O mercado brasileiro de ações volta do feriado em clima de cautela. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, mas às 10h09, caía 0,35%, aos 56.247 pontos. A Bolsa paulista segue a trilha dos índices futuros em Nova York, pressionados pelo alerta de resultado feito pela Home Depot, que reduziu sua previsão de lucros citando as condições desfavoráveis no segmento de construção e a venda de sua unidade de distribuição para o varejo.
O tom de cautela é reforçado pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, sobre inflação, marcado para o início da tarde. Os investidores vão prestar atenção, principalmente, no tom do discurso de Bernanke, à espera de sinais sobre o rumo da política monetária do Fed.
Na Europa, as bolsas também trabalham no vermelho, influenciadas pelo alerta da norte-americana Home Depot, limitando o impacto positivo dos ganhos da aquisição da Numico pela Danone e das vendas maiores do que o esperado da Marks & Spencer. O discurso de Bernanke vai pegar as bolsas européias já fechadas.
Telefonia
Do lado doméstico, a agenda é fraca, mas o noticiário corporativo está aquecido e pode repercutir na Bovespa hoje. As ações do setor de telefonia e em especial as do grupo Vivo podem reagir à oferta feita pela Telefónica no valor de US$ 4,08 bilhões à sócia Portugal Telecom para adquirir o controle total da empresa. Os espanhóis já detêm 50% do controle e agora querem comprar também os outros 50% que estão nas mãos dos portugueses. Segundo o Financial Times, a Portugal Telecom tem prazo até agosto para responder à proposta.
A movimentação no setor de telefonia se estende também a outras empresas. Os grupos Vivo, Oi, Claro e CTBC disputam o controle da Telemig Celular e da Amazônia Celular, que pertence aos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef, Sistel e Telos.
As atenções estarão voltadas também para as ações do setor elétrico, após a concessão de licença prévia, dada ontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia. A notícia é positiva para o setor, mas há dúvidas entre os analistas se terá força para influenciar os papéis das elétricas dado que ainda são muitos os pontos pendentes.Fonte: Diario da Manhã Online
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