26/05/2011

Direto ao ponto: atenções divididas entre crise na Grécia e agenda nos EUA

SÃO PAULO - O operador da Intrader, Edson Hydalgo Junior, avalia que
as atenções desta quinta-feira (28) ficam divididas entre o cenário
europeu, por conta das crises de dívida e da declaração da comissária
grega, enquanto a agenda norte-americana traz números importantes.

Na última quarta-feira (25) o Ibovespa estendeu os ganhos da véspera
e chegou aos 63.388 pontos. O desempenho positivo acompanhou o
movimento externo nas bolsas de Wall Street e da Europa, enquanto a
percepção dos investidores sobre a desaceleração da inflação por aqui
e o desempenho de ações ligadas à commodities ajudaram a sustentar o
índice em leve alta de 0,08%.

A sessão anterior trouxe duas novidades. A primeira delas foi a
decisão do Governo em voltar a cobrar o IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras) nas operações de renda fixa de curto prazo. Da Grécia
veio a declaração da comissária europeia responsável pelos Assuntos
Marinhos e Pescas, Maria Damanaki, alertando para sobre o risco do
país deixar a Zona do Euro. "Ou estamos de acordo com os nossos
credores sobre um programa com grandes sacrifícios que implica
resultados, tomando responsabilidades para com o nosso passado, ou
retornamos ao dracma [antiga moeda grega]", disse Damanaki.

Política na Europa e indicadores nos Estados Unidos
Em relação à Grécia, o operador refuta a possibilidade de que o país
volte a adotar a antiga moeda, já que a Alemanha é seu maior credor e
um dos países mais poderosos da União Europeia, impedindo que uma
previsão como a troca de moedas se concretizasse.

Nos Estados Unidos, após uma semana morna de indicadores, há a segunda
prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre e o número
de pedidos de auxiílio-desemprego na última semana. Júnior explica que
o PIB é, naturalmente, um dado mais abrangente e importante, embora um
desempenho bastante pior que o esperado no indicador de emprego possa
fazer com que este se sobreponha ao primeiro.

Bolsa caminha para diminuir baixa anual
Por aqui, o Ibovespa tenta reduzir o descolamento em relação aos
índices externos. Enquanto o Dow Jones e DAX 30, índices das bolsas de
Nova York e da Alemanha, já subiram 7% e 3,7% neste ano, o Ibovespa
acumula desvalorização de 8,5%.

Ainda assim, o operador da Intrader admite que a injeção de dinheiro
ainda é pequena e o saldo do investidor estrangeiro não marca posições
definitivas na bolsa. Para Júnior, a bolsa precisa de um volume
estrangeiro maior para inverter a atual tendência de baixa, algo
difícil de prever quando irá acontecer.

Fonte: InfoMoney

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