Interno Bruto (PIB). É por isso que os resultados anunciados pelo
governo são tão aguardados. O PIB é o principal "termômetro" da
economia.
No ano passado, o Brasil cresceu 7,5%. Para este ano, o governo espera
uma redução no ritmo de crescimento, que deve ficar em torno de 4,5% a
5%. No primeiro trimestre deste ano, o PIB cresceu 4,2% em relação ao
mesmo período do ano passado.
O crescimento é positivo porque abre e amplia empresas, gera empregos
e aumenta salários. Mas também há problemas, porque se o consumo
crescer muito rapidamente, as empresas não conseguem produzir o
suficiente para abastecer o mercado. Um dos efeitos é a inflação -alta
de preços, porque um produto muito procurado e não encontrado passa a
valer mais.
O governo vem adotando medidas para desestimular o consumo: aumentou o
valor do pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito; elevou o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras) sobre gastos no cartão de
crédito fora do país e sobre captações de recursos no exterior; tornou
obrigatório uma entrada de pelo menos 20% nos financiamentos entre 24
e 36 meses para carros novos ou usados.
Para o economista da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) Antônio
Corrêa de Lacerda, a redução no ritmo do crescimento da economia do
país é importante para que não haja problemas no futuro.
"O governo age certo em segurar o crescimento. Temos que fazer obras
de infraestrutura, como aeroportos e estradas. Nós precisamos estar
preparados para continuar crescendo".
Quanto ao futuro, Lacerda é otimista em relação ao país e diz que com
obras de infraestrutura o Brasil pode crescer ainda mais nos próximos
anos.
"O país deve continuar crescendo. O Brasil está num momento em que é
preciso fazer obras e arrumar a casa. Não adianta querer dar um passo
maior que a perna", declarou.
Consumo
Um dos riscos de um PIB muito alto é o excesso de confiança do
consumidor e o aumento no número de devedores. Num momento de
crescimento, os trabalhadores ficam mais otimistas e sentem mais
seguros para gastar. Muita gente acaba comprando além do que pode, e
o resultado são as dívidas.
Segundo o economista José Nicolau Pompeo, o consumo cresceu de forma
acelerada nos últimos anos e é no cartão de crédito em que há mais
problemas.
"As pessoas estão se endividando principalmente no cartão de crédito.
É uma febre mundial. Não adianta nem falar para a pessoa deixar de
usar o cartão para fazer compra, porque ninguém escuta", afirmou.
Inflação
Com o aumento do consumo, os preços também sobem. E a inflação, que já
foi uma das maiores inimigas da economia do país nas décadas passadas,
começa a ameaçar novamente.
"As pessoas compram mais e os preços aumentam. Uma das principais
formas que o governo tem para segurar o impulso das pessoas em comprar
é dificultar o crédito, cobrando taxas mais altas. Isso é necessário",
disse Pompeo.
Fonet: Uol
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