05/05/2011

Dólar comercial sobe pela 4ª sessão seguida e atinge maior cotação desde março

Completando sua quarta sessão consecutiva de alta, o dólar comercial avançou 1,25% nesta quinta-feira (5), fechando cotado na venda a R$ 1,625, sua maior cotação desde desde 31 de março desse ano, quando estava valendo R$ 1,631. As declarações de Mantega e Tombini, reafirmando o compromisso de conter a apreciação do real, as interveções do Banco Central no câmbio e a agenda de indicadores norte-americana influenciaram no rumo dos negócios.

Mesmo com essa sequência de altas, que já fez com que a divisa norte-americana subisse 3,31% nesse mês, os analistas da LCA Consultoria afirmam que essa trajetória não deverá durar. Para eles, um movimento de valorização do dólar é pouco provável por conta do volume de recursos que os exportadores possuem no exterior.

Panorama interno
O BaCen continuou sua rotina de leilões de compra de dólares e recorreu a duas operações no mercado à vista neste leilão. A primeira ocorreu das 12h45 (horário de Brasília) às 12h50, com taxa de corte aceita em R$ 1,6167. Já a segunda intervenção teve início às 15h55 e término às 16h00, com uma taxa aceita em R$ 1,6235.

O mercado também esteve atento ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que o Governo não desistiu do câmbio e vai continuar buscando frear o fluxo de entrada de recursos estrangeiros no país e o movimento de apreciação do real. “Quando for necessário, tomaremos mais medidas”, afirma o ministro, que considera bem sucedidas as medidas até então adotadas.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também esteve em foco, ao afirmar que a quarentena para controlar a queda do dólar “não está no radar do BC”, além de também indicar que o Fundo Soberano pode vir a ser utilizado para intervir no câmbio no futuro próximo.

Cenário internacional
O foco da agenda esteve por conta dos números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na última semana, que totalizou 474 mil, resultado decepcionando o mercado, já que as projeções dos analistas indicavam 400 mil pedidos. Por outro lado, o Productivity & Costs, responsável por mensurar a produtividade da mão-de-obra da economia do país, com exceção do setor agropecuário, surpreendeu os analistas ao revelar uma elevação de 1,6% no primeiro trimestre deste ano.

Dólar comercial e futuro
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,6230 na compra e R$ 1,6250 na venda, forte alta de 1,25% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 3,31% em maio, frente à baixa de 3,56% registrada no mês passado. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 2,47%.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em junho, segue o dia cotado a R$ 1,629, forte alta de 0,90% em relação ao fechamento de R$ 1,614 da última quarta-feira. O contrato com vencimento em julho, por sua vez, opera em forte alta de 1,08%, atingindo R$ 1,639 frente à R$ 1,622 do fechamento de quarta-feira.

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,6250000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 4,60 para julho de 2011, 0,30 ponto percentual abaixo ao que foi registrado na sessão anterior.

Fonte: InfoMoney

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