16/06/2011

Direto ao ponto: mercado aguarda as indicações do Governo sobre alta da Selic

SÃO PAULO - O Ibovespa seguiu a trajetória das principais bolsas
internacionais e fechou a sessão de quarta-feira (15) em baixa de
0,97%, aos 61.603 pontos. As bolsas foram influenciadas negativamente
pelo aumento das tensões políticas na Grécia, que aguarda a aprovação
do pacote de austeridade que permitirá nova uma rodada de auxílio ao
país. Ao mesmo tempo, os indicadores norte-americanos da indústria
decepcionaram, enquanto a inflação avançou acima do esperado nos EUA.

A conjuntura externa de fragilidade econômica tem impedido a
recuperação do mercado local. Na sessão desta quinta-feira (16),
entretanto, o foco não estará no front externo, mas na agenda local.
Os investidores aguardam a divulgação da ata do Copom (Comitê de
Política Monetária) às 8h30 da manhã (horário de Brasília).

O Banco Central, que já indicou no último Relatório Focus que deseja
terminar o ano com a taxa básica de juros, a Selic, em 12,50%, irá
explicar os motivos da elevação de 0,25 pontos base na última reunião
e indicar seus próximos passos para conter o aquecimento da economia
brasileira, explica o operador da Um Investimentos, Eduardo Oliveira.

Caso a ata não traga novidades, então a atenção volta a recair sobre
os indicadores dos Estados Unidos. As estimativas medianas compiladas
pela Bloomberg para os dados de pedidos de auxílio-desemprego, novas
construções residenciais e a sondagem industrial da região da
Filadélfia sugerem resultados superiores ao apurados nas medições
anteriores. A expectativa é de que, casos os dados se confirmem
positivos, puxem a recuperação dos índices de Wall Street e das demais
bolsas mundiais, diz o operador.

Discurso de Trichet e indefinição na Zona do Euro
Por fim, a sessão conta com o discurso do presidente do BCE (Banco
Central Europeu), Jean-Claude Trichet, às 21 horas. Na terça-feira
(14), os dezessete ministros de Economia e Finanças da Zona do Euro
terminaram "sem progressos" um encontro pautado pelo novo resgate à
Grécia. Os líderes se reúnem novamente no próximo domingo, mas a
expectativa é de que a crise na Grécia não traga novidades ao mercado
tão cedo, argumenta Oliveira.

A Alemanha insiste em envolver os investidores privados no resgate
grego. Já o BCE defende a participação voluntária dos credores. O
impasse impediu um consenso entre os líderes no último encontro.

Fonte: InfoMoney

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