17/06/2011

Investidor deve ficar atento a montante, prazo e objetivo antes de aplicar restituição

SÃO PAULO – Um mês e meio depois do término da temporada de entrega da
declaração do IR 2011, começa, nesta quarta-feira (15), a temporada de
restituições. Quem recolheu imposto a mais durante o ano de 2010
começa, a partir de agora, a receber esse valor, corrigido pela Selic
(taxa básica de juro).

Segundo o calendário da Receita, as devoluções serão feitas em 7
lotes, seguindo uma ordem que prioriza os maiores de 60 anos, os
contribuintes que entregaram a declaração pela internet e, por fim,
aqueles que enviaram o documento por disquete.

Com a possibilidade de receber esse dinheiro extra, qual deve ser o
comportamento do contribuinte que pretende investir essa quantia?

Três perguntas básicas
De acordo com o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e
Formação de Patrimônio Calil&Calil, Mauro Calil, antes de aplicar o
dinheiro da restituição o investidor deve responder a três perguntas:

Quanto poderá investir?
Por quanto tempo pretende investir?
Qual o objetivo ao investir?

Das respostas a essas três questões depende o destino do dinheiro. "O
valor, o prazo e o objetivo são essenciais para a escolha da
modalidade, pois dessas variáveis vão depender o risco que o
investidor está disposto a correr e as taxas que ele deve pagar",
afirma Calil.

Curto, médio e longo prazos
Segundo o educador, no geral, principalmente por conta do risco e dos
tributos, algumas modalidades são mais vantajosas do que outras em
determinados espaços de tempo.

Para quem tem objetivos de curto prazo – até seis meses -, a poupança
ainda é a melhor opção, por conta da facilidade do resgate e da
isenção de impostos.

Confira as modalidades mais indicadas para outros prazos de investimentos:

De 6 meses a 1 ou 2 anos - Tesouro Direto

"Os títulos pós-fixados, principalmente, ainda serão boas opções nos
próximos dez meses", opina Calil.

De 2 a 3 anos – Fundos DI e CDB pós-fixado

"No caso dos CDBs pós-fixados, desde que ofereçam uma rentabilidade
de, no mínimo, 98% do CDI", destaca.

Acima de 3 anos – Fundos de investimento imobiliário

"Apesar de já serem considerados renda variável, os fundos
imobiliários são menos voláteis que o mercado de ações e, para
investidores pessoa física, têm tido rendimentos interessantes, já
livres de imposto de renda".

Acima de 5 anos – Mercado de Ações

"Para prazos mais longos, eu sou sempre partidário da carteira de
ações, com destaque para as blue chips e setores que pagam bastante
dividendos, que dão importantes ganhos com o passar do tempo",
finaliza.

Fonte: InfoMoney

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