Industrializado) para as empresas fabricantes de veículos automotivos
instaladas no Brasil até 31 de julho de 2016.
O valor da alíquota, no entanto, ainda será anunciado pelo governo por
meio de decreto. A medida foi publicada nesta quarta-feira no "Diário
Oficial da União".
Em nota, o Ministério da Fazenda esclarece que a redução não é
imediata e que, diferentemente da medida tomada em 2008, o incentivo
vale para a montadora, não para o consumidor.
"Não há redução imediata de IPI para a indústria automobilística. A
Medida Provisória 540 autoriza o incentivo tributário para produção e
não para o consumidor e será com base em critérios ainda não definidos
que estão sendo discutidos entre o governo e o setor. O percentual das
alíquotas e as contrapartidas ainda serão definidos."
Segundo a Receita Federal, o objetivo é estimular a competitividade no
Brasil e fazer com que os veículos fabricados no país tenham mais
conteúdo nacional.
Para poder receber o benefício, as empresas terão que atender a alguns
requisitos, como investimento, inovação tecnológica e produção local.
Segundo o coordenador geral de Tributação da Receita Federal, Fernando
Mombelli, poderão receber a redução de IPI os seguintes veículos:
tratores, ônibus e micro-ônibus, automóveis de passeio, caminhões e
veículos comerciais leves.
POLÍTICA INDUSTRIAL
A medida foi publicada no embalo da nova política industrial anunciada
ontem pela presidente Dilma Rousseff. O plano, chamado de Brasil
Maior, busca aumentar a competitividade da indústria nacional e prevê
uma renúncia fiscal de R$ 24,5 bilhões.
Entre as medidas, a nova política inclui um crédito tributário para
exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento
a exportação, um projeto-piloto para desonerar a folha de pagamento em
setores com mão de obra intensiva.
O governo vai reduzir a folha de pagamento para os setores calçadista,
têxtil, de móveis e de software. A perda da arrecadação será
compensada com uma taxa de 1,5% sobre o faturamento das empresas. Para
as companhias de software, o tributo será de 2,5%. O governo não
anunciou se esse imposto será sobre o faturamento bruto ou líquido.
REDUÇÃO
O governo já reduziu o IPI dos automóveis anteriormente, como uma das
formas de estimular o consumo em 2008 e atenuar os efeitos da crise
econômica daquele ano no setor automotivo. Desta vez, porém, a medida
está voltada para as montadoras.
Na ocasião, a medida vigorou de dezembro de 2008 até março de 2010,
mês em que houve uma corrida de consumidores às concessionárias para
aproveitar o benefício fiscal.
A medida surtiu efeito, e os emplacamentos de veículos (automóveis,
comerciais leves, ônibus e caminhões) apresentaram um acréscimo de
11,4% em 2009 ante 2008, registrando, naquele ano, o terceiro recorde
anual consecutivo, com 3,14 milhões de unidades.
RECORDE
De janeiro a julho deste ano, as vendas de veículos novos bateram mais
um recorde no acumulado do ano, com o emplacamento de 2,043 milhões.
Essa quantidade representa uma expansão de 8,6% sobre igual período em
2010 (1,882 milhão), que detinha a melhor marca até então.
Considerando apenas julho, foram licenciados 306,2 mil automóveis,
comerciais leves, ônibus e caminhões, com o resultado também atingindo
uma nova marca para o mês.
O número aponta um leve crescimento de 0,6% ante junho e de 1,3% sobre
o montante contabilizado no mesmo intervalo no ano passado.
Fonte: Folha.com
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