A entrada de divisas no país garantiu o declínio nas cotações, apesar do mau humor nas bolsas de Nova York, pressionadas por notícias desfavoráveis sobre o setor imobiliário.
O giro interbancário somou aproximadamente US$ 2,6 bilhões, de acordo com informações do mercado. Após ficar ausente das operações desta segunda-feira, em função do feriado em São Paulo, o BC voltou ao mercado de câmbio á vista e comprou dólares a R$ 1,8958. Entre as taxas conhecidas, ele aceitou 10 propostas de oito bancos. Seis das 17 instituições financeiras que participaram da operação, contudo, não divulgaram suas ofertas. A estimativa é de que o BC tenha enxugado cerca de US$ 520 milhões.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda depois de subir em sete dos últimos oito pregões. Investidores aproveitaram a fraqueza das bolsas internacionais para embolsar lucros.
- Tem espaço para realizar. É até saudável para entrar mais compras - disse Júnior Hydalgo, diretor da Trust Investimentos.
O principal indicador da bolsa paulista encerrou com baixa de 0,99%, a 55.882 pontos e volume financeiro de R$ 4,9 bilhões. Durante o dia, o indicador chegou a um novo recorde de 56.543 pontos, recuando depois.
- A perspectiva ainda é boa. A bolsa pode até realizar mas acho que pode atingir 60 mil pontos nos próximos 3 meses - complementou Hydalgo.
Em Nova York, o Dow Jones recuou 1,09%, enquanto o índice de ações européias FTSEurofirst perdeu 1,15%. O mercado foi pressionado por preocupações com o crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos.
"Os preços das ações latino-americanas tornaram-se ainda mais esticados no mês passado e nossos indicadores de sentimento continuam apontando para uma correção iminente. Uma série de modelos apontam para um ajuste de entre 10% a 20%", escreveu o Citigroup em relatório.
As ações ordinárias da Vivo, que chegaram a subir mais de 8% mais cedo em função da notícia de uma oferta de compra da participação da Portugal Telecom na empresa pela Telefónica por 3 bilhões de euros, fecharam em alta de 2,7%.
Já os preços do petróleo fecharam na maior alta em 11 meses nesta terça-feira, acima de 76 dólares o barril em Londres, e se aproximaram de um novo recorde, diante do aumento das tensões entre o Irã e os Estados Unidos.
O contrato agosto do petróleo tipo Brent, negociado em Londres, teve alta de R$ 0,62, a R$ 76,40 por barril, depois de atingir R$ 76,63 - a maior cotação desde 10 de agosto. Nos Estados Unidos, o contrato com entrega para agosto subiu R$ 0,62 e fechou cotado a R$ 72,81.
Fonte: O Globo Online
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