial da
Grécia, sinalizando ou não um novo ciclo de alta na taxa de juros,
provavelmente em julho. Da mesma forma, Bernanke pode indicar a
leitura do Fed o mercado de trabalho, apontando para uma fraqueza
pontual ou evidenciando a difícil recuperação da economia", diz
Rostagno.

Bernanke domina a agenda e ofusca índices inflacionários locais
Enquanto o discurso de Trichet fica para quarta-feira, Bernanke traz
sua avaliação às 16h45 de Brasília, ainda nesta sessão. O evento é
cotado como o principal acontecimento da agenda econômica, deixando
para trás os índices inflacionários locais IGP-DI e IPCA, além da
balança comercial no Japão.

O IPCA deve confirmar a tendência de uma desaceleração mais
pronunciada do índice em relação ao mês anterior, segundo o
estrategista. A partir de então, ficam as expectativas para o Copom,
que apesar de já ter como praticamente certa a alta de juros, revelará
na próxima quarta-feira se a tendência é a continuidade ou não do
ciclo de elevação da Selic.

Fonte: InfoMoney

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