12/04/2011

Petróleo fecha em queda de mais de 3% em Nova York

Os preços do petróleo caíram pela segunda vez consecutiva nesta terça-feira em Nova York, a cerca de US$ 106, enquanto em Londres também perderam mais de US$ 3, em um mercado mais inquieto em relação à demanda do que à oferta.
Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril de WTI (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em maio fechou em US$ 106,25, em queda de 3,33% em relação a segunda-feira.
Em duas sessões, o preço do WTI caiu cerca de 6%.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent --de referência na Europa-- com igual vencimento perdeu 2,46%, a US$ 120,92.
"A atenção afastou-se completamente dos problemas no Oriente Médio", que tinham contribuído para levar os preços do petróleo a seus níveis mais altos desde setembro de 2008, afirmou Matt Smith, da Summit Energy.
Agora o temor é de que "os preços elevados atuem como uma tampa sobre a demanda mundial de petróleo", explicou o analista. "Vemos os sinais preliminares, particularmente nos Estados Unidos, em relação à demanda de gasolina".
A revisão das previsões de crescimento do FMI (Fundo Monetário Internacional) na segunda-feira, avivaram os temores do mercado, uma tonalidade negativa que teve continuação com o relatório da Agência Internacional de Energia publicado nesta terça-feira.
Em seu relatório mensal, a AIE (Agência Internacional de Energia) apontou a existência de um "risco real de que um petróleo que se mantenha sobre os US$ 100 o barril já não seja compatível com o ritmo da recuperação econômica".
Esses temores provocaram "um sólido movimento de realização de lucros", observou Matt Smith.
O tom do mercado também foi dado por uma nota publicada na segunda-feira pelo banco Goldman Sachs, forte ator no mercado de commodities, que recomendou realizar lucros.
O banco decidiu encerrar suas posições de compra de uma cesta de matérias-primas, entre elas o petróleo, mas também algodão, cobre e platina.

Fonte: Folha.com

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