utilizá-la dentro de alguns meses, no máximo três. Ao invés de deixar
o valor na conta corrente, sem obter nenhum rendimento, especialistas
aconselham que você invista nos produtos certos, para garantir um
rendimento até que utilize o dinheiro.
De acordo com a consultora da Prosper Corretora, Rita Mundim, para
investimentos de curto prazo, como o caso citado, uma boa opção são os
títulos públicos.
"Apesar das taxas e do imposto de renda cobrado, a rentabilidade que
estes títulos têm apresentado compensam o investimento", afirma Rita.
No caso do Tesouro Direto, uma das maiores vantagens está na questão
dos custos, já que as taxas de administração cobradas pelas corretoras
costumam variar entre 0% e 1%, bem abaixo das taxas cobradas pelas
administradoras de fundos de investimento.
Lembrando que, para investir nesses títulos, é necessário ter cadastro
em alguma corretora de valores.
Fundo imobiliário
Outro tipo de investimento interessante apontado pela consultora é o
fundo imobiliário, que garante ao investidor, além do rendimento,
calculado pelos aluguéis distribuídos, a valorização da cota do
imóvel, que é negociada em bolsa. "Sem contar que existem várias
vantagens tributárias para o investidor", aponta.
De acordo com ela, estes fundos costumam apresentar uma boa liquidez,
mas é preciso observar o histórico do fundo antes de fazer a opção.
"No caso de fundos imobiliários, aconselho que o investidor procure um
especialista para saber se existe uma perspectiva de bom rendimento
das cotas neste período mais curto", afirma Rita.
Fundo DI
Na opinião do professor da BBS (Brasilian Business School), Ricardo
Torres, atualmente, o investimento ideal nos casos de um prazo
reduzido de aplicação são os fundos DI (atrelados ao CDI - Certificado
de Depósito Interbancário).
O professor ressalta que, em momentos como agora, com a Selic (taxa
básica de juros) em um patamar alto, estes fundos ficam ainda mais
atrativos, já que eles têm o objetivo de acompanhar os juros do
mercado. "Além disso, eles têm liquidez diária e o investidor pode
resgatar sem aviso prévio", aponta Torres.
Ele ressalta que, para uma aplicação de três meses, não há cobrança de
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas será cobrado o Imposto
de Renda e a taxa de administração.
"Em um investimento com este prazo, você vai pagar 22,5% de IR. A taxa
de administração deste tipo de fundo, por sua vez, não é tão alta,
geralmente não passa de 0,5%", afirma Torres.
CDB
Apesar de citarem investimentos diferentes, os dois especialistas
concordam com um tipo de investimento. Para ambos, o CDB (Certificado
de Depósito Bancário) é uma boa opção para prazos curtos, desde que
seja resgatado depois de 30 dias (quando não há mais cobrança de IOF).
"É uma opção interessante, mas é preciso que o percentual de
rendimento do CDI seja próximo de 100%", afirma Torres.
A consultora da Prosper concorda. "Geralmente, quando o investidor
possui um volume maior para aplicar, é possível negociar taxas mais
altas, de até 100% do CDI", diz Rita.
Outra opção, segundo ela, é procurar por bancos médios, que também
costumam pagar taxas melhores. "Neste caso, o maior problema é com
relação a solidez da instituição", ressalta.
Mas é importante lembrar que, no caso de quebra do banco, o FGC (Fundo
Garantidor de Crédito) garante a devolução de até R$ 70 mil aplicados
no CDB.
Tributos
Tanto os fundos DI quanto os títulos do Tesouro Direto e o CDB possuem
a mesma alíquota de Imposto de Renda. Para aplicações de até 180 dias,
a taxa é de 22,5%, caindo para 20% (181 dias até 360 dias), 17,5% (361
dias até 720 dias) e 15% (acima de 721 dias).
Fonte: InfoMoney
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