18/04/2011

Para analista, OGX continua "com o risco que sempre teve", e reação é exagerada

A reação do mercado ao relatório de estimativas das reservas da OGX Petróleo (OGXP3), empresa de Eike Batista, que teve uma queda de 17,25% nas ações nesta segunda-feira (18), é vista como um pouco de exagero pelo analista do Banco do Brasil, Nelson Rodrigues de Matos.
“O investidor sempre soube que empresa de petróleo é uma atividade de risco”, aponta. “E a empresa continua com o risco que sempre teve, por ser uma pré-operacional em atividade exploratória”.

Mais tempo

Para Matos, é preciso esperar para analisar o relatório, que não tinha como objetivo reduzir o risco da companhia. “O que se tinha antes era uma estimativa de se ia encontrar ou não petróleo. Agora não, já encontrou – precisa confirmar a extensão”, diz.
O analista frisa que uma campanha exploratória não se resolve do dia para a noite, ou de um ano para o outro, é algo que demora entre dois ou três anos. “Falta intensificar as perfurações para ver como o campo se comporta”, completa, lembrando que muitos dos poços da OGX são pioneiros, e não há confirmação de volumes.
Segundo ele, mais perfurações vão determinar não somente o volume correto dos recursos, mas também o nível de incerteza (3C), que também decepcionou. “E ainda há muito o que perfurar”.
Matos destaca que aos 3 bilhões de barris reportados como recursos contingentes na Bacia de Campos se somam os recursos a serem delimitados – outros 1,3 bilhão de barris. “Considerando uma taxa de sucesso de 80%, o número final seria próximo do que o mercado esperava, de 4 bilhões.

Dados 2011

Ele também lembra que o relatório foi feito com base nas informações de 31 de dezembro de 2010, deixando de fora boa parte dos resultados da campanha exploratória da empresa neste ano, “alguns deles bem positivos”.

Fonte: UOL

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