05/06/2011

Oi é a maior beneficiada com abertura de TV a cabo

A Oi será a maior beneficiada, segundo analistas, com a abertura do mercado de TV a cabo para as operadoras de telefonia, cujas regras foram divulgadas anteontem pela Anatel.

Isso ocorrerá, pelo menos, até que o Congresso Nacional autorize o aumento da participação de grupos estrangeiros no serviço de televisão paga. Hoje, o limite é de 49%.

Ontem, os acionistas aprovaram a indicação do executivo Francisco Valim, ex-Serasa Experian, para ocupar a presidência da Oi.

Única operadora com capital majoritariamente nacional entre as grandes teles, a Oi ficará apta a oferecer o serviço de televisão assim que as novas regras entrarem em vigor, em outubro.

As novas regras não autorizam grupos estrangeiros, como a Telefônica e a Embratel, a distribuir televisão.

A Portugal Telecom tem 25,6% da Oi. O limite de participação estrangeira é objeto de um projeto no Congresso.

Pelas novas regras, as teles poderão oferecer TV a cabo diretamente a seus clientes. Hoje, a Telefônica e a Embratel oferecem pacotes "combo" --incluindo internet e TV-- em parceria, respectivamente, com a TVA e a Net.

A Oi já oferece TV paga via satélite por meio da Oi TV. Em Minas, opera a antiga WayTV por cabo.

"A mudança vai equilibrar uma competição que está desequilibrada. A Telefônica e a Embratel já oferecem seus combos. Vai beneficiar a concorrência, o consumidor e incentivar o investimento em infraestrutura", disse Paulo Mattos, diretor da Oi.

Procuradas, a Abert (Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão) e a Abta (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) não quiseram se manifestar sobre o assunto.
 
NOVO PRESIDENTE

Francisco Valim substituirá Luiz Eduardo Falco, que deixará a companhia no final deste mês. Até a chegada de Valim, o atual presidente do conselho da TNL Participações, José Mauro da Mettrau Carneiro, assumirá interinamente a presidência da Oi.

A Oi quer simplificar sua complexa estrutura societária nos próximos 180 dias.
A proposta é unificar as bases acionárias do grupo, atualmente divididas em três companhias abertas e sete diferentes classes de ações.

O grupo tentou em 2010 fazer uma simplificação de sua estrutura acionária, mas o plano acabou barrado pelos acionistas minoritários.

Fonte: Folha.com

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