Autor(es): Cristine Prestes | De São Paulo
Valor Econômico - 07/06/2011
A Justiça suspendeu novamente o andamento do processo em que a Graal Participações, holding da família Gradin, pede a instauração de um procedimento de arbitragem para solucionar a disputa com a Kieppe Participações, da família Odebrecht, por 20,6% das ações do grupo baiano. A decisão foi tomada pela juíza Maria de Lourdes Oliveira Araújo, da 10ª Vara Cível de Salvador, responsável pelo julgamento das ações envolvendo a Graal e a Kieppe.
A juíza negou à Kieppe um pedido de exceção de suspeição que tinha o objetivo de afastá-la do caso, sob o argumento de que ela estaria sendo parcial em suas decisões. Com isso, o pedido da Kieppe foi remetido ao Tribunal de Justiça da Bahia para um novo julgamento. Até que isso ocorra, o processo fica suspenso - e com ele, a audiência marcada para o dia 14 de julho.
Se o tribunal não julgar o recurso a tempo, será a segunda audiência marcada desde o início da disputa judicial, em 7 de dezembro do ano passado. A primeira estava prevista para 23 de fevereiro, mas foi suspensa também por um recurso da Kieppe. Segundo o advogado Modesto Carvalhosa, que defende a Graal, o objetivo do pedido de suspeição da juíza foi o de protelar o andamento das ações e suspender a audiência. Já o defensor da Kieppe, o advogado Francisco José Bastos, afirma que a preocupação principal é com a lisura do processo - e não com a audiência.
A disputa entre as duas famílias teve início no ano passado, quando elas divergiram sobre o exercício de opção de compra da fatia de 20,6% das ações da Odebrecht Investimentos em mãos dos Gradin. Com isso, os Gradin foram à Justiça pedir a solução do conflito por meio da arbitragem, gerando nova divergência - os Odebrecht discordam quanto ao uso do método.
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