Direto ao ponto: após correção, Ibovespa testa suporte em 55 mil pontos

SÃO PAULO - O início da semana foi de baixos volumes e muito pessimismo no mercado brasileiro. Com as bolsas de Wall Street fechadas devido ao feriado nacional do Dia do Trabalho, os investidores aproveitaram a sessão para digerir a estagnação do mercado de trabalho norte-americano em agosto e a derrocada do partido da chanceler alemã Angela Merkel nas eleições regionais. Neste clima, o Ibovespa recuou 2,7%, para chegar aos 54.998 pontos.

O retorno do benchmark, dos 58 mil na sexta-feira para os 55 mil pontos no pregão seguinte foi um movimento de "correção perfeita", afirma o analista técnico da XP Investimentos, Gilberto Coelho. "A dúvida é se o índice, aos 55 mil pontos, fará um suporte para subir ou, se depois de chegar aos 55 mil, voltará a buscar os 52 mil pontos", diz Coelho.

Para o analista, o "cenário não está claro, nem tecnicamente nem macroeconomicamente", e o viés é muito negativo, com os estrangeiros retomando as posições vendidas. A chance de recuperação do índice doméstico aguarda a próxima quinta-feira (8), quando o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama, pode ser um importante trigger para o mercado mundial ao sinalizar mais empregos nos Estados Unidos, aponta Coelho.

Agenda
Enquanto os índices inflacionários - IGP-DI e IPCA - roubam a cena doméstica, na Europa a prévia do PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro no segundo trimestre deve trazer a manutenção de um crescimento de 0,2% na comparação com o período imediatamente anterior. Nos Estados Unidos, o ISM (Sondagem de Serviços) de agosto sugere leve retração, de 52,7 para 51,3.

Fonte: InfoMoney