08/06/2011

Bernanke diz que ritmo da economia é frustrante, mas espera 2º semestre melhor

SÃO PAULO - O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, reconheceu
nesta terça-feira (7) que a economia norte-americana deixou a desejar
no início de 2011. Isso, contudo, não deve se repetir no segundo
semestre – o que indica que o chairman do BC dos EUA não espera um
double dip da maior economia do mundo.

Bernanke afirmou que os efeitos do terremoto e tsunami no Japão devem
se dissipar na segunda metade do ano. Além disso, a expectativa é que
os preços de gasolina mostrem mais "moderação" nos próximos meses,
dando um maior espaço para um crescimento dos EUA. "A recuperação
parece estar caminhando de forma moderada, ainda que seja desigual
entre os setores e frustrantemente lenta", afirmou.

Consumo
O presidente do Fed destacou que os gastos das famílias são a chave
para determinar o ritmo de recuperação da economia daqui para frente.
De um lado, a renda foi impulsionada por melhoras no mercado de
trabalho no ano, reducao de impostos sobre a folha de pagamentos e
menor endividamento.

Entretanto, as altas dos preços de alimentos e petróleo, as condições
ainda ruins de crédito e quedas nos preços dos imóveis pesam, assim
como a ainda elevada taxa de desemprego no país.

Mercado de trabalho
O consumo das famílias, por sua vez, depende de uma melhora mais
consistente do mercado de trabalho – que, segundo Bernanke, vem
perdendo momentum recentemente, e segue "longe de suas condições
normais".

Apesar disso, o chairman do Fed destacou que há sim sinais de uma
recuperação gradual. "Espero que as contratações melhorem na segunda
metade do ano, mas a situação exige monitoramento constante", disse.
"Os investimentos e as contratações no setor privado devem ser
ajudados pela melhora constante nas condições de crédito", afirmou.

Entretanto, a construção civil segue com problemas em todos os
segmentos. De acordo com Bernanke, as constrições de demanda no
mercado imobiliário, combinadas aos grandes estoques, têm pressionado
os preços dos imóveis. "O estado deprimido do mercado imobiliário é
grande parte de porque a recuperação é menos vigorosa do que
gostaríamos", destacou.

Fonte: InfoMoney

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