13/07/2007

Otimismo com ações leva Bovespa a mais um recorde

A Bolsa de Valores de São Paulo subiu mais de 2 por cento nesta quinta-feira e com giro forte, em meio a um otimismo global de investidores que levou a bolsa paulista a novo recorde histórico. No ano, a alta já está em 29,5 por cento.

A expectativa de queda do juro brasileiro, de bons resultados das empresas e de que o país atinja o grau de investimento em 2008 têm incentivado a compra de ações.

O principal indicador da Bovespa avançou 2,23 por cento nesta quinta-feira, maior alta em um mês, para 57.613 pontos. Foi a nona alta em onze pregões.

O volume financeiro ficou em 5,8 bilhões de reais, bem acima da média diária do ano, de 4 bilhões de reais, e a proximidade do exercício de opções, que ocorre na segunda-feira, ajudou a potencializar os ganhos do mercado.

Em Nova York, o Dow Jones avançou 2,09 por cento e também bateu recorde, impulsionado por dados positivos de vendas no varejo norte-americano e por notícias de fusões e aquisições. O índice de principais ADRs brasileiros teve alta de 3,80 por cento.

No Brasil, as ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce dispararam 4,94 por cento, para 83,10 reais, maior nível da história, diante de mais notícias de consolidação no setor de mineração.

Nesta quinta-feira, a anglo-australiana Rio Tinto acertou a compra da canadense Alcan por 38,1 bilhões de dólares.

"As mineradoras todas puxaram bastante e aqui (Vale do Rio Doce) seguiu", disse o operador de uma corretora nacional.

Em relatório, o Credit Suisse afirmou que a Vale é sua principal aposta entre o que chamou de as "cinco grandes" da indústria de mineração: BHP, Rio Tinto, Anglo American e Xstrata, além da companhia brasileira.

"A Vale ainda é negociada com desconto em relação a suas rivais... e certamente merece ser reprecificada, em nossa avaliação", afirmou o Credit Suisse.

UNIBANCO SOBE QUASE 7 PCT

A maior alta do Ibovespa foram as units do Unibanco, que registraram valorização 6,83 por cento, para 24,55 reais, com o quarto maior giro do índice, movimento atípico para o papel.

Para o sócio-diretor da m2 Investimentos Marco Antonio Gazel, a alta está associada à precificação da oferta de ações da Redecard, cujo controle é dividido por Unibanco, Itaucard e Citibank.

"O preço (da ação da Redecard) saiu acima do previsto. Eles não estão vendendo tudo, então o que eles têm já está se valorizando mais do que imaginavam. Além disso, vai entrar um caixa para a empresa", afirmou Gazel.

Os papéis da Redecard foram precificados a 27 reais, acima da faixa estimada pelos coordenadores de 20 a 25 reais.

Os papéis de outros bancos também exibiram forte desempenho na sessão. Bradesco registrou ganho de 3,68 por cento e Itaú teve alta de 4,22 por cento.

Bradespar, que tem forte participação na Vale do Rio Doce, subiu 6,06 por cento.

Fonte: JB Online

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