17/08/2011

Bovespa se descola do mercado nos EUA e volta a subir

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) inverteu novamente a tendência nesta quarta-feira, e voltou a subir à tarde, descolando-se do mercado norte-americano.

Às 15h54, o Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, tinha valorização de 0,61%, aos 54.657 pontos. Nos EUA, o Dow Jones cai 0,26%.

No mesmo horário, o dólar comercial era negociado por R$ 1,586, em baixa de 0,37%. A taxa de risco-país marca 204 pontos, em alta de 1,49% ante a pontuação anterior.

Nos Estados Unidos, as Bolsas viraram e operam em queda com a desvalorização das ações de empresas de tecnologia, após o fraco desempenho da Dell no último trimestre.

A segunda maior fabricante mundial de computadores reduziu sua projeção anual de crescimento de receita a entre 1% e 5% cento apenas, ante 5% a 9% anteriormente, mencionando a perspectiva de que o investimento de governos e empresas em itens como servidores e software seja menos capaz de se sustentar diante do crescimento econômico hesitante.

Além disso, as preocupações sobre uma nova recessão nos EUA e sobre os problemas financeiros na Europa ainda prejudicam os mercados.

Entre as principais notícias do dia, fontes da Casa Branca disseram que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciará um pacote econômico para incentivar a geração de empregos e encontrar cortes no Orçamento que ultrapassem a meta de US$ 1,5 trilhão estabelecida pelo comitê parlamentar de redução de deficit.

Suas ideias serão colocadas durante um discurso imediatamente depois do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, em 5 de setembro.

A inflação anual na zona do euro também está entre os destaques do noticiário do dia. O indicador abrandou em julho dentro das expectativas dos analistas.

Foi registrada alta de 2,5% no mês passado, na comparação com um ano antes. Em junho, tinha ficado em 2,7%, no mesmo tipo de comparação.

EUROPA

Também hoje a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, levantaram em carta dirigida ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, a possibilidade de suspender fundos estruturais aos países que não reduzirem o deficit.

De volta aos EUA, o PPI (Índice de Preços ao Produtor) teve alta de 0,2% em julho na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Em junho, tinha recuado 0,4% e, em maio, subido 0,2%.

No mercado doméstico, o ICE (Índice de Clima Econômico) do Brasil recuou de 5,9 pontos em abril para 5,8 pontos em julho e ficou abaixo da média histórica dos dez últimos anos (6,0 pontos).

O indicador, elaborado em parceria entre o instituto alemão Ifo e a FGV (Fundação Getulio Vargas), passou a refletir a situação desfavorável em Portugal, Grécia, Espanha, Itália e Reino Unido.

Fonte: Folha.com

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