31/05/2011

Destaques Bovespa - 31/05/2011

BR Foods – A companhia divulgou ontem (30) que seu Conselho de
Administração autorizou o programa de recompra de ações da Companhia
para a aquisição de até 4.068.336 (quatro milhões, sessenta e oito mil
e trezentas e trinta e seis) ações ordinárias, todas escriturais e sem
valor nominal, correspondentes a 0,466% do seu capital social,
excluindo-se as ações em tesouraria, que irá vigorar pelo prazo de 90
(noventa) dias. O objetivo do Programa é a manutenção das ações em
tesouraria para eventual atendimento ao disposto no "Plano de Opção de
Compra de Ações" e no "Plano de Opção de Compra de Ações Adicional",
ambos aprovados na Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária da
Companhia realizada em 31/03/2010. Caberá à Diretoria da Companhia
definir as datas e as quantidades de ações a serem efetivamente
adquiridas, observados os limites e prazo de validade autorizados no
Programa. Desta forma, considerando a quantidade de ações em
tesouraria atualmente e o limite previsto para o programa de recompra,
o percentual total de ações em tesouraria ficará em 0,78% do capital
relativo ao free float. (em circulação). Os recursos para o Programa
serão advindos das Reservas de Lucros, conforme balanço patrimonial do
exercício social encerrado em 31/12/2010. A notícia é positiva para as
ações da companhia.

Gerdau – Conforme apurado pelo jornal "O Estado de São Paulo", o grupo
Gerdau deve anunciar hoje investimentos na ordem de R$ 645 milhões
para a ampliação de sua capacidade na unidade de Pindamonhangaba (SP).
O projeto, que deverá empregar cerca de 860 novos empregados, prevê a
implementação de um novo laminador de aços especiais (R$ 327 milhões e
que deverá ficar pronto em 2012) e a construção de uma nova fábrica
para matérias de construção civil (R$ 318 milhões e que deverá ficar
pronto em 2013). De acordo com a companhia, os investimentos visam
atender à expansão da demanda da indústria automotiva e da construção
civil. A notícia é positiva para as ações da companhia no longo prazo.

Pão de Açúcar – De acordo com notícia vinculada à Bloomberg hoje (31),
o grupo Frances Casino Guichard-Perrachon SA (que detém 33,7 por
cento do Pão de Açúcar e compartilha o controle com a família Diniz)
entrou com pedido de arbitragem internacional contra o Grupo Diniz. A
varejista francesa quer fazer com que seu sócio brasileiro "cumpra e
execute suas obrigações" assumidas em um acordo de novembro de 2006.
Na semana passada, a varejista brasileira negou notícias de que
estaria em negociações com o Carrefour SA., porém foi noticiado que o
presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar, Abílio
Diniz, contatou o Carrefour para discutir como combinar as lojas da
rede francesa no Brasil com a rede do Pão de Açúcar. O Carrefour,
segunda maior varejista do mundo, contratou o Lazard Ltd. para estudar
uma fusão entre sua unidade brasileira e o Pão de Açúcar, disse o
Journal du Dimanche em 23 de maio, sem citar como obteve a informação.
A família poderia assumir uma participação no Carrefour como parte da
operação, disse o jornal francês. A questão agora ganha outras
estâncias e pode se tornar ainda mais complexa – a notícia é negativa
para as ações da companhia, dado que os sócios controladores deverão
entrar em disputa judicial. O conselho de Administração do Carrefour
está programado para se reunir hoje (31) e as operações no Brasil
devem entrar na pauta de discussão durante a reunião – as mesmas são
avaliadas entre US$ 7 a US$ 10 bilhões. O Carrefour tem outra
assembléia marcada para o dia 21 de junho, onde deverá debater sobre o
desmembramento da rede Dia. De acordo com especialistas no setor, o
interesse do Pão de Açúcar em fechar algo com o Carrefour está em
frear os avanços da varejista americana Wal-Mart, que poderia se
interessar pelos ativos do Carrefour. Nada é fato até o presente
momento - aguardamos maiores informações.

Hypermarcas – De acordo com notícia vinculada ao jornal Valor
Econômico, a J&F Particiapações, holding controladora da JBS, estaria
avaliando a compra das marcas Assim e Assolan da Hypermarcas, com o
objetivo de ampliar os ganhos no segmento de higiene e beleza, que
possui margens altas e tem sinergia com o negócio de frigoríficos
(sebo do boi é matéria prima para diversos produtos). A holding fechou
ontem (30) a aquisição da Bertin Higiene e Limpeza, após dois meses de
negociações, por R$ 350 milhões. De acordo com especialistas do setor,
a intenção do grupo seria aumentar violentamente sua exposição no
varejo para contrabalancear as baixas margens obtidas em seus demais
investimentos. A Hypermarcas já deixou claro sua intenção em negociar
os ativos associados à higiene da casa e alimentos –focando no setor
de health care. Caso essas especulações se transformem em fato e os
ativos sejam negociados, a notícia será bastante positiva para as
ações da Hypermarcas, dada a diminuição dos níveis de endividamento.

Santos Brasil – Segundo matéria divulgada no Valor, em um estágio de
maturidade de seu principal negócio, a companhia, que atualmente é a
maior operadora portuária do país, visa expandir suas operações de
logística, visando oferecer uma solução integrada ao cliente, além da
operação de embarque e desembarque do navio. Cabe ressaltar que
atualmente o braço de logística da Santos Brasil representa 18% do
faturamento da holding. De acordo com o diretor comercial da
companhia, Mauro Salgado, a operação logística sob um mesmo
guarda-chuva elimina os custos adicionais e as ineficiências que
surgem quando o processo é distribuído em uma rede de empresas
diferentes. A notícia é apenas informativa, porém aponta uma
estratégia da companhia de diversificar suas operações e melhorar sua
eficiência operacional.

Gol, LAN e TAM – De acordo com matéria vinculada ao jornal "O Estado
de São Paulo", a GOL teria afirmado ontem (30) que não está em
negociação com nenhuma companhia aérea e que também não foi procurada
pela chilena LAN, conforme especulado por diversos veículos da mídia.
Ainda de acordo com o jornal, a notícia divulgada ontem (30) de que a
LAN estaria procurando um novo parceiro estratégico não passaria de
uma "pressão" em cima do Tribunal de Livre concorrência do Chile
(TDLC). Conforme analistas do setor, a afirmação do juiz do TDLC de
que a decisão sobre o tema deva sair antes de 60 dias é bastante
positivo para as companhias e, além disso, não haveria tanta sinergia
entre Gol e LAN, dado que a Gol não realiza viagens de longo curso –
fator importante na geração de sinergia da operação. A expectativa é
de que a parceria entre TAM e LAN seja aprovada pelos órgãos
reguladores e saia do papel em 2 meses. A notícia, apesar de não
representar nenhuma novidade relevante, é positiva para as ações da
TAM e LAN.

Fonte: Um Investimentos

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