15/06/2011

Petróleo cai abaixo dos US$ 95 em NY; em Londres vai a US$ 117

Os preços do petróleo caíram nesta quarta-feira aos seus níveis mais
baixos desde fevereiro em Nova York, fechando abaixo dos US$ 95,
afetados pela desaceleração da economia nos Estados Unidos e pela
crise da dívida na Grécia, e perderam mais de US$ 3 em Londres.

Na Nymex (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), o barril
do tipo Texas ("light sweet crude") para entrega em julho fechou
cotado a US$ 94,81, uma queda de US$ 4,56 em relação a terça-feira.
Durante a sessão caiu até US$ 94,01, seu nível mais baixo desde o fim
de fevereiro.

No Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do Mar do
Norte com igual vencimento perdeu US$ 3,06, a US$ 117,10.

"Todos estão preocupados pela desaceleração da economia", resumiu Adam
Sieminski, do Deutsche Bank.

"Uma recaída da economia provocaria uma recaída do mercado petroleiro.
Se a economia for afetada, a demanda de petróleo também será",
advertiu.

Os mercados petroleiros foram vítima de um aumento da angústia diante
da situação da Grécia. Os ministros das Finanças da zona do euro não
conquistaram um acordo sobre a nova ajuda ao país mediterrâneo, que
não pode se autofinanciar. A crise social e política se acentuou, com
violentas manifestações contra a austeridade em Atenas.

Nos Estados Unidos, maior país consumidor de petróleo, os indicadores
do dia não tranquilizaram.

A atividade industrial na região de Nova York, medida pelo índice
Empire State, caiu em maio. No mesmo mês, o índice de preços ao
consumo aumentou mais do que o previsto e a inflação alcançou 3,6% em
números anuais, seu nível mais alto desde outubro de 2008.

"A curto prazo, os temores diante de uma inflação elevada, tanto nos
Estados Unidos como na China, não são uma boa notícia para a demanda",
ressaltou Phil Flynn, da PFG Best.

Os investidores temem que a alta de preços afete frontalmente o
consumo das famílias e a demanda de combustível.

Fonte: Folha.com

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