15/06/2011

Índices de ações da Europa em queda pressionados por impasse sobre Grécia

SÃO PAULO - Com as preocupações sobre a Grécia mais uma vez dominando
o foco do mercado, os índices de ações das principais bolsas da Europa
registram trajetória negativa nesta quarta-feira (15).

A falta de um acordo entre os ministros de finanças da Zona do Euro
sobre uma solução para a crise na Grécia na última terça-feira. A
discórdia gira em torno da participação dos credores privados da
dívida grega num novo pacote de auxílio.

Ao mesmo tempo em que a Alemanha e outros países exigem a participação
desses credores num novo resgate, o BCE (Banco Central Europeu)
argumenta que uma participação involuntária dos investidores privados
consistiria em um "default". Em meio a este cenário, na Grécia
acontecem novos protestos contra as medidas de austeridade e o índice
Athex Composite, da bolsa de Atenas, recua 2,83%.

Bancos em queda
Entre as ações, o setor financeiro é destaque de queda, após a agência
de classificação de risco Moody's colocar o rating dos bancos
franceses em revisão para um possível rebaixamento, por conta da
exposição destes à Grécia.

Assim, no pregão de Paris, os papéis do Société Générale recuam 2,01%,
e são acompanhados pelas ações do BNP Paribas, com queda de 1,63%, e
pelas ações do Crédit Agricole, com queda de 1,38%. Em Londres, os
papéis do Barclays caem 1,44%, e os do RBS, 1,11%, ao passo que em
Frankfurt, as ações do Commerzbank recuam 0,81%, e as do Deutsche Bank
perdem 0,56%.

Outros destaques
Ademais, dentre outros destaques do dia, as ações da Glencore
novamente aparecem entre as principais baixas do pregão em Londres,
com queda de 2,72%. A companhia afirmou que não pretende fazer uma
oferta para a aquisição da mineradora ENRC.

Na agenda de indicadores econômicos, os dados da produção industrial
na Zona do Euro em abril são a principal divulgação desta
quarta-feira. Segundo a Eurostat, agência oficial de estatísticas da
Comissão Europeia, a produção industrial na região cresceu 0,2% na
passagem de março para abril.

Fonte: InfoMoney

Nenhum comentário: