"Tem espaço para realizar. É até saudável para entrar mais compras. Estou com clientes esperando para realizar um pouco. Mas continuo com cabeça de alta", disse Júnior Hydalgo, diretor da Trust Investimentos.
O principal indicador da bolsa paulista encerrou com baixa de 0,99 por cento, a 55.882 pontos. Nesta terça, atingiu novo recorde histórico, 56.543 pontos.
"A perspectiva é boa ainda. A bolsa pode até realizar mas acho que pode atingir 60 mil pontos nos próximos 3 meses", complementou Hydalgo.
Em Nova York, o Dow Jones recuou 1,09 por cento, enquanto o índice de ações européias FTSEurofirst perdeu 1,15 por cento. O mercado foi pressionado por preocupações com o crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos.
"Os preços das ações latino-americanas tornaram-se ainda mais esticados no mês passado e nossos indicadores de sentimento continuam apontando para uma correção iminente. Uma série de modelos apontam para um ajuste de entre 10 a 20 por cento", escreveu o Citigroup em relatório.
Em junho o Ibovespa avançou 4 por cento, elevando o ganho no ano a 22,3 por cento. Até esta terça-feira, o acumulado está em 25,6 por cento.
"Apesar de nossas preocupações com o curto prazo, a perspectiva de longo prazo continua boa e prevemos ganhos entre 15 e 20 por cento, mesmo frente aos altos níveis atuais, até meados de 2008", complementou.
GIRO ALTO
O volume financeiro da Bovespa ficou em 4,9 bilhões de reais, acima da média diária do ano de 4 bilhões de reais, e a maior do mês. Uma corretora nacional e uma estrangeira foram destaques entre as vendas.
As blue chips Companhia Vale do Rio Doce e Petrobras caíram 0,77 por cento e 1,6 por cento, respectivamente, com quase cinco vezes o giro da terceira colocada.
As ações ordinárias da Vivo, que chegaram a subir mais de 8 por cento mais cedo e que não pertencem ao Ibovespa, fecharam em alta de 2,7 por cento.
Os papéis foram impulsionados por matéria do Financial Times, que noticiou que a espanhola Telefónica ofereceu 3 bilhões de euros (4,1 bilhões de dólares) à Portugal Telecom pelos seus 50 por cento de participação na operadora brasileira.
A Telefónica, porém, não quis comentar a oferta.
Fonte: Reuters
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