03/06/2011

Bolsas de Europa instáveis, com mercado de olho na crise fiscal e nos EUA

SÃO PAULO - Com os investidores cautelosos em meio ao cenário
econômico conturbado, que traz dúvidas sobre a recuperação
norte-americana, os índices de ações das bolsas europeias estão
instáveis nesta sexta-feira (3), registrando trajetória
majoritariamente negativa.

Entre as ações, o setor financeiro é destaque neste pregão. Em
Frankfurt, os papéis do Commerzbank avançam 2,71%, e são seguidos
pelas ações do Deutsche Bank, com alta de 0,70%. Ao mesmo tempo, em
Paris, as ações do BNP Paribas sobem 0,55%, e as do Société Générale,
0,36%, frente à possibilidade de novas medidas de autsteridade fiscal
pela Grécia.

Por outro lado, no pregão de Londres, as ações dos bancos registram
queda. Os papéis do Barclays recuam 0,47%, trajetória repetida pelas
ações do Standard Chartered, com queda de 0,41%, do RBS, com queda de
1,05%, e do Lloyds, cujo desempenho negativo é de 0,62%.

Automóveis e energia
O setor automotivo também se destaca nesta sexta-feira, com as ações
de diversas montadoras europeias em alta. Novamente em Paris, os
papéis da Peugeot registram expressiva alta de 2,08%, enquanto os da
Renault sobem 0,63%. Já em Frankfurt, as ações da Daimler sobem 0,55%,
as da BMW, alta de 0,23%, e as da Porsche, alta de 0,40%.

Na outra ponta, alguns papéis relacionados ao setor de energia nuclear
na Alemanha continuam pressionados por conta do anuncio das
autoridades que a maior economia da Europa pretende deixar de operar
usinas nucleares até 2022. No pregão de Frankfurt, as ações da RWE
caem 2,85%, e são acompanhadas pelas ações da E.On, com queda de
1,44%.

Economia preocupa
O front econômico causa preocupação entre os investidores, que
repercutem os últimos desenvolvimentos da crise fiscal no velho
continente. Na Grécia, a perspectiva de novos planos de austeridade
gera insatisfação entre a população, e nesta sexta-feira, o
primeiro-ministro grego encontra-se com o líder do Eurogrupo para
discutir um novo plano de auxílio econômico.

Os investidores também ficam pressionados pelos recentes indicadores
econômicos norte-americanos, que colocaram em dúvida a recuperação da
maior economia do planeta. Desta forma, os diversos indicadores sobre
o mercado de trabalho que serão publicados nesta sexta-feira nos EUA
são aguardados com bastante expectativa também do outro lado do
Atlântico.

Fonte: InfoMoney

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