11/05/2011

Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quarta-feira

Depois de fechar em alta por três pregões consecutivos, o Ibovespa apresenta queda de 1,61% na sessão desta quarta-feira (11), seguindo o movimento das bolsas nos Estados Unidos e na Europa, que são influenciadas por dados da balança comercial norte-americana e da inflação na China, que decepcionaram. A pesada queda de blue chips, acompanhando a baixa das commodities, também pesa no índice.

A agenda desta quarta no Brasil vem fraca, apenas com o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mensal), que apresentou um avanço de 0,15 ponto percentual dos preços na comparação da primeira prévia de maio com a primeira de abril, aos 0,70%.

Nos Estados Unidos, dados mostraram que o deficit da balança comercial avançou em março, em relação a fevereiro, e ficou acima do teto estimado por analistas. O valor passou de US$ 45,4 bilhões, de acordo com dados revisados de fevereiro, para US$ 48,2 bilhões no terceiro mês de 2011, frente às previsões de US$ 47,7 bilhões.

A Europa, por sua vez, acompanha o movimento de queda, com o mercado de olho na Grécia e em indicadores econômicos. Destaque para a inflação ao consumidor na Alemanha, que atingiu taxa anual de 2,4% em abril, 0,3 ponto percentual superior ao de março. A inflação também ganha atenção no Reino Unido, onde o BoE (Banco da Inglaterra) divulgou novas projeções para o ritmo de elevação dos preços, dando fôlego para as expectativas de aperto monetário no país.

Na China - onde o mercado fechou em queda nesta quarta - a inflação de abril cresceu a um ritmo ligeiramente menor que o esperado pelos analistas, aos 5,3% para os consumidores e 6,8% aos produtores, bem como as vendas no varejo e a produção industrial.  

GOL
Por aqui, o foco fica com a temporada de divulgação de resultados. A GOL (GOLL4, R$ 20,99, -4,16%) é destaque de queda no pregão desta quarta, mesmo após ter divulgar lucro líquido ajustado de R$ 110,5 milhões no primeiro trimestre de 2011, superando em 362,1% o montante visto no mesmo período de 2010. O motivo para a percepção dos investidores é a mudança no guidance da companhia.

JBS
A JBS (JBSS3, R$ 5,66, 0,71%), que também divulgou resultados, marca forte valorização nesta sessão. Após o fechamento do pregão da véspera, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 147,0 milhões no primeiro trimestre, o que representa um avanço de 47,9% na base de comparação anual.

MMX
A MMX (MMXM3, R$ 9,14, 0,44%) vê suas ações subiram após ter noticiado que reverteu o prejuízo líquido de R$ 76,1 milhões no início de 2010 para reportar um lucro líquido de R$ 63,8 milhões no primeiro trimestre deste ano.

A empresa também confirmou, nesta quarta, o cronograma para a OPA (Oferta Pública de Aquisição) para adquirir os papéis da PortX (PRTX3, R$ 3,36, -0,30%), que compreende os ativos do Superporto Sudeste. Além disso, o presidente da companhia, Roger Downey, afirmou que novas fusões e aquisições não estão descartadas na região e que a mineradora analisa constantemente projetos que possam fazer sentido para as operações da Unidade Serrazul, formada pelas minas Tico-Tico e Ipê.

Blue chips em queda
Os papéis da Petrobras (PETR3 R$ 27,37, -1,30%, PETR4, R$ 24,25, -1,74%) caem depois que a petrolífera anunciou que teve seu recurso administrativo negado junto à Câmara Superior do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) em processo que prevê o pagamento de R$ 4,6 bilhões referentes à isenção do imposto de renda retido na fonte sobre remessas para pagamento de afretamento de embarcações entre 1999 e 2002. A empresa, no entanto, afirma que seguiu a legislação tributária em vigor no período e que "recorrerá às vias judiciais para prosseguir com sua defesa".

Pesam também sobre a petrolífera as pesadas quedas das commodities na sessão. Há pouco, o petróleo recuava 3,71% em Londres. O movimento negativo das commodities - explicado pelo relatório de estoques norte-americanos de petróleo, e pela perspectiva de mais apertos monetários na China, já que a inflação resiste em cair - também afeta os metais, pressionando as ações de mineradoras como a Vale (VALE3, R$ 48,69, -2,29%, VALE5, R$ 43,59, -2,07%).

Vivo e Telesp
A Vivo (VIVO4, R$ 63,44, -1,49%) e a Telesp (TLPP4, R$ 41,53, -0,50%) revelaram a aprovação de uma nova estrutura de gestão nas empresas, sendo que Roberto Oliveira de Lima deixará o cargo de diretor-presidente da Vivo para dar lugar à Antônio Carlos Valente da Silva, que ocupará a função em ambas as empresas.

BR Malls
Por fim, a BR Malls (BRML3, R$ 17,69, 2,85%) revelou na última terça-feira que o preço por ação referente à sua oferta pública primária de papéis será de R$ 17,20, mesmo valor observado no fechamento de seus papéis na última sessão. Deste modo, com o exercício integral do lote suplementar e de 50% do lote adicional, a captação chegou a R$ 731 milhões.

Fonte: InfoMoney

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