classificação de risco Moody's contribuiu para que o Ibovespa
invertesse a tendência de queda vista no início da última sessão e
fechasse em alta de 0,18%, aos 61.168 pontos. O índice também foi
ajudado pelo avanço das bolsas norte-americanas, que deixaram a crise
grega em segundo plano.
A inflação é o ponto principal desta semana, cuja agenda, apesar de
mais curta, mostra-se mais movimentada em relação ao período anterior,
diz o economista Newton Rosa, da Sulamérica Investimentos. Na
segunda-feira (20), a expectativa do economistas ouvidos pelo Banco
Central no Relatório Focus, em relação ao IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo), voltou a recuar, para 0,05% em junho e 6,18% no
final do ano.
Já nesta terça-feira (21) o mercado acompanha o IPCA-15 de junho, que
tende a mostrar desaceleração de 0,70% na última medição para 0,17% na
avaliação mais recente, principalmente devido a sazonalidade dos
setores de alimentos e transportes, que podem mostrar deflação. "Essa
melhora da inflação corrente responde a fatores pontuais e
temporários. As diferentes medidas do núcleo continuarão mostrando que
a tendência subjacente da inflação continua evoluindo acima do centro
da meta", alerta o economista.
Situação grega segue indefinida
A reunião dos ministros das Finanças da Zona do Euro, concluída na
madrugada de segunda-feira (20), condicionou a liberação da última
parcela de € 12 milhões do pacote de ajuda concedido à Grécia no ano
anterior pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e BCE (Banco Central
Europeu) à aprovação de um plano de austeridade pelo Parlamento. Com
privatizações orçadas em € 50 bilhões, a votação deve acontecer até 3
de julho.
Sem aliviar as incertezas sobre a liberação dos recursos para
financiar o pagamento dos encargos da dívida grega em julho, o cenário
macroeconômico segue inalterado em relação à semana anterior,
implicando na continuidade da volatilidade nos mercados.
Agenda externa
Nos Estados Unidos serão divulgadas as vendas de imóveis usados em
maio. O evento mais importante da semana, contudo, fica para a
quarta-feira (22), com a reunião de política monetária do Federal
Reserve. "Não se espera por qualquer mudança, seja em relação à taxa
básica de juros, seja com a política de compra de ativos. O destaque
fica por conta da avaliação conjuntural, bem como do balanço de risco
na visão dos integrantes do Comitê", diz Rosa.
Fonte: InfoMoney
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