disse que o Brasil "ainda não está pronto" para ser uma potência
mundial devido à decisão de manter no país o ex-militante italiano
Cesare Battisti.
"Esta libertação demonstra que o Brasil ainda não está pronto para
entrar no círculo das grandes potências mundiais, e isto a Itália vai
recordar em todas as oportunidades e fóruns internacionais", afirmou o
diplomata.
Segundo ele, a decisão sobre Battisti "é um grave erro político e
estratégico, além de judiciário. Um erro que outras potências
emergentes, como China, Rússia ou Índia, jamais cometeram".
Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro
assassinatos cometidos na década de 1970, foi solto nesta madrugada,
após o Supremo Tribunal Federal (STF) validar a decisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o
ex-militante.
O italiano foi detido no Brasil em 2007 e, dois anos depois, recebeu o
status do refugiado político do então ministro da Justiça, Tarso
Genro, o que automaticamente impediu sua extradição.
O caso foi analisado em 2009 pelo STF, que autorizou a extradição, mas
decidiu que a palavra final caberia ao presidente. A determinação para
manter Battisti no Brasil foi anunciada no último dia de mandato de
Lula.
"A libertação de Battisti demonstra como, no Brasil, a dependência
entre o sistema judiciário e a política limita fortemente os padrões
democráticos deste país emergente", afirmou Mantica.
O subsecretário das Relações Exteriores da Itália também destacou que
o gesto brasileiro é um "sinal feio" para "as empresas italianas e
europeias que olham o Brasil como um potencial parceiro para os
investimentos".
Ontem, o STF decidiu, por 6 votos a 3, validar a determinação de Lula
e aprovou a libertação do italiano, que estava sob prisão preventiva
na penitenciária de Papuda, em Brasília.
Fonte: Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário