30/05/2011

Ibovespa cai em dia marcado por volatilidade e baixo volume negociado

SÃO PAULO - Depois de abrir em alta, o Ibovespa apresenta queda de
0,50% nesta segunda-feira (30), para 63.974 pontos. O volume
financeiro é de R$ 547 milhões, baixo por conta do fechamento das
bolsas dos Estados Unidos e do Reino Unido, em função do feriado do
Memorial Day. Desta forma, o foco na sessão fica com a agenda interna
e a crise fiscal na Europa.

O principal destaque negativo fica com as ações preferenciais da Vivo
(VIVO4), que registram desvalorização de 2,57% e são cotadas a R$
69,03. Apesar dessa variação, a alta acumulada desde o início do ano
chega a 42,48%. Outras empresas do mesmo setor caem, como a Telesp
(TLLP4) e a TIM (TCSL3, TCSL4).

A notícia do dia do setor é a de que a Oi (TMAR5), que deve passar por
uma reestruturação societária, deverá ter um novo presidente em breve,
já que Francisco Valim foi dado como confirmado no cargo por diversas
publicações, restando apenas uma reunião do conselho de administração
da companhia. Deste modo, o executivo, que atualmente atua na Serasa
Experian, deverá ser conduzido ao lugar atualmente ocupado por Luiz
Eduardo Falco.

O melhor desempenho da sessão fica com os papéis ordinários da JBS
(JBSS3), que são cotados a R$ 5,53 e apresentam alta de 2,03%.

Mercados externos
A bolsa norte-americana está fechada nesta segunda, bem como a do
Reino Unido. Em relação à Europa, as bolsas operam instáveis, diante
da recorrente preocupação com a dívida fiscal dos países da região.
Por lá, a revista alemã Der Spiegel divulgou no sábado que a equipe
técnica composta por membros do FMI (Fundo Monetário Internacional),
Comissão Europeia e Banco Central Europeu irá apresentar um relatório
indicando que a Grécia descumpriu todas as metas fiscais que foram
acordadas. Se confirmado, crescem as chances de o FMI se recusar a
emitir sua parte referente à quinta parcela do pacote de ajuda ao
país, no valor de € 12 bilhões.

Na Ásia, o mercado esteve pessimista pelo oitavo pregão seguido em
Tóquio. Uma visão mais negativa marca o discurso do presidente da
Templeton Asset Management, Mark Mobius, para quem uma nova crise
financeira é inevitável, porque as causas da anterior não foram
solucionadas. "Os derivativos estão regulados? Não. Você ainda está
vendo crescimento nos derivativos? Sim", disse ele, em Tóquio, segundo
a Bloomberg.

No Brasil, a agenda doméstica rouba atenção, uma vez que traz dados e
expectativas menores para a inflação. O IGP-M de maio registrou
variação de 0,43%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,45%. O
Boletim Focus, por sua vez, mostrou redução pela quarta vez
consecutiva das expectativas de fechamento do IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo) para o ano, que ficou em 6,23%, além de
manutenção do PIB (Produto Interno Bruto) em 4% e da Selic em 12,50%
ao ano.

Já a Nota de Política Monetária apontou que o volume total de crédito
do sistema financeiro nacional alcançou R$ 1,776 trilhão em abril
deste ano, o que representa um crescimento de 1,3% em relação ao
apurado em março.

Câmbio e juros
Os principais contratos de juros futuros da BM&F Bovespa operam
majoritariamente em alta nesta segunda, com os investidores
repercutindo o resultado do IGP-M e o relatório Focus.

O contrato de juros de maior liquidez desta sessão, com vencimento em
janeiro de 2013, aponta uma taxa de 12,53%, 0,01 ponto percentual
abaixo do fechamento de sexta. O número de contratos negociados chega
a 53.455.

O dólar comercial opera em queda de 0,19%, cotado a R$ 1,5980 na
venda, com os investidores buscando referências em meio aos feriados
nos EUA e no Reino Unido. Apesar da variação desta segunda, a moeda
norte-americana registra alta de 1,59% neste mês de maio, porém uma
desvalorização de 4,09% desde o início do ano.

Fonte: InfoMoney

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