27/06/2011

Gasto de turista no exterior bate novo recorde e atinge US$ 1,66 bi

Apesar do aumento do IOF (Impostos sobre Operações Financeiras) sobre
gastos com cartão de crédito no exterior, as despesas de brasileiros
fora do país bateram novo recorde.

Em maio, foram gastos US$ 1,66 bilhão, valor recorde para este mês do
ano, segundo dados do Banco Central.

No acumulado do ano, o resultado também recorde foi de US$ 8,33
bilhões, ante US$ 5,73 bilhões no mesmo período de 2010.

Em maio, foram US$ 1,94 bilhão em despesas.

Em todo o ano passado, os brasileiros gastaram US$ 16,4 bilhões fora
do país, valor recorde para a série iniciada em 1947 pelo BC.

EXPORTAÇÕES

O Banco Central aumentou a previsão para as exportações brasileiras em
2011 e reduziu a expectativa de entrada de dólares para investimentos
em ações e títulos públicos.

O valor das vendas para o exterior deve chegar ao valor recorde de US$
250 bilhões. Há três meses, o BC esperava um resultado de US$ 240
bilhões. A previsão para importações subiu menos, de US$ 225 bilhões
para US$ 230 bilhões.

Apesar de receber mais dólares no comércio exterior, o país deverá
gastar mais com serviços e renda, devido ao aumento nas previsões de
remessas de lucros e gastos de turistas no exterior.

Com isso, o deficit do país nas suas transações com o exterior deve
ficar em US$ 60 bilhões, mesma previsão divulgada em março. Na
comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão caiu de 2,56%
para 2,49%.

INVESTIMENTOS

A previsão do BC para os investimentos estrangeiros diretos em
empresas foi mantida em US$ 55 bilhões. Na comparação com o PIB, a
estimativa caiu de 2,35% para 2,28%.

Já a expectativa de aplicações de estrangeiros no mercado financeiro,
que inclui ações e renda fixa, caiu de US$ 15 bilhões para US$ 7
bilhões.

MAIO

O deficit do país nas transações com o exterior subiu de US$ 3,5
bilhões para US$ 4,1 bilhões entre abril e maio, devido ao aumento nas
remessas de lucros. Em 12 meses, chegou a US$ 51 bilhões (2,29% do
PIB).

Os investimentos diretos caíram pelo terceiro mês seguido, para US$ 4
bilhões. Em 12 meses, o resultado de US$ 64 bilhões representa 2,88%
do PIB.

Os investimentos em ações somam US$ 3,8 bilhões entre janeiro e maio,
abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. As aplicações
em títulos estão negativas em US$ 731 milhões, depois que o governo
aumentou a tributação sobre esse investimento.

Fonte: Folha.com

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