26/07/2007

Bovespa vai caindo mais de 5%; Nova York impõe limites para evitar queda maior

A Bolsa de Valores de São Paulo despenca na tarde desta quinta-feira, acompanhando a forte queda nos mercados dos Estados Unidos.

Às 15h, o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa paulista) recuava 4,7%, a 53.370 pontos. Nesse momento, todas as 59 ações do índice operavam em baixa.

Pouco antes, por volta do meio dia, a Bolsa de Valores de Nova York caía mais de 2% e impôs limite aos negócios para evitar desvalorização maior. O dólar avançava 2,57%, também às 15h, cotado a R$ 1,915 na venda.

Se fechar nesse patamar, a Bolsa brasileira perde todos os ganhos obtidos no mês, que, até segunda-feira, acumulavam alta de quase 7%.

Na Europa, as principais Bolsas fecharam em baixa, afetadas pelas notícias vindas dos Estados Unidos.

Indícios de pioras no mercado de crédito de segunda linha, o chamado "subprime", aumentam a aversão dos investidores ao risco. Preocupação com o setor imobiliário também contribui para a queda. Ainda, um aumento do preço do petróleo ajudava a puxar para baixo os mercados de ações.

Crédito
A notícia de que dois fundos de "hedge" suspenderam resgates provocou receio nos investidores, que passam a reduzir sua exposição a riscos e vendem os papéis que possuem nos mercados emergentes, como o Brasil.

"As questões dominantes no mercado hoje são a alta do petróleo e os problemas com crédito associado aos empréstimos de menor qualidade", resumiu Subodh Kumar, estrategista-chefe de investimentos da Subodh Kumar & Associates, em Toronto.

"Os mercados vão focar mais em crédito e petróleo, e vamos ter mais fraqueza nesta sessão", acrescentou.

Crise imobiliária
As vendas de residências novas nos Estados Unidos caíram de 893 mil em maio para 834 mil em junho, na taxa anualizada (valor do mês transposto para um número anual). A previsão de economistas era de que o número subisse para 900 mil. O dado aumenta a preocupação com crise no setor imobiliário norte-americano.

Ainda, os preços do petróleo subiam em Nova York e aumentavam o receio de que a energia mais cara venha a reduzir o gasto dos consumidores. Também contribuiu para a queda das Bolsas a divulgação, pelo governo norte-americano, de um relatório mostrando aumento menor do que o esperado nas encomendas de bens duráveis em junho nos EUA.

Fonte: UOL Economia

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