07/07/2007

Bovespa renova recorde e sobe 3,8 por cento na semana

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou na máxima do dia nesta sexta-feira e bateu novo recorde. Foi o sétimo pregão de alta em oito. No acumulado da semana, a valorização foi de 3,8 por cento.

O ganho desta sexta-feira foi incentivado pelo aumento do preço do petróleo no mercado internacional, o que impulsionou ações de petrolíferas no mundo inteiro e sustentou as principais praças do globo. As ações da Petrobras avançaram 0,92 por cento.

Um dado de inflação em linha com o esperado no país (IPCA) também atenuou temores de avanço nos preços, reforçando as apostas de corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juro na próxima reunião do Comitê de Política Monetária.

Isso ajudou o índice Bovespa a subir 0,91 por cento na sessão, para 56.443 pontos. O volume financeiro ficou em 4,2 bilhões de reais.

"O fluxo continua bom e o petróleo continua firme. A tendência para a bolsa ainda é de alta mas com precaução", disse o operador de uma corretora nacional que prefere não ser identificado.

O principal evento da sexta-feira nos Estados Unidos foi a divulgação do relatório sobre o mercado de trabalho. A economia norte-americana abriu mais postos de trabalho do que o esperado, o que reduziu a expectativa de corte do juro nos EUA em 2007, ao indicar força da economia.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, subiu 0,34 por cento, enquanto o indicador de principais ADRs brasileiros avançou 1,21 por cento.

Com a valorização desta sexta-feira o Ibovespa acumula alta de quase 27 por cento em 2007.

TELEMAR X GOL

Outro papel que contribuiu para o bom desempenho da bolsa paulista foi Telemar, ainda diante de especulações sobre consolidação no setor de telecomunicações e sobre a oferta pública de compra de ações. As preferenciais da Tele Norte Leste avançaram 2 por cento com o terceiro maior giro do Ibovespa.

Na ponta oposta, os papéis da Gol ficaram com a maior baixa do dia, 3,36 por cento, depois que a companhia aérea revisou seu plano de frota, reduzindo a projeção de crescimento da capacidade.

"Consideramos os dados preliminares do segundo trimestre (da Gol) negativos. A redução na receita operacional por assentos-quilômetros já era esperada em função dos contratempos enfrentados pelo setor de aviação", afirmou a analista Mel Marques, da corretora Brascan.

"No entanto, a redução no custo operacional por assentos-quilômetros não conseguiu acompanhar a perda de receita de forma que a margem operacional da empresa no segundo trimestre de 2007 deve vir muito pressionada", completou.

Fonte: Reuters

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