16/06/2011

Dólar fecha a R$ 1,61; Bovespa retrocede 1,29%

A taxa cambial tem mais um dia de forte alta em meio ao nervosismo
generalizado com a crise europeia, estando a Grécia no foco atual das
preocupações.

Ainda que a economia do país mediterrâneo não esteja entre as mais
importantes do velho continente, preocupa os agentes financeiros a
possibilidade um contágio em relação às demais nações com problemas
financeiros, a exemplo de Portugal, Irlanda e Espanha, sendo esta uma
das maiores economias da Europa.

Para piorar, o governo grego encontra severas dificuldades políticas
para obter um consenso em torno das medidas de austeridade fiscal,
exigidas pelos organismos internacionais para repassar novas parcelas
do socorro financeiro acertado em 2010.

Grande caixa de ressonância dessas tensões, o euro continua sua
trajetória rumo aos US$ 1,40: entre ontem e hoje, a moeda europeia
caiu de US$ 1,4169 para US$ 1,4141 na praça financeira mundial.

Já no front doméstico, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,610,
em um avanço de 0,62% sobre o fechamento de ontem. Nas casas de câmbio
paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,710 e comprado por R$
1,540.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 1,29%,
aos 60.808 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,86 bilhões. Nos EUA, a
Bolsa de Nova York sobe 0,61%.

Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central revelou que,
apesar das medidas recentes, ainda conta com uma expansão da economia
para os próximos meses, principalmente pelo 'vigor do mercado de
trabalho'.

Dessa forma, a autoridade monetária entende que 'a implementação de
ajustes das condições monetárias por um período suficientemente
prolongado' ainda será a melhor estratégia para controlar a inflação
tendo em vistas a meta para 2012 (4,5%).

O comentário faz parte da ata divulgada hoje pelo BC, com a análise da
economia que fundamentou a decisão, na semana passada, de ajustar a
taxa básica de juros de 12% para 12,25% ao ano.

Para economistas, a autoridade monetária claramente sinalizou a
continuidade do ciclo de alta dos juros. Para uma parcela do mercado,
pelo menos dois ajustes devem ocorrer até o final do ano,
provavelmente jogando a taxa Selic para 12,75%.

JUROS FUTUROS

As taxas projetadas mercado futuro da BM&F avançaram em boa parte dos
contratos negociados.

Para julho, a taxa prevista subiu de 12,11% ao ano para 12,13%; para
janeiro de 2012, a taxa projetada foi mantida em 12,39%. E no contrato
para janeiro de 2013, a taxa prevista passou de 12,46% para 12,47%.
Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha.com

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