16/06/2011

Índices de ações europeus em queda, pressionados pelos problemas na Grécia

SÃO PAULO - Os principais índices de ações da Europa marcam trajetória
negativa no pregão desta quinta-feira (16), com o mercado pressionado
por conta dos problemas econômicos na Grécia. Entre as ações, destaque
negativo para o setor financeiro e de commodities.

A possibilidade de um calote da Grécia atinge fortemente as ações de
alguns bancos franceses, por conta da exposição dessas instituições
aos títulos gregos. Em Paris, os papéis do Société Générale recuam
3,26% e são acompanhados pelas ações do BNP Paribas, com queda de
2,26%, e pelas ações do Crédit Agricole, com queda de 2,43%.

Na última quarta-feira, a agência de classificação de risco Moody's
colocou a nota desses três bancos em revisão para possível
rebaixamento justamente em função da exposição dessas instituições aos
títulos da dívida grega.

O desempenho negativo das ações do setor financeiro também é
registrado em outros mercados, e em Frankfurt ações do Commerzbank são
destaque de queda com desvalorização de 1,72%, enquanto que em
Londres, os papéis do Barclays recuam 2,35% e os do RBS, 1,29%.

Commodities
Outro setor que registra expressivas perdas no pregão desta
quinta-feira é o de commodities, pressionado pela desvalorização
dessas matérias-primas. Novamente no pregão londrino, as ações da
petrolífera BP recuam 1,72% e são seguidas pelos papéis da Shell, com
queda de 1,63%.

Ao mesmo tempo, os papéis da mineradora Rio Tinto perdem 1,61%, os da
BHP Billiton, 0,94%, e os da Anglo American, 2,85%. Em Paris, as ações
da petrolífera Total recuam 0,50%, e em Milão, os papéis da Eni caem
1,07%.

Grécia
Os temores em relação a situação econômica na Grécia seguem ganhando
força no mercado, e nesta quinta-feira o primeiro-ministro grego,
George Papandreou, deverá promover a formação de um novo governo e
pedir um voto de confiança junto ao parlamento. A tensão política é
acompanhada pelos intensos protestos populares contra novas medidas de
austeridade.

Em meio a esse cenário, a incerteza em torno de um novo pacote de
ajuda para a Grécia continua elevada, com o BCE (Banco Central
Europeu) e os países da Zona do Euro num impasse quanto a participação
dos investidores privados nesse novo auxílio. Ganham força também os
temores de contágio da crise em outros países da região que enfrentam
problemas fiscais.

Fonte: InfoMoney

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