30/07/2007

Bovespa avança e dólar recua em dia de agenda tranqüila

Os investidores voltaram a comprar ações e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta nesta segunda-feira. Às 12h48, o Ibovespa (principal índice da Bovespa) avança 1,22%, aos 53.566 pontos. O movimento financeiro na Bovespa soma R$ 1,488 bilhão.

Em um dia de agenda relativamente tranqüila, o dólar comercial recua 0,52%, negociado a R$ 1,887 para venda. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marca os 219 pontos, com avanço de 0,45%.

"O mercado está tranqüilo e a agenda também está mais leve. Amanhã, começam a ser divulgados indicadores de maior peso e o mercado deve retomar a instabilidade com mais força", avalia a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.

No mercado de ações, segundo relatório da corretora Planner, "a tendência é de alta hoje, corrigindo as fortes baixas anteriores". O movimento é de ajuste de posições depois da baixa acumulada na semana passada, de quase 8%.

Mas a postura é de cautela. Segundo os analistas, não há nada definido ainda. Apesar da melhora, a apreensão continua por conta das incertezas do setor de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos.

"Por enquanto, os problemas têm preocupado, mas ainda não alcançaram grandes proporções. E, nós acreditamos que isso não deve acontecer. Em nossa avaliação, as perdas dos últimos dias não alteraram nem os fundamentos dos Estados Unidos nem dos demais mercados. O que ocorreu na semana passada foi apenas uma reprecificação do risco", afirma Miriam Tavares.

Segundo ela, o fato é que o resultado do declínio na qualidade de crédito hipotecário nos EUA ainda não pode ser totalmente definido. "Alguns economistas analisam que as conseqüências dessa crise podem ser importantes", diz Tavares, que prevê uma semana bastante volátil para os mercados mundiais, com os Estados Unidos ditando o rumo dos negócios.

Dessa forma, o cenário reforça as expectativas quanto aos dados a serem divulgados nesta semana nos Estados Unidos. Amanhã, será conhecido o índice de preços de gastos no consumo (PCE, medida de inflação importante nas decisões do Federal Reserve) .

Na quarta-feira, saem o índice de atividade industrial (ISM da indústria) e os pedidos semanais de empréstimos hipotecários e de vendas de casas pendentes de junho. Na quinta-feira, o destaque fica por conta das encomendas feitas à indústria e, na sexta-feira, do relatório de emprego de julho.

Fonte: Jornal Documento

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